terça-feira, 31 de março de 2009
segunda-feira, 30 de março de 2009
Primeira capa
Saiu esta manhã o primeiro número do «Suplemento RH – human OJE». Informações sobre este novo projecto aqui.
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Recursos Humanos - «Suplemento RH»
Os animais, o mágico, os sapatos
(clicar na imagem para aumentar)
Na escola do meu filho, para falar de livros a miúdos de quatro e cinco anos. Uma das duas escolas de Santiago do Escoural, no Alentejo. Convidou-me a professora, e eu, mesmo com medo das histórias que tenho nos livros, lá fui. Um dia de manhã, às dez, sem saber bem o que poderia dizer. Quando cheguei, ainda sem certezas, já os miúdos estavam sentados num espaço que tinha sido preparado num dos cantos de uma das salas. Todos à volta da cadeira que tinham arranjado para mim. Eu continuava atrapalhado, mas no momento em que encarei os miúdos, já sentado na cadeira, encontrei a solução: os animais, os dos livros, os que aparecem em muitas das minhas histórias. Foi do que mais falei, do macaco que serve licor de amoras silvestres no meu primeiro livro, e de outro macaco, enviado pelo Ministério da Cultura para abrilhantar a festa de uma livraria num dos últimos, ou do mosquito de Moçambique que num outro chega a Portugal e causa o maior reboliço; e também de um mágico pequenino, de idade avançada e do tamanho das minhas mãos, um mágico que entra logo em dois romances. Acho que os animais e o mágico é que me salvaram de fazer má figura. E se calhar os sapatos que nesse dia calcei, como se pode ver num cartaz que depois os miúdos arranjaram.
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Compreensão lenta
Isabel Trigo Mira, antiga dirigente do Sporting, só agora é que descobriu que o congresso que os actuais responsáveis(?) do meu clube organizaram em Santarém se tratava de uma palhaçada.
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Cultura municipal
domingo, 29 de março de 2009
Mais uma vez...
Mais uma vez, Carlos Queiroz demonstrou que é pouco profissional.
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sexta-feira, 27 de março de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
domingo, 22 de março de 2009
A fraude
Sobre a fraude de ontem no Algarve – Sporting 1 (Pereirinha) - Benfica 1, com derrota nas grandes penalidades –, na final da Taça da Liga, algumas ideias:
- o caso de Lucílio Baptista, que tirou a taça ao Sporting, deveria ser investigado pela Polícia Judiciária (por mais que ele agora apareça com ar de sonso a dizer que na altura o que viu foi Pedro Silva levar o braço à bola, o que fica são as imagens das conversas esquisitas que manteve pelos intercomunicadores nos momentos a seguir ao lance, e também as conversas com o auxiliar, numa autêntica tramóia em directo na televisão);
- a equipa do Sporting, sem ser brilhante, esteve num bom nível, com excepção do desastrado Polga (até Caneira acertou num centro, curiosamente o que acabou no golo de Pereirinha).
- Paulo Bento (embora atabalhoado, como habitualmente) e Filipe Soares Franco reagiram bem em defesa do Sporting (o presidente, que em tempos deixou no ar a ideia de que o clube devia ir jogar à Luz para não ganhar, de forma a evitar ser campeão e assim poupar nos prémios aos jogadores, acabou mesmo por surpreender-me com a defesa enérgica que fez do Sporting).
- Pedro Silva teve a melhor atitude; depois da fraude não deixou que o tipo da cerveja lhe pusesse a porcaria da medalha de roubado ao pescoço, e ainda por cima atirou-a para bem longe;
- Paulo Bento (embora atabalhoado, como habitualmente) e Filipe Soares Franco reagiram bem em defesa do Sporting (o presidente, que em tempos deixou no ar a ideia de que o clube devia ir jogar à Luz para não ganhar, de forma a evitar ser campeão e assim poupar nos prémios aos jogadores, acabou mesmo por surpreender-me com a defesa enérgica que fez do Sporting).
- Pedro Silva teve a melhor atitude; depois da fraude não deixou que o tipo da cerveja lhe pusesse a porcaria da medalha de roubado ao pescoço, e ainda por cima atirou-a para bem longe;
- uma nota ainda para Carlos Martins, que marcou a grande penalidade decisiva e acabou por dizer no fim que o fez com «grande tranquilidade»; eu não gostei de ouvir, mas depois das guerras que ele teve com Paulo Bento (que parece ter a sina de se incompatibilizar com jogadores) até que compreendo a graçola.
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sábado, 21 de março de 2009
Pequeno texto
Um pequeno texto sobre o meu romance «Uma Noite com o Fogo» foi publicado ontem no «Jornal de Negócios»; é da autoria de Fernando Sobral. Para ler aqui.
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Literatura,
Romance «Uma Noite com o Fogo»
sexta-feira, 20 de março de 2009
Até teve a sua piada
Isto do provedor de justiça até teve a sua piada.
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Provedor de justiça,
Zeca Afonso
quinta-feira, 19 de março de 2009
A quinta frase
Resposta a este desafio do João Carvalho no «Delito de Opinião», onde também participo. É mais uma corrente do mundo dos blogs, a quinta frase da página 161 do livro que ando a ler; uma corrente, já agora, que não permite a entrada do meu último romance se por acaso alguma das pessoas desafiadas estiver de volta dele (tem apenas 139 páginas).
O livro chama-se «Com os Holandeses» e foi escrito por um senhor chamado J. Rentes de Carvalho. A quinta frase da página 161 é esta: «Um conhecimento mesmo superficial da universidade holandesa permite essa constatação imediata: as Letras são nela um luxo.»
Deixo o desafio à Adriana, ao Zé Carlos, à Rute, ao Manuel e ao Luís.
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Deixo o desafio à Adriana, ao Zé Carlos, à Rute, ao Manuel e ao Luís.
quarta-feira, 18 de março de 2009
Um texto
Um texto sobre o meu romance «Uma Noite com o Fogo» foi publicado aqui.
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Literatura,
Romance «Uma Noite com o Fogo»
O fascismo
O Sporting 2 (João Moutinho, Rochemback), Rio Ave 0. Escrevo apenas agora, mas ainda antes que venha a final da Taça da Liga contra o débil Benfica. Depois da vergonha de Munique, um jogo ganho mais ou menos à vontade contra uma equipa muito fraca, e ainda por cima a valer a subida ao terceiro lugar (o primeiro é que para já parece coisa impossível). Mais do que o jogo, ficou-me na memória o comportamento miserável da polícia a mandar retirar as faixas com que os sportinguistas mostravam a sua indignação em relação ao que tem vindo a acontecer no clube em resultado do avolumar de asneiras dos incompetentes que têm o poder. Lembrou-me os tempos do fascismo, ao mesmo tempo que pensei que quem deu as ordens para fazer aquilo haveria de gostar de que ainda estivéssemos nestes tempos.
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sexta-feira, 13 de março de 2009
Sobre a tragédia de Munique
Só hoje escrevo sobre a tragédia do Sporting em Munique, o Bayern 7, Sporting 1 (João Moutinho). Não precisei de deixar passar uns dias para conseguir escrever. Nada disso. Deixei passar uns dias mas foi para evitar escrever com todas as palavras o que penso dos dirigentes do meu clube, com o actual presidente à cabeça. Seria difícil arranjar gente mais desadequada para gerir o Sporting, mas a verdade é que foram precisamente estes cromos que nos calharam em sorte. É triste constatá-lo, mas é a dura realidade: o clube está entregue a um grupo de incompetentes que à partida poderia julgar-se impossível de juntar. Claro que se sabia que isto ia acabar mal, mas assim, tão mal, nunca pensei. Se o Sporting ganhar a Taça da Liga e o Campeonato Nacional, como até pode ganhar, será sempre apesar desta gente tão medíocre que agora tem o poder de tão mal gerir o clube (ou a sade, ou lá como lhe chamam).
Uma nota mais, com uma curiosidade… Gostava de saber como foram classificados os dois resultados contra o Bayern (que no ano passado empatou com o Braga e só afastou o Belenenses após uma eliminatória muito disputada), gostava de saber, dizia, como foram classificados os dois resultados contra o Bayern por aquele dirigente patético que classificou a derrota por cinco a dois em casa como o Barcelona como um resultado razoável.
Já agora, Filipe Soares Franco acha que o jogo de Munique não foi uma humilhação.
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Uma nota mais, com uma curiosidade… Gostava de saber como foram classificados os dois resultados contra o Bayern (que no ano passado empatou com o Braga e só afastou o Belenenses após uma eliminatória muito disputada), gostava de saber, dizia, como foram classificados os dois resultados contra o Bayern por aquele dirigente patético que classificou a derrota por cinco a dois em casa como o Barcelona como um resultado razoável.
Já agora, Filipe Soares Franco acha que o jogo de Munique não foi uma humilhação.
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Atraso
Passado não sei quanto tempo sobre a publicação, meti-me a ler o «Rio das Flores», do Miguel Sousa Tavares. A história está a prender-me, só que a sensação com que vou ficando é a de que aquela escrita dá para contá-la mas também daria para um livro técnico ou até para um texto jornalístico. De vez em quando o português é bastante maltratado (inclusive puxaram para a contracapa uma frase que está escrita de forma incorrecta).
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Miguel Sousa Tavares,
Romance «Rio das Flores»
terça-feira, 10 de março de 2009
O cabelo, ou antes, o penteado
Cada vez mais acho que o Paulo Bento embirra com o Miguel Veloso por causa do cabelo, ou antes, por causa do penteado.
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Cabelo,
Miguel Veloso,
Paulo Bento,
Penteado
Uma síntese
Nem chega a vinte e cinco minutos. É uma síntese, triste e verdadeira, de Portugal. Para ouvir aqui.
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Henrique Medina Carreira,
Mário Crespo,
Portugal
segunda-feira, 9 de março de 2009
Demasiado tarde
O Sporting 2 (Liedson, Derlei), Paços de Ferreira 0 de Sábado à noite. Gostei do jogo, da exibição do Sporting, até das escolhas do nem sempre lúcido Paulo Bento (por exemplo, Adrien em vez de Rochemback transforma completamente a equipa, para melhor). Mas fica a sensação de que o mal da época já está feito, e agora parece demasiado tarde para apanhar o Porto. Por falar em Porto, a cabazada que deu ao Leixões em Matosinhos foi muito estranha; não percebi as actuações de três jogadores do Leixões, o guarda-redes Beto e dois defesas, Laranjeiro e sobretudo Hugo Morais (os responsáveis do clube deviam tentar averiguar o que se passou). No fim, o frango de Helton teve alguma piada.
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sábado, 7 de março de 2009
António Souto – Crónica (9)
Nona crónica de António Souto, depois desta, desta, desta, desta, desta, desta, desta e desta. O António mantém uma crónica («Ex-abrupto») no jornal da sua terra («Jornal D’Angeja»). Esta é a da edição de Fevereiro de 2009.
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Bosquejos
Bosquejos
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Carnaval. Regressou uma vez mais em grande. Aliás, o carnaval nem sequer regressou, o carnaval há muito que está, deixa-se ficar ao longo dos meses, do ano, dos anos, disfarçado, mascarado como é seu timbre. Fazem-se algumas remodelações de corsos, apresentam-se novos temas mais consentâneos com a actualidade sócio-política, ajustam-se os trajes e a figuração ao modelo inimitável da terra de santa cruz. Mas carnaval é sempre carnaval. Comandam as tropelias. Ora um magalhães descarado vulgarizando pornografia e logo suspenso de um desfile atrevido, para logo ser diligentemente restituído à folia, ora cinco exemplares de um livro desavergonhado ostentando pornocracia de arte e logo retirados de uma banca livresca, para logo serem devolvidos à erudição. Trejeitos carnavalescos que ninguém parece levar a mal, tudo reinação. O carnaval está, para durar.
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Uma anódina peça de jornal. Como um fait divers. Lê-se que uma criança com uma doença rara, entre nós e no mundo, tendo apenas dez anos aparenta os setenta, envelhece a um ritmo alucinantemente doentio a cada instante. Aparenta, que é como quem diz, vemos nós por fora e vive a criança por dentro. Infelizmente, para a medicina hodierna não existe ainda cura, não haverá, portanto, qualquer resposta de esperança para quantos sofrem desta doença.
Chama-se Cláudia. É a única menina portuguesa com esta doença. Ainda está viva. Há quem entenda que é uma criança normal. Talvez seja, ou pelo menos deveria ser considerada assim mesmo, NORMAL, e por isso mesmo com direito a todos os direitos que qualquer pessoa normal tem. Mas não é o caso. Ser normal, neste caso, serve apenas para evitar que a Cláudia tenha, de facto, direito a ter direitos. O tratamento é caro e contínuo, exige deslocações ao estrangeiro. A mãe, para cuidar dela e a acompanhar, deixou o emprego. Tem o rendimento social de inserção. A filha, um subsídio de cerca de cem euros. Tudo somado, manifestamente insuficiente. Vai-lhes valendo o apoio de um instituto norte-americano.
Quando sabemos que «uma criança com progeria [síndrome de Hutchinson-Gilford] tem uma expectativa média de vida de 14 anos para as meninas e 16 para os meninos», isto revolta-nos. As doenças raras, quase todas incuráveis e de terapia onerosa, mereciam neste século vinte e um uma atenção especial por parte da sociedade e do estado. É verdade que nos últimos anos muito se tem feito no sector social, mas há falhas inaceitáveis.
Há dias, no encerramento do congresso do PS (partido cujo governo mais tem feito neste domínio), fiquei preocupado e triste por não ouvir, na apresentação das políticas sociais para os próximos dois anos, uma palavra sequer sobre a deficiência. Ouvi com agrado novidades sobre o alargamento obrigatório do pré-escolar, sobre o alargamento do ensino a doze anos de escolaridade, sobre uma bolsa de estudos para famílias carenciadas, mas nada, nada sobre os milhares de doentes crónicos e deficientes dependentes. E a deficiência, silenciosa e pouco reivindicativa, é um problema social urgente, que não carece de debates públicos ou de referendos, não é um fait divers.
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No domingo, foi assassinado o chefe do estado-maior da Guiné-Bissau. Na segunda-feira, foi assassinado o presidente da Guiné-Bissau. Há quem fale em retaliação. Na Guiné-Bissau mata-se e morre-se por razões diversas. Há dias, numa reportagem de Catarina Furtado, ficámos a saber como a morte é ditada à nascença na Guiné-Bissau. Nascer é uma autêntica aventura, ou melhor, vingar é um verdadeiro desafio. As mulheres têm em média seis ou sete filhos para poderem contar, no final, com um ou dois. A descendência assegura-se por tentativas. Às vezes, muitas vezes, nem os filhos nem as próprias mães vencem o parto. A esperança de vida, para as mulheres, está nos cinquenta e seis anos. Morre-se cedo. Na Guiné-Bissau, como em muitos outros sítios do planeta, a maternidade não é o início da esperança, mas um final anunciado. Na Guiné-Bissau, pelos vistos, não basta morrer, há quem insista e persista em matar. Na Guiné-Bissau a morte que nos chega parece ser mais penetrante, parece doer mais, porventura porque dói em português.
Carnaval. Regressou uma vez mais em grande. Aliás, o carnaval nem sequer regressou, o carnaval há muito que está, deixa-se ficar ao longo dos meses, do ano, dos anos, disfarçado, mascarado como é seu timbre. Fazem-se algumas remodelações de corsos, apresentam-se novos temas mais consentâneos com a actualidade sócio-política, ajustam-se os trajes e a figuração ao modelo inimitável da terra de santa cruz. Mas carnaval é sempre carnaval. Comandam as tropelias. Ora um magalhães descarado vulgarizando pornografia e logo suspenso de um desfile atrevido, para logo ser diligentemente restituído à folia, ora cinco exemplares de um livro desavergonhado ostentando pornocracia de arte e logo retirados de uma banca livresca, para logo serem devolvidos à erudição. Trejeitos carnavalescos que ninguém parece levar a mal, tudo reinação. O carnaval está, para durar.
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Uma anódina peça de jornal. Como um fait divers. Lê-se que uma criança com uma doença rara, entre nós e no mundo, tendo apenas dez anos aparenta os setenta, envelhece a um ritmo alucinantemente doentio a cada instante. Aparenta, que é como quem diz, vemos nós por fora e vive a criança por dentro. Infelizmente, para a medicina hodierna não existe ainda cura, não haverá, portanto, qualquer resposta de esperança para quantos sofrem desta doença.
Chama-se Cláudia. É a única menina portuguesa com esta doença. Ainda está viva. Há quem entenda que é uma criança normal. Talvez seja, ou pelo menos deveria ser considerada assim mesmo, NORMAL, e por isso mesmo com direito a todos os direitos que qualquer pessoa normal tem. Mas não é o caso. Ser normal, neste caso, serve apenas para evitar que a Cláudia tenha, de facto, direito a ter direitos. O tratamento é caro e contínuo, exige deslocações ao estrangeiro. A mãe, para cuidar dela e a acompanhar, deixou o emprego. Tem o rendimento social de inserção. A filha, um subