quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Pergunta discreta
Pergunta discreta
E depois admira-se…
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
É o que dá uma pessoa afastar-se
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
«Por qué no te callas?»
Pergunta discreta
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Os esgotos atirados para a ribeira
Vamos esquecer os gestores
sábado, 26 de janeiro de 2008
Corrupção
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Uma distracção
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Frases mal ditas - 10
«Purovic é um jogador tipo Jardel.»
Fernando Sobral
A perseverança
O homem que queria ser consertador de redes
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Os gestores divertem-se
Os meus diálogos - 8
(do romance «O que Entra nos Livros», 2007)
(…)
– Bom, nada de especial. Apenas isso da entrevista e do texto sobre o livro. Sabe que o escritor Ondjaki até pode vir cá?
– Sim?!
– Estou a ver se é possível. Eu vi-o ali em Montemor…
– Viu-o em Montemor?! – estranhei.
– Exactamente! Ele estava num debate sobre viagens, com muita gente – explicou o senhor Sapinho Júnior.
– Eu assisti a esse debate – disse-lhe, enquanto tentava recordar-me do público, na esperança de chegar à imagem de alguma pessoa que correspondesse ao livreiro.
(…)
Pergunta discreta
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Boa ideia
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Um pequeno poema para o futebol
nos intervalos dos jogos.
Os meus diálogos - 7
(…)
- Há porcos com dez arrobas e até com mais, porcos grandes e gordos como um monte. Há porcos que até partem as pernas com a gordura que têm em cima. Quem faz tenções de engordar um porquinho, vai-lhe dando ração abundante e um dia por outro faz-lhe umas festinhas nas fuças. Tudo para ver se o põe a jeito de dar alimentação para um ano inteiro.
- Foi vossemecê que estudou para engenheiro de porcos, não foi?!
- Fui sim, senhor. Sou o engenheiro de porcos cá do concelho.
- E estudou onde, em Inglaterra?!
- Não, tirei o curso na Rússia, porque o meu pai era filiado no partido.
- Comunista?!
- Exactamente.
- E como é que se diz porco em russo?
- Disso já não me lembro. Mas também o que é que o amigo ia fazer só com uma palavra, ainda por cima tratando-se de um animal...
- Vossemecê está a chamar-me animal?!
- Não, de forma nenhuma! Eu estava a dizer que se trata, o porco, entenda-me o senhor, que se trata de um animal de fracas conotações em certos círculos de importância não desdenhável.
- Ah, sim. Mas eu depois havia de aprender outras palavras, com o tempo.
Quem também conta histórias de porcos, como não podia deixar de ser, é o Raposo do Besteiro.
- Certa vez, contou ele já há muito tempo, possuiu uma porca ...
- Possuiu uma porca?! Olha o grande tarado!!
- Certa vez, teve uma porca ...
- Teve uma porca?!
- Bem, ele era dono da porca, e então ...
- Ah, assim estava no seu pleno direito.
- Cala-se e ouça, amigo!
O Raposo do Besteiro era dono da porca. Tinha-a comprado no mercado de Monchique, e ela criou dezoito porquinhos, todos do mesmo tamanho, mas uns mais vivaços do que outros.
- Pois, isso é sempre assim.
- Escute lá, vossemecê estudou na Rússia?
- Eu não, fiz a quarta classe aqui em Foz de Zimbrais, depois o ciclo em Monchique e o liceu em Portimão. Só que a seguir não consegui entrar na faculdade.
- Então, se não estudou na Rússia, não dê palpites sobre este assunto! Limite-se a ouvir! Uma águia, um dia, quis-lhe roubar um porquinho ...
- A mim?!
- Porra! A águia quis roubar um porquinho à porca do Raposo do Besteiro.
- Ao porco do raposo do Besteiro, quer vossemecê dizer?! Àquele grande porco?!
- Isto é preciso uma paciência! O senhor não me diga que também é contabilista, ou deputado?!
- Olhe, por acaso, até já fui, na constituinte.
- Pois, tinha de ser.
- Fui deputado...
- Obviamente!
- Mas também fazia certas contabilidades.
(…)
Os livros por cá
Escritores no meu romance (37)
Pareceres, estudos e corrupção
domingo, 20 de janeiro de 2008
Pergunta discreta
Um restaurante do Alentejo
Restaurante «Manuel Azinheirinha»
Feito pelos amigos
Se não estamos aqui
para choradeiras!...
Saindo de Montemor-o-Novo em direcção a Alcáçovas, encontra-se poucos quilómetros adiante Santiago do Escoural. Bem na rua principal, de pavimento novo depois de obras que chegaram a parecer intermináveis, do lado esquerdo, um verdadeiro lugar de culto, «para os amigos». Já vai em quase 14 anos esse lugar, é o restaurante típico «Manuel Azinheirinha». É fácil dar com o letreiro, até porque se se for de carro naquela rua a velocidade tem de ser reduzida, e no caso de se passar a pé, então ainda mais fácil se torna.
Manuel Azinheirinha – neste caso o anfitrião, não o próprio restaurante – está desde os onze anos ligado à restauração, ele que vai nos 51. Por detrás do balcão do bar, diz que os clientes é que têm feito o restaurante, «os amigos», como faz questão de reforçar, «eles têm acreditado». São «amigos» de Lisboa, do Norte, de tantos sítios… Só assim foi possível continuar o percurso iniciado em 12 de Fevereiro de 1994), numa terra que não chega aos dois mil habitantes.
Manuel Azinheirinha tem um sector por sua conta, o do bar e do restaurante. O resto, ou seja, o sector da cozinha, está a cargo da mulher, Maria Rosa, que antes «fazia tapetes de Arraiolos e era modista de senhora». Azinheirinha diz que lhe transmitiu algumas coisas, e que em matéria de cozinha «só prova». Mas sabe fazer tudo.
E tudo, afinal, o que é?
Bom, comecemos pelas entradas, apenas algumas de um total de 25 que Azinheirinha exibe orgulhosamente: cogumelos assados com presunto, salada de orelha, peitinho de borrego assado, farinheira assada, frigideirinha de mãozinha de vitela (ou de cabeça de porco), salada de favas com chouriço, salada de grão com bacalhau, salada de polvo, salada de ovas, queijo assado, queijo de Serpa, xara, paio da região…
Depois, os pratos, nomeadamente caça, embora a coisa não se fique por aí, longe disso (lebre de cabidela, perdiz estufada, pomba à Dona Rosa, javali estufado com puré de maçã, perdiz com couve lombarda – neste último caso só por encomenda). As lebres chegam maioritariamente de Espanha, o resto é nacional, incluindo os javalis, das montarias que periodicamente se fazem na zona.
Saindo da caça: sopa de peixe (sempre apenas um tipo de peixe em cada sopa), sopa de cação, pezinhos de coentrada, ensopado de borrego, migas à alentejana, borrego assado, tudo receitas da região. O peixe chega de Setúbal ou de Sesimbra, legumes e carnes das zonas de Montemor e Évora.
E os doces, sobretudo conventuais: morgado, encharcada, mel e noz, manjar de príncipe ou sericaia.
Finalmente, os vinhos da garrafeira de Manuel Azinheirinha – aqui é que se nota particularmente o seu orgulho –, sobretudo alentejanos (Convento de Tomina, Paço do Conde, Cartuxa ou Montes Claros, por exemplo). Douro, verdes ou brancos, nem por isso, até porque «os clientes pedem pouco».
E uma história, a que serve para o mote da abertura, passada com um cliente (um «amigo») «de uma certa idade», como refere Azinheirinha, que o conhece desde há muito. Azinheirinha diz que depois das refeições oferece sempre uma bebida… E então disse a esse «amigo»: «senhor engenheiro, vai mais uma lagrimazinha?». Ele respondeu-lhe: «serve-me lá mas é uma dose, que eu não estou aqui para choradeiras!»
sábado, 19 de janeiro de 2008
Os meus diálogos – 6
(…)
- É uma cerveja para lavar as goelas!! - gritou Joe Horsy, ao sentar-se numa mesa de um dos cantos.
- E manda preparar aí um bife do tamanho de um cavalo! - continuou o pistoleiro. - Com um disparate de batatas fritas em cima!
Na cozinha ouviram-no bem, tanto que o barman nem precisou de fazer o pedido.
- E rápido!! - voltou Joe Horsy a gritar. - Estou com uma fome que até era capaz de engolir umas três vacas!
- Sim, senhor - disse o barman.
- E já agora, por falar em vacas, aquela puta da Brenda McFlain, chega quando?!
- Hoje - respondeu o barman, enquanto voltava com a cerveja. - Chega hoje na diligência, se o Revel Bill apertar com os cavalos.
(…)
Um pouco de descanso
Um jogo especial
Naqueles tempos, eu fazia de cabeça a minha selecção portuguesa. Sem grandes preocupações em arrumar os jogadores com alguma táctica. Nos quatro defesas ainda havia lógica (João Pinto, Humberto Coelho, Venâncio e Inácio), mas depois, no meio-campo (Carlos Manuel, Oliveira e Chalana) e no ataque (Nené, Jordão e Gomes), era quase como juntar dois grupos com aqueles que como médios e como avançados me pareciam os melhores. E depois, o guarda-redes; eu não tinha dúvidas, era o Mendes, do Portimonense, baixo mas muito ágil, capaz de fazer as defesas mais inesperadas. Na selecção, sobretudo na primeira metade da década de oitenta, jogava o Bento, sempre indiscutível até à lesão no Mundial do México, e o Damas era o suplente. Houve também umas tentativas de meter dois guarda-redes do Porto (um que para a época era um gigante – Amaral – e o estranhíssimo Zé Beto, que depois morreria num acidente de automóvel), mas quando chegava a hora da verdade (convocar um terceiro guarda-redes, como aconteceu no Europeu de 1984 e no Mundial de 1986) a solução era sempre o guarda-redes do Belenenses Jorge Martins, um guarda-redes alto e forte que dava a ideia de não se conseguir mexer na baliza mas que depois fazia defesas incríveis.
Quanto ao Mendes do Portimonense, lembro-me particularmente de um jogo em que fez defesas absolutamente extraordinárias. Ele e o guarda-redes contrário, que depois haveria de chegar também ao Portimonense para os dois alternarem na baliza (Vital, que como Mendes era baixo). Mendes ainda jogava no Espinho (primeira divisão) e Vital no Lusitano de Évora (segunda divisão). O jogo era para a Taça de Portugal, em Évora, e acabou empatado a três golos, tendo de ser disputado um segundo jogo em Espinho, do qual não me lembro o resultado (mas deve ter ganho o Espinho). A televisão mostrou um resumo alargado; apesar de sofrerem três golos cada um, os guarda-redes fizeram exibições extraordinárias, tal como as equipas, tanto que no dia seguinte apareceu um título num dos jornais desportivos («Gazeta dos Desportos») de que nunca mais me esqueci: «Não podem passar os dois?»
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
A hiena
Pensei nisto esta tarde. Lembro-me de ir no carro e de pensar que não podia ser, que isto não estava a acontecer no meu país. Mas não, infelizmente era verdade. E à noite, num dos noticiários, lá repetiram o ministro, a rir, sempre a rir, discretamente, que talvez pensasse que mais do que isso podia parecer, sei lá, podia parecer demais. Mas depois ainda mostraram outra coisa, que eu não tinha visto antes. Correia de Campos parecia ter um bornal inesgotável para a indecência. Disse a um jornalista algo como isto: «senhor jornalista, se as suas avozinhas… ou antes, se as suas bisavozinhas não tivessem morrido ainda estariam vivas». Depois de dizer «avozinhas» hesitou, deve ter feito contas rapidamente, deve ter pensado qualquer coisa como «espera aí, este tipo, pela idade, ainda deve ter as avós vivas, é melhor dizer bisavós que essas já devem ter mesmo morrido». E então completou a piada de mau gosto metendo «bisavozinhas» em vez de «avozinhas». Depois disto, de tudo isto, talvez seja de acreditar em tudo no que diz respeito ao ministro. Sobretudo que não há mesmo limites para a indecência.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Pergunta discreta
Sócrates e Barroso, uma semelhança
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Inacreditável
Escritores no meu romance (36)
Pergunta discreta
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
O aparecimento do mágico velhinho
(…) Subi a uma das árvores, com todas as certezas de estar bem por baixo da estrela pequenina, mas com medo de me ter enganado no mapa da minha imaginação. Subi como um macaco, de novo criança, eu, que sempre tinha andado em cima das árvores com a mesma segurança com que andava no chão. Nunca tinha percebido como era possível, não o meu equilíbrio nos ramos, mas a falta de equilíbrio de colegas do liceu. Como eles se espantavam com o meu equilíbrio, sempre que era preciso ir buscar a bola ao cimo das árvores que rodeavam o campo de jogos... Eu andava nos ramos como no chão, e nos ramos era tão feliz como nos campos onde caçava grilos. Lembrei-me disso a subir à árvore alta da floresta das regras, para apanhar o beijo da estrela pequenina. Lembrei-me de tudo isso, eu, pequenino, nos ramos das árvores, nos ramos dos limoeiros, sem ligar aos espinhos que rasgavam a pele ao menor descuido. Ouvia os adultos queixarem-se deles, o meu pai, sempre que era preciso apanhar limões. Já comigo isso não acontecia, porque eu ignorava a dor de cada ferida e fechava os olhos sempre que encarava um espinho, como se fosse um instinto ganho à nascença. E nos sobreiros, na época de tirar a cortiça, eu sem ligar às formigas pequeninas, que picavam que nem feras, ou melhor, mordiam que nem feras, davam dentadas pequeninas, como elas, dentadas que doíam mesmo, e andavam sempre às centenas, aos milhares, num carreiro interminável.
Não, em cima das árvores eu sempre tinha sido como um macaquinho saltitão capaz de se segurar bem, e por isso estava a subir tão desembaraçadamente que nem mesmo as martas e os esquilos, mal acordados, estremunhados, de olhares parvos, nem mesmo eles pareciam acreditar ser possível. Teria o município contratado um humano como animal da floresta? E tencionaria contratar mais? Isto pareciam eles perguntar, com medo de perderem os lugares, os abrigos para se recolherem e a comida a horas certas, e a hipótese de posarem para as máquinas de fotografar e de filmar dos turistas. Pareciam com medo, mas eu não me compadecia, também estava cheio de medo, o comboio-ladrão tinha-te levado de mim e algo me dizia que não ias voltar. Ele tinha aumentado a velocidade, o comboio-ladrão, de repente tinha aumentado a velocidade, e depois eu tinha chocado com a mastodonta maluca, eu a descer a colina dos destroços, aos trambolhões, e ela a subir, toda com os calores, mesmo na noite fria.
Quando cheguei ao cimo da árvore, aos últimos ramos, que mal suportavam o meu peso, a estrela do teu último beijo, a estrela pequenina... Caramba... Percebi que ela continuava longe, percebi que estava iludido. Mesmo assim, não me resignei, olhei-a fixamente, apelei a todas as minhas forças, equilibrei-me nos ramos que quase não me conseguiam suportar e tentei apanhar o teu beijo. Chamei os mágicos, que andavam à solta, como todos os outros maus, com excepção, talvez, do terrível Joe Dangerous, ligado a El Paso nem eu sabia por que cordão umbilical. Mas os mágicos não apareceram, deixaram-se estar na fábrica, tirando um, um velhinho de bengala e com uma cartola já comida pelo tempo (…)
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Os segredos de José Mourinho
a) É um treinador que, no início da época, entrega aos jogadores um DVD com toda a informação sobre o respectivo papel individual e colectivo, a metodologia de treino que têm de seguir, os papéis que têm que desempenhar na equipa, o que a equipa e o treinador esperam do jogador, bem como uma análise global dos objectivos específicos que o jogador tem que atingir para justificar ser uma opção para o treinador. Informa os jogadores do contexto específico em que vão realizar o seu trabalho.
b) Informa-se detalhadamente sobre cada jogador das equipas adversárias, as suas características físicas e técnicas, estatísticas de produtividade, experiência, estrutura emocional. Transforma dados em informação e informação em inteligência futebolística (IF).
c) Define com rigor os papéis de cada elemento da equipa técnica e do departamento de futebol; recebem uma job description detalhada, contendo e definindo todas as responsabilidades individuais e todas as interacções que cada um deve estabelecer no quadro da equipa. Define os papéis de cada um.
d) Optimiza todos os factores do treino e do jogo. Não deixa qualquer probabilidade ao acaso. As suas decisões sobre o treino e sobre o jogo reflectem imensas horas de estudo prévio. Prepara alternativas para todos os imprevistos que possam ocorrer, mesmo aqueles que nunca podem acontecer (mas que acontecem). Preparação estratégica de acordo com a metodologia prospectiva (teoria dos cenários).
e) Apesar dos aspectos científicos, vê o futebol e o jogo em particular como um choque de emoções. Revela uma inteligência emocional acima da média e usa-a para despertar emoções nos seus jogadores e nas equipas adversárias. Não cedeu à visão matemática do jogo. São seres emocionais que são geridos de forma emocional. Dramatiza as situações como ninguém.
f) Durante o jogo, vê o essencial, ou seja, se a estratégia que preparou está a ter o efeito previsível sobre o adversário. Controla o efeito estratégico.
g) Os pequenos detalhes durante o jogo são todos preparados de antemão. Nada acontece por acaso. Ao contrário do que se diz, Mourinho não é teimoso, pois se verifica que as coisas não estão a funcionar como planeado avança com o «plano B» ou com o «plano C». Demonstra coragem no momento de escolher opções.
h) Dialoga permanentemente com os jogadores, mais a nível individual do que colectivo. Assim que detecta quais os pontos fortes do jogador, explora-os na sua plenitude e não se preocupa com os eventuais pontos fracos. Usa o potencial de cada um.
i) Não admite faltas de responsabilização por parte dos jogadores. Se um jogador se desrespeita a si próprio, não cumprindo os objectivos a que se propôs, e dessa forma prejudica a equipa, chama-o à atenção em frente dos colegas. Trabalha em equipa e como equipa.
j) Não tem apenas um curso de treinador e uma licenciatura. Durante cerca de 10 anos adquiriu competências em todos os domínios, ou seja, aprendeu a saber-fazer. E fê-lo, com humildade, ao pé dos mestres.
l) Preparou devidamente toda a sua ascensão ao topo, e quando lá chegou já conhecia as estratégias de comunicação que deveria desenvolver. Mas fê-lo com um cunho pessoal, não copiou ninguém. Revelou identidade.
m) E porque vivemos no mundo do simbólico, soube usar isso em seu favor como ninguém. Criou uma imagem distintiva e trabalha para a manter. Demonstra o que acha que deve demonstrar e não deixa de ser quem é. Apesar da exposição, preserva a sua intimidade e a sua vida familiar.
n) E enquanto muitos procuram imitá-lo, ele já está a pensar como pode optimizar o seu próprio rendimento e o rendimento dos que o rodeiam.
o) Usa a estrutura organizativa como factor de enquadramento e de responsabilização humana. O modelo organizativo não existe por si mesmo. Tem uma função específica de superação das fragilidades humanas.
A grave situação do Sporting
Um ensaio sobre a cegueira
domingo, 13 de janeiro de 2008
Os meus lugares
Um restaurante
Um de Barcelona a que gostava de ir, mas não é possível (aparece a abrir o romance «Flores Negras para Michael Roddick», do filho de Manuel Vásquez Montalbán), e o da Quinta das Lágrimas, em Coimbra.
Um café
Não sou muito exigente; desde que não sirva cafés italianos, tipo Buondi ou Segafredo…
Um bar
Mais do que um bar, talvez uma tasca perdida da Serra de Monchique, ou uma adega das do medronho.
Uma cidade
Évora. Gosto de cidades onde se percebe os limites. Isso é possível no Alentejo. Cidades grandes, sem dúvida Barcelona.
Um país
O Algarve e o Alentejo juntos; poderia dar um país interessante.
Um monumento
A famosa e quase mágica Porta Nigra (foto acima), na cidade alemã de Trier.
Um museu
O de uma crónica de Fernando Alves sobre os «profissionais do saque», na altura do escândalo da reforma do então ministro Campos e Cunha; um museu da corrupção, na América Latina, algo para servir de exemplo, tipo uma personagem do primeiro romance de Camilo José Cela («A Família de Pascual Duarte»), de quem o Nobel galego dizia ser um modelo («vês o que faz, pois faz o contrário daquilo que devia fazer»).
Um site
Troco por dois blogs, um colectivo («Corta-fitas») e o do Francisco José Viegas («A Origem das Espécies»).
Uma praia
A Praia do Barril, em frente a Santa Luzia, no Algarve, para onde se vai num pequeno comboio.
Uma viagem
Pelo mundo, sem tempo, sem preocupações com a data para regressar.
Uma livraria
É de ficção. Fica em Évora e tem à entrada cinco escritores de papelão e um gato de carne e osso.
Um de Portimão que já não existe, onde vi o primeiro filme sem ser na televisão («Excalibur»), depois de um jogo do Portimonense contra o Porto (um a um; o Portimonense esteve a perder, mas empatou por um brasileiro chamado Tião, que nessa época, infelizmente, também marcou ao Sporting).
Um teatro
O Teatro do Bairro Alto, pelas recordações de algumas das peças da Cornucópia.
Um sítio
Ferreira do Alentejo, à noite, vista de longe, chegando pelo lado norte. Os silos dos cereais iluminados, bem acima do casario, fazem-me sempre ver uma nave espacial pousada na planície.
Não é bem um passeio. As viagens nocturnas de regresso a casa, atravessando de carro o montado que a rodeia. Por causa dos bichos que encontro; coelhos, gatos-bravos, javalis, texugos, raposas… Mas o que mais impressiona são as vacas, passar por uma zona com centenas delas, inclusive na estrada, e quando ainda se vai a chegar vê-se os olhos verdes, aos pares, no escuro, como um exército de pirilampos.
sábado, 12 de janeiro de 2008
A bola não é quadrada, mas quase
A última entrevista de Luiz Pacheco
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Um pequeno poema para a política
que melhor do que fazer
é planear.
O relatório
Mais do que Alcochete, a indiferença
O governo decidiu Alcochete depois da pressão da opinião pública e da guerra de lobis. Parece-me bem ou, pelo menos, ajustado. Fazer disso uma grande vitória da oposição é ridículo. A política real desapareceu nos últimos tempos, soterrada pelos escombros da ASAE, da lei do tabaco ou de outros epifenómenos a que é preciso dar importância. A guerra do BCP é um enredo da luta pelo poder, mas parece-me assunto. Se falamos do bem público, custa-me a acreditar que ninguém pestaneje quando se fala das reformas de 400 euros aumentadas em uns euros. O secretário de Estado apareceu a falar da distribuição duodecimal sem pestanejar, e é um exemplo de como a indiferença toma conta de toda a gente. Umas coisas arrastam as outras e vai haver empregos em Alcochete e no Tejo daqui a um ano, aproximadamente, o que significa que as estatísticas vão mudar. Umas coisas arrastam as outras. Só que algumas delas são pequenas janelas abertas sobre o deserto, e este não é o da margem sul.
A questão
Brincar aos sportingues
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Uma capa fantástica
Belmiro, o defesa imbatível
O lado do Belmiro (texto de meados de 1998)
Durante a primeira metade da década de oitenta, o então treinador da equipa de futebol do Varzim, José Torres, apostou no lançamento de jovens jogadores na primeira divisão. De tal forma que a equipa se apresentava pelo país fora invariavelmente com meia-dúzia de caras novas que se destacavam por três aspectos: serem desconhecidos, serem promissores e, obviamente, serem jovens. E José Torres não se coibia de falar dessas apostas, elogiando as potencialidades futebolísticas dos seus craques e, principalmente, o desempenho que no campo estavam a ter. Certa vez, em entrevista a um trissemanário desportivo (a saudosa «Gazeta dos Desportos»), que os tempos ainda eram de trissemanários, José Torres foi mais uma vez desafiado a comentar o assunto. A época já ia adiantada e a carreira da equipa continuava promissora. José Torres estava mais do que satisfeito com a opções tomadas, principalmente com o jovem que vinha sistematicamente a colocar a defesa esquerdo. Tanto que não teve a mínimo dúvida em afirmar que todos aqueles jovens estavam a fazer por merecer a confiança. E então o Belmiro, o defesa esquerdo, esse é que prometia mesmo. De facto, como assinalava José Torres, ainda não tinham sofrido «nenhum golo pelo lado do Belmiro».
Passados todos estes anos, com o defesa esquerdo Belmiro certamente na casa dos trinta e muitos, em fim de carreira ou com ela já terminada, o mesmo nome vem de novo à baila. E não por uma questão meramente futebolística, antes sim por uma questão política. Coisa que pouca diferença faz, porque agora quase tudo tem a ver com quase tudo. A globalização, se assim poderemos dizer, não torna só o mundo numa pequena aldeia onde praticamente todos se conhecem. Essa mesma globalização também já faz com que as mais diversas áreas se cruzem e recruzem. Mas adiante, que não é do antigo defesa esquerdo do Varzim, uma das grandes apostas de José Torres nos anos oitenta, que agora se fala. Embora também seja de um homem do norte, de quem se fala é de outro Belmiro, o engenheiro Belmiro de Azevedo, presidente do Grupo Sonae, que de repente se viu apanhado no lodaçal da luta política. Belmiro, o Belmiro de agora, o engenheiro, não se calou perante a acusação do líder do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa, de favorecimento por parte do governo PS aos grandes grupos económicos. Bem pelo contrário, reagiu forte e feio, como toda a gente sabe, defendendo-se a si e ao seu grupo. Indirectamente, acabou por também defender o governo.
Já este último, ou seja, o governo, pela voz do primeiro-ministro António Guterres, não teve uma reacção tão enérgica. Talvez porque não queira dar muita importância a Marcelo, ou então porque Guterres deve ser um pouco como José Torres, que delegava no Belmiro, o defesa esquerdo, as responsabilidades de protecção da sua baliza, em vez de ser ele próprio a voltar a calçar as botas de pitons. Resta saber se Guterres, mais dia menos dia, não acabará por dizer algo sobre o assunto. Não ao ponto de chegar à Assembleia da República e dizer que «novidades, novidades, só no Continente», como já alguém sugeriu, mas pelo menos a dar algumas explicações aos órgãos de comunicação social. Sejam eles quais forem, até eventualmente os jornais desportivos, que agora já são diários. Os mesmos jornais onde José Torres dava as entrevistas nos tempos das suas apostas do Varzim. E a esses, se acedesse a falar-lhes, Guterres não poderia fugir muito da velha frase de José Torres. Não a que antecedeu o decisivo jogo na Alemanha, na qualificação para o Mundial do México, em 1986, quando já era seleccionador nacional, a célebre «Deixem-me sonhar!» A frase de José Torres que Guterres repetiria seria a outra, a primeira, a dos tempos do Varzim: «Ainda não sofremos nenhum golo pelo lado do Belmiro!»
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Enfim, uma boa notícia
Uma nota para a entrevista de Carlos Freitas à «SIC Notícias». Um tique... Em cada resposta começava sempre com a palavra «ouça», presume-se que acompanhada por um ponto de exclamação se em vez de estar a falar estivesse a escrever. E a acompanhar, é claro, o sorriso (embora ligeiro) do dever cumprido – bem nos tramou, com a situação em que deixa o futebol do clube…
Pacheco inova
O jogador medíocre e os craques gregos
Pergunta discreta
«Não sei se Sócrates é fascista.»
«(…) A vida portuguesa oferece exemplos todos os dias. A nova lei do controlo do tráfego telefónico permite escutar e guardar os dados técnicos (origem e destino) de todos os telefonemas. Os novos modelos de bilhete de identidade e de carta de condução, com acumulação de dados pessoais e registos históricos, são meios intrusivos. A vídeo-vigilância, sem limites de situações, de espaços e de tempo, é um claro abuso. A repressão e as represálias exercidas sobre funcionários são já publicamente conhecidas e geralmente temidas. A politização dos serviços de informação e a sua dependência directa da Presidência do Conselho de Ministros revela as intenções e os apetites do primeiro-ministro. A interdição de partidos com menos de 5.000 militantes inscritos e a necessidade de os partidos enviarem ao Estado a lista nominal dos seus membros é um acto de prepotência./ A pesada mão do Governo agiu na Caixa Geral de Depósitos e no Banco Comercial Português com intuitos evidentes de submeter essas empresas e de, através delas, condicionar os capitalistas, obrigando-os a gestos amistosos. A retirada dos nomes dos santos de centenas de escolas (e quem sabe se também, depois, de instituições, cidades e localidades) é um acto ridículo de fundamentalismo intolerante. As interferências do Governo nos serviços de rádio e televisão, públicos ou privados, assim como na ‘comunicação social’ em geral, sucedem-se. A legislação sobre a segurança alimentar e a actuação da ASAE ultrapassaram todos os limites imagináveis da decência e do respeito pelas pessoas. A lei contra o tabaco está destituída de qualquer equilíbrio e reduz a liberdade./ Não sei se Sócrates é fascista. Não me parece, mas, sinceramente, não sei. De qualquer modo, o importante não está aí. O que ele não suporta é a independência dos outros, das pessoas, das organizações, das empresas ou das instituições. Não tolera ser contrariado, nem admite que se pense de modo diferente daquele que organizou com as suas poderosas agências de intoxicação a que chama de comunicação. No seu ideal de vida, todos seriam submetidos ao Regime Disciplinar da Função Pública, revisto e reforçado pelo seu Governo. O primeiro-ministro José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra a autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas. Temos de reconhecer: tão inquietante quanto esta tendência insaciável para o despotismo e a concentração de poder é a falta de reacção dos cidadãos. A passividade de tanta gente. Será anestesia? Resignação? Acordo? Só se for medo...»
Um bocadinho de «O que Entra nos Livros»
Luiz Pacheco
Circula por aí
Era uma vez um senhor chamado Vasconcelos...* A história podia começar assim, como qualquer história de encantar crianças, se é que às crianças de hoje ainda se contam histórias de encantamento e final feliz.
Mas era uma vez um senhor chamado Jorge Vasconcelos, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem, Poucos devem saber para o que serve. Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores.
Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios. Porém, com o senhor Vasconcelos não foi assim. Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês - ou seja, 2.400 contos - durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego.
Aqui, quem me ouve ou lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo: «Mas você não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?». E eu respondo: «Pois disse. Ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!». E você volta a questionar-me: «Então, porque fica o homem a receber os tais 2.400contos por mês, durante dois anos? Qual é, neste país, o trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?».
Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como já respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE». E que, «de acordo com artigo 28 dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos». Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE foram mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público não se aplica.
Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. Com a bênção avalizadora, é claro, dos nossos excelsos governantes.
Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis. Trata-se, em suma, de um desenfreado, abusivo e desavergonhado abocanhar do erário público.
Mas voltemos à nossa história. O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo. 18 mil euros seriam mais de 3.600 contos, ou seja, mais de 120 contos por dia, sem incluir os subsídios de férias e Natal e ajudas de custo.
Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE? A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o sector energético. E pergunta você, que não é trouxa: «Mas para fazer cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?». Parece que não. A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de serviço. Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar somas astronómicas com os seus administradores. Aliás, antes da questão dos aumentos da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada ERSE?
Até quando o povo português, cumprindo o seu papel de pachorrento bovino, aguentará tão pesada canga? E tão descarado gozo?
Políticas à parte estou em crer que perante esta e outras, só falta mesmo um carrasco capaz de os enforcar.
Duas cartas
CARTA ABERTA AOS SPORTINGUISTAS
Sou um sócio de bancada. Não sou nenhum notável nem barão do Sporting. No entanto, penso pela minha cabeça! É nestes momentos de frustração que aparecem mais participantes nos blogues e foruns de opinião. A minha opinião é mais uma e tem o peso de 20 anos de sócio! Também é nestes momentos que não se deve falar "a quente"! E há muita gente que fala a quente, que emite opiniões absurdas (José Mourinho no SCP, etc.).
Pois bem, eu não vou falar "a quente"! Julgo que todos aqueles que aqui vêm comentar diariamente ou frequentemente têm, tal como eu, um amor inquestionável pelo clube! Pois bem, dirijo-me a esses, pois são esses que estão dispostos a fazer sacrifícios pessoais pelo Sporting, abdicando muitas vezes de obrigações familiares, aqueles que pensam TODOS OS DIAS no Sporting!
É bom que todos façamos uma reflexão honesta sobre o que representou para O CLUBE (muito para além de meros resultados desportivos) estes 12 anos de "Roquettismo"! Sim, porque Dias da Cunha e Soares Franco são o refugo, as sobras desse traidor "projecto empresarial"! Não nos iludamos: nestes 12 anos quem esteve no poder mamou sempre da mesma teta! Mas o leite secou, acabou!!!
O que é que Sporting tinha então e o que é que o Sporting tem hoje? O que era a Instituição SCP então e o que é aquilo em que se transformou? Quantos sócios e adeptos tinha o SCP de então e quantos tem hoje? Estas perguntas podiam-se prolongar por muitas mais linhas, mas penso que já perceberam o meu ponto de vista!
Em conclusão: aquilo que é urgente para a sobrevivência do nosso clube, muito mais do que ganhar um campeonato, uma Taça de Portugal ou uma Taça da Liga, é neste momento fazermos TUDO o que estiver ao nosso alcance para afastarmos essa súcia de anti-sportinguistas que se apoderou do NOSSO SPORTING! Gente essa que, diariamente, conspurca o nome sagrado do nosso clube, que o desvaloriza, que o desfigura, que o agride, que o despreza, que o rouba, que o goza, que o vende, que, em suma, contribui para a sua extinção tal como o conhecemos e aprendemos a amá-lo!
É esse, SPORTINGUISTAS, o dever que temos perante nós neste momento miserável da nossa história institucional como grande clube que (ainda) somos! Essa guerra começa já amanhã! E não podemos dar tréguas a esta corja que tem no sócio anónimo leonino um alvo a abater! Há que atingi-los usando o principal trunfo que dispomos, e que eles não: O NOSSO AMOR PELO CLUBE! É isso que os vai derrotar e os vai escorraçar de Alvalade de uma vez por todas!
Peço desculpa ao "LEÃO DA ESTRELA" por este desabafo tão directo, mas esta minha revolta já a não a consigo conter e de certeza que muitos estão comigo! Conto convosco! Saudações Leoninas!
(..) Sou filha do Vadinho, craque do Sporting em 1958. Estou indo a Lisboa em Janeiro de 2008 e gostaria de visitar e conhecer o Sporting e o Estádio (palco de grandes jogadas e golos do meu pai). Gostaria de fotografar e trazer para meu pai a camisa do Sporting no centenário e outras lembranças. Quem devo procurar? Como devo proceder?Já enviei um email para o site do Sporting, mas não tive nenhuma resposta. Fico aguardando a resposta e contacto. Na certeza de que serei atendida, agradeço.