quarta-feira, 31 de outubro de 2012
António Souto – Crónica (53)
Refundam-se, portanto, todos os
programas que houver; refundam-se todos os mandantes; refundam-se todos os
relvas; refundam-se todos os gostos fraudulentos; refundam-se todas as misérias
e as esperanças todas, e também a constituição e a democracia e a vida.
No refundar está a virtude
Os
portugueses têm experimentado, nos últimos meses, o pior de uma receita de
austeridade, um tratamento que, a avaliar pelos resultados, tem piorado a
doença e agravado o estado dos enfermos. Estamos doentes, estamos mal e
tendemos a estiolar.
A
solução está, por enquanto, em peregrinar. Da Praça de Espanha a Fátima,
passando pela Assembleia da República, que é onde mora a nação inteira,
marcha-se por causas, devoções e muita, muita fé. Protestos e luta com
intervenção musical e, à mistura, o soar de vozes e motes de Abril.
De
um enorme aumento de impostos, havido, passa-se para um aumento significativo
de impostos a haver. Maturidade, seriedade e competência saem como arrotos da
boca da governação. Culpa-se o estado social de viver acima das suas
possibilidades, constata-se inauditamente que os impostos dos contribuintes
estão abaixo do requerido, conclui-se por um ajustamento imprescindível dos
pratos da balança.
Bem
doutrinam entendidos de diferentes quadrantes para o perigo do desaire, bem
apostolam os ex-presidentes da república que da resignação à indignação vai um
curto passinho, ou que é chegada a hora de acabar com esta governança, ou que a
democracia pode rebentar, que nada, nada mesmo parece demover a brigada de
iluminados das suas convicções altruístas que a todo o custo teimam em levar à
letra, de forma desirmanada, os versos de Camões – «Não tornes por detrás, pois
é fraqueza/ Desistir-se da cousa começada». Só que a coisa começou torta, tem
crescido retorcida e exibe-se derreada.
E
assim, paulatinamente, regressamos da pior maneira às profundezas da nossa
civilização, como ao inferno, que é onde ardem já os gregos, como em ruínas. E
quando o impasse surge, nítido e incontestável, inventam-se eufemismos de rara
espécie e clama-se por «uma espécie de refundação». Ah, malditas palavras, que
tanto são uma coisa como são outra, que tanto são como não são… Se ao menos
isto fosse uma espécie de magazine para desenfado, mas não, isto é demasiado
sério para poder sequer ser entendido como rasgo de humor negro. E o presidente
que é, ninguém o sabe, embora ande por aí, facebookando, deixando que outros se
alvorocem e dêem sentido aos vazios.
«– Ó glória de mandar! Ó vã cobiça/ Desta
vaidade, a quem chamamos Fama!/ Ó fraudulento gosto, que se atiça/ C'uma aura
popular, que honra se chama!/ Que castigo tamanho e que justiça/ Fazes no peito
vão que muito te ama!/ Que mortes, que perigos, que tormentas,/ Que crueldades
neles experimentas!» Outra vez Camões, mas daquele que poucos lêem. Porque se
todos o tivessem lido, e com ele aprendido os vícios acusados, não estaríamos
no estorvo em que estamos e sem porto à vista. Mas não, para muitos, nem no
tempo certo nem noutro qualquer se colheram ou colherão os ensinamentos
fundadores do ser-se. Do ser cidadão. Para muitos, definitivamente, nem com
programa de ajustamento em novas oportunidades.
Refundam-se, portanto, todos os
programas que houver; refundam-se todos os mandantes; refundam-se todos os
relvas; refundam-se todos os gostos fraudulentos; refundam-se todas as misérias
e as esperanças todas, e também a constituição e a democracia e a vida.
Refunde-se tudo, porque
é na refundação que está doravante a virtude!
domingo, 28 de outubro de 2012
sábado, 27 de outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Uma época diferente para os pequenitos
Está a começar mais uma época de futebol para os pequenitos. É uma época diferente em relação às anteriores, pois pela primeira vez faz-se sentir verdadeiramente a crise. Há clubes que já não conseguem participar com a mesma pujança com que o faziam antes (aparecem com uma equipa por escalão em vez de duas ou até três), e outros que simplesmente desistiram. Há miúdos que já não foram inscritos pelos pais. Já não se pode contar com o tradicional lanche que era distribuído no final, nem mesmo com os autocarros para o transporte. E até nos pequenos campos que são instalados em cada estádio para os torneios se nota faltas no material (uma baliza que fica sem rede, as fitas das marcações a não surgirem com a mesma fartura de antes e por aí adiante). Este pequeno mundo do futebol em que os miúdos se julgam Messis e Ronaldos também está a fazer, se bem que à força e sem períodos de adaptação, o seu ajustamento. Mas eles marcam golos na mesma, muitos, como sempre têm feito. Ontem, os que acompanho, marcaram 19 em quatro jogos (um deles na imagem) – e também sofreram alguns, o que é bom, para não ficarem a pensar que são os maiores.
Observo estas mudanças, como tantas outras na sociedade portuguesa, e não consigo deixar de pensar, entre outras coisas, nas filas de carros para os conselhos (de Estado e de ministros), filas compridas e topo de gama, como antes, como provavelmente para sempre. Circulam depressa, não vá alguém fazer mais do que gritar «Gatunos!», e por isso nem dá para perceber algum ajustamento – uma jante de liga menos leve, uns estofos mais espartanos, um motorista mais pequeno, sei lá, uma coisa qualquer que mostre que ali, naquele mundo tão distante do nosso mundo comum, as coisas também são ajustadas.
Um grupo predador
Fecho de mais uma edição da revista, como sempre pela noite fora. Revejo um artigo do colaborador de Espanha, que fala de dois povos cegos, o dele e o nosso. Escolho um destaque: «A classe política converteu-se num grupo predador que, sem gerar riqueza, subtrai rendimentos da maioria do povo em benefício próprio e dos seus feudos.»
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Manuel António Pina (1943-2012)
Porque é de noite
e estamos ambos sós,
leitura e escritura,
criador e criatura,
na mesma inumerável voz.
Manuel António Pina («Os Livros»)
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
A sabedoria do Corvo
Desempenhei dois cargos políticos em representação do PSD,
por isso me choca tanto a situação actual. Com José Sócrates, em que mesmo no
tempo em que havia quem lhe chamasse «menino de ouro» dava para perceber que a
coisa não ia acabar bem, era diferente. Eu via os desmandos, criticava-os, mas
sabia que nunca ninguém me haveria de confrontar com o que ia acontecendo.
Agora não, por mais que critique a loucura que nos vai sendo preparada dia após
dia não me livro, de vez em quando, de ouvir coisas do género de o partido em
cujas listas já participei estar a dar cabo do país. Por mais que o outro tenha
dado, e muito, ainda ficou por cá alguma coisa para Pedro Passos Coelho mostrar
serviço. E como tem mostrado...
Claro que eu ainda fui a tempo de não votar em Pedro Passos
Coelho. A princípio, antes da sua chegada à liderança do PSD, ainda tinha
alguma expectativa, mas depois comecei a ouvir um ou outro disparate e fui
desconfiando. Quase em cima das eleições para o partido fui entrevistá-lo – uma
conversa muito simpática, devo assinalar –, mas eu saí de lá (dos escritórios
da empresa onde ele estava na altura) espantado, ou talvez deva dizer
assustado. Ainda comentei algumas das respostas com uma jornalista que me
acompanhou, mas ela limitou-se a perguntar do que é que eu estava à espera.
Não votei, como disse, mas estava longe de esperar esta
calamidade. De qualquer maneira, logo após as eleições comecei a perceber
aquilo com que poderíamos vir a confrontar-nos. A quebra da palavra chocou-me
verdadeiramente. Já estava habituado a isso com muitos políticos, mas com Pedro
Passos Coelho ultrapassou-se tudo o que era conhecido em Portugal. Diga ele o
que disser, depois do histórico como primeiro-ministro, sei que a sua palavra
não vale absolutamente nada.
Por isso não vejo agora grandes hipóteses a não ser um
governo de iniciativa presidencial – embora essa opção não esteja isenta de
problemas. É dramático constatar a situação a que chegámos e ter como
alternativa o partido que mais contribuiu para levar o país à bancarrota, e
pior, saber que um dos ministros – nem que fosse da pasta dos automóveis de
alta cilindrada – seria Carlos Zorrinho, o velho comprador da bomba de Pedro
Mota Soares e agora reincidente nas compras.
Independentemente do que venha a acontecer – governo de
iniciativa presidencial, eleições ou a continuidade da loucura actual –, o PSD
tem de começar a pensar em livrar-se mesmo de Pedro Passos Coelho. Nem é só a
questão de ganhar ou não eleições (e as dos Açores já mostraram muito), é antes
de tudo não permitir que o país seja arrastado para um poço já não digo sem
fundo mas com um fundo, passe o pleonasmo, muito mas mesmo muito fundo; e por
um governo que em grande parte o representa. Quanto a eleições, para o PSD, o
melhor será pensar a médio ou mesmo a longo prazo, porque as próximas é para
perder, e por muitos.
Acho que se numa eleição nacional o PSD, depois de tudo o
que um governo em grande parte seu tem feito ao país, tiver mais de dez por
cento dos votos, será caso para dizer que se caiu na loucura total. Mas se
calhar até se aproximará dos vinte e cinco ou trinta, e para isso eu nem
quererei pensar em explicações (sei que nunca as encontrarei). Falo em dez por
cento para não falar em menos, ou até para não falar inclusive em zero, porque
a sabedoria do Corvo, onde agora nas eleições açorianas ninguém votou neste
PSD, dificilmente chegará ao país.
Uma nota: no Corvo o PSD fez um acordo com o PPM tendo em vista a eleição de um deputado monárquico em vez de dois socialistas; não deixa no entanto de ser simbólica a imagem de zero votos.
Etiquetas:
Pedro Passos Coelho,
Portugal,
PSD
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Ficcionar o tempo que vivemos
De um jornal («Negócios»), perguntaram-me como ficcionaria, de forma breve, o momento que estamos a viver. Coloco abaixo a explicação que dei (trabalho do jornalista Filipe Pacheco, aqui).
Este é um tempo de grandes dificuldades, mas é mais do que isso: é um tempo que está cheio de gente perigosa. As dificuldades poderiam servir, aqui, na ficção, para vários registos, e não me espantaria que alguns autores escrevessem sobre elas, ou tendo-as como pano de fundo das suas histórias. Isso, aliás, num ou noutro caso, já tem vindo a acontecer, inclusive com nomes consagrados. Se fosse ficcionar este tempo, talvez eu optasse pela parte da gente perigosa. Mais do que pela das dificuldades, que essa estranha gente ainda por cima se afadiga a fazer crescer. Provavelmente optaria por um romance policial, com bandidos do género dos que aparecem nos romances de Robert Wilson, maldosos, nalguns casos particularmente cruéis, para quem as outras pessoas não valem absolutamente nada. Lembro-me de um bandido, da zona de Sevilha, cuja arma preferida era uma motosserra, curiosamente a mesma que aparece numa imagem de bandidos que circula na Internet com a cara de membros do governo; um deles tem uma motosserra, já os outros aparecem com armas diferentes, uma matraca, uma catana, um martelo, uma navalha, uma pistola e por aí adiante. Noutra altura talvez uma imagem assim me chocasse um pouco, mas agora, com o que nos tem aparecido por cá, nem por isso. Os bandidos daquela imagem parecem-me reais, verdadeiramente mal-intencionados, uns com ar ameaçador, outros com uns sorrisinhos de plástico, outros ainda não se percebe bem com que ar, mas de certeza que não estão a magicar nada de bom.
Este é um tempo de grandes dificuldades, mas é mais do que isso: é um tempo que está cheio de gente perigosa. As dificuldades poderiam servir, aqui, na ficção, para vários registos, e não me espantaria que alguns autores escrevessem sobre elas, ou tendo-as como pano de fundo das suas histórias. Isso, aliás, num ou noutro caso, já tem vindo a acontecer, inclusive com nomes consagrados. Se fosse ficcionar este tempo, talvez eu optasse pela parte da gente perigosa. Mais do que pela das dificuldades, que essa estranha gente ainda por cima se afadiga a fazer crescer. Provavelmente optaria por um romance policial, com bandidos do género dos que aparecem nos romances de Robert Wilson, maldosos, nalguns casos particularmente cruéis, para quem as outras pessoas não valem absolutamente nada. Lembro-me de um bandido, da zona de Sevilha, cuja arma preferida era uma motosserra, curiosamente a mesma que aparece numa imagem de bandidos que circula na Internet com a cara de membros do governo; um deles tem uma motosserra, já os outros aparecem com armas diferentes, uma matraca, uma catana, um martelo, uma navalha, uma pistola e por aí adiante. Noutra altura talvez uma imagem assim me chocasse um pouco, mas agora, com o que nos tem aparecido por cá, nem por isso. Os bandidos daquela imagem parecem-me reais, verdadeiramente mal-intencionados, uns com ar ameaçador, outros com uns sorrisinhos de plástico, outros ainda não se percebe bem com que ar, mas de certeza que não estão a magicar nada de bom.
Eu teria no entanto de tomar em conta, ao ficcionar este tempo, um aspecto que tem sido importante na minha escrita. Grande parte das histórias passam-se no campo, e algumas delas têm mais animais do que gente. Há um livro, por exemplo, em que entram animais, quase todos inofensivos: um lagarto, uma borboleta, um ouriço-cacheiro, um texugo ou uma gineta (gato bravo), por exemplo. São esses e outros animais os protagonistas, a par de um menino de seis ou sete anos. Se estivesse escrever o livro agora, não sei se não me sentiria tentado a colocar um ou outro animal mais perigoso. Uma víbora, sobretudo uma da uma espécie a que chamam cornuda, particularmente letal. Ou um escorpião, animal que nos meus tempos de criança, no Algarve, me habituei a ouvir ser chamado de alclara. As víboras cornudas e o veneno das suas dentadas, e as alclaras das picadas capazes de causar uma dor de vinte e quatro horas – dois autênticos perigos.
Quando estou por Lisboa uso sapatos, mas quando fico a trabalhar por casa costumo andar de chinelos, os mesmos que uso pelos campos aqui das redondezas. Às vezes penso no perigo das víboras e das alclaras – penso sobretudo no das víboras. Talvez devesse usar chinelos em Lisboa e sapatos aqui pelos campos. Mas não, faço ao contrário. Há aqui um muro imenso, muito antigo, que aos pouco tenho vindo a libertar das silvas; e a arranjar, porque muitas das pedras foram caindo. Deve ter mais de cem anos, como muitas das árvores que rodeia. As silvas rasgam-me a pele, mesmo que use umas luvas e troque a T-shirt por uma camisa de manga comprida. Por isso regresso inevitavelmente do muro como se tivesse estado a participar numa luta de gatos. Mas isso não é o pior, não passa dos arranhões nos braços, nas mãos e às vezes no rosto. O pior é que debaixo de uma pedra pode de repente aparecer uma víbora, quem sabe se das cornudas. Ou uma alclara, que agora ouço sempre tratar por escorpião. Enfim, antes um escorpião do que uma víbora… De certeza que por este trabalho no muro um dia hei-de ter uma víbora cornuda nas minhas histórias. Mas nem seria preciso esse trabalho. O tempo que viemos também me faz pensar nas víboras. Até na cidade.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
António Souto – Crónica (52)
… a quinze, foi a festa de portas abertas na Gulbenkian com «Pedro e o Lobo», de Sergei Prokofiev, no Grande Auditório (do outro Pedro, uivado em coro às portas de Sete Rios, a festa foi desigual)
Ilusões de presente
Esperei Setembro e deixei-o escapar, tão depressa como se foi o Verão das férias, das manhãs preguiçadas e dos fins de tarde estendidos.
Por norma meio de ressaca e meio de recomeço, este mês foi, como na gíria futebolística, de desmotivação profissional, não que o plantel não estivesse solidário, o problema é que continuou faltando uma palavrinha de apoio de um mister ou de um special qualquer, e se o CR, que é quem é, se sente triste por tão pouco, que dizer de um vulgar pregador de sermões aos peixes quando o novo ano lectivo se anuncia quebrantado e muito pouco venturoso…
Parodiando Cesário, houve neste mês, porém, duas coisas simplesmente belas que atenuaram o advento do Outono e me distraíram do desarrimo. A primeira delas, a quinze, foi a festa de portas abertas na Gulbenkian com «Pedro e o Lobo», de Sergei Prokofiev, no Grande Auditório (do outro Pedro, uivado em coro às portas de Sete Rios, a festa foi desigual). A outra, a vinte e dois, foi a festa de Brasil e Portugal (ou de Portugal e Brasil) unidos no Terreiro do Paço: Zé Ricardo, Carminho, Zeca Baleiro, Boss AC, Paulo Gonzo e Martinho da Vila. Momentos únicos de distinção e gáudio a custo zero, suspensões da crise, ilusões de presente.
E mais não houve no mês que foi, senão acasos de anedotário que registei na nossa imprensa e reproduzo para remanso da austeridade.
1) Foi descoberta uma nova Gioconda, de rosto mais novo, mais liso, aparentemente pintada a par com a outra, a de rosto agora mais envelhecido. Mas o mais importante da revelação não foi a pintura, mas o facto relevante de este quadro ser da autoria mais que provável do amante de Leonardo Da Vinci. Isto, sim, é de ficar com duas monas!
2) Foi lançado mais um livro infantil, o que, convenhamos, não é grande novidade, novidade mesmo, e relevante, é ter sido escrito pela mão de Cinha Jardim, figura da nossa socialite e da nossa memória colectiva. Quer dizer, importante, mesmo importante, foi ela ter-se inspirado no neto e na cadela para a trama. A imprensa é mesmo tramada!
3) Foi apanhado em flagrante uma criatura de meia-idade algures numa rua dos Estados Unidos a fazer sexo com… um sofá! A polícia deteve-o por atentado ao pudor. E fez-se notícia.
4) Foi detido mais um norte-americano. Coisa rara. Este, também pouco mais velho que o anterior, por ter desatado ao tiros a um vizinho seu, acusando-o de lhe ter violado a mulher. Coisa rara. Raro, sobretudo, e grave, porque a violação terá sido por telepatia. Como o repórter estava lá, tomou notas e divulgou o caso. E não era para menos, que coisa tão estranha não ocorre por aí além.
5) Foi eleita «a cadela mais mimada do mundo». Dá pelo nome de Lola e dorme numa cama de seis mil euros. Saracoteando-se com uma modesta coleira de platina e diamantes no valor de 32 mil euros, não consta que esta milionária Yorshire Terrier seja ainda perseguida pelo fisco por manifestos sinais exteriores de riqueza, embora haja fortes suspeitas de que tenha contas abertas na Suazilândia, na Ilha Tristão da Cunha e nas Ilhas Palau.
6) Foi tornado público o último relatório do SIS. A matéria é séria e impõe cuidados redobrados. O nível de ameaça contra os ministros subiu para três, e para quem não lida de perto com estas informações, este nível intermédio, e a subir, é crítico e não deixa ninguém em paz, que um qualquer cidadão pode ser chamado um dia destes a estas altas funções e, se isto se mantém, ninguém quererá aceitar o cargo. Sim, que o seguro morreu de velho.
7) Foi finalmente publicitado o que muita gente pensava há muito e acreditava ser verdade, que em Marte já houve água. Crê-se que a água se terá evaporado, mas as fotos não mentem e a morfologia marciana comprova a circunstância. E como onde há água há vida, não espantará que os ET andem pelo meio de nós.
Serão acasos do anedotário, é certo, mas casos assim tão circunspectos e inquietantes como estes não se encontram todos os dias nem em todas as conjunturas, nem mesmo na actual, de hipocrisia e impudência.
E se, havendo mais vida para além da Terra, fôssemos todos para Marte?!
Um mentiroso na assembleia
Observo um mentiroso a falar na televisão. Está na Assembleia da República e fala sempre unindo o polegar e o indicador da mão direita. Não sei se é uma característica dos mentirosos, se por exemplo eles têm cinco características que os distinguem, ou nove, ou cinquenta. Lembro-me de uma vez ter ido a uma escola falar sobre os livros e de alguns dos alunos me terem surpreendido com as nove características dos vampiros.
Etiquetas:
Assembleia da República,
Mentirosos
Subscrever:
Mensagens (Atom)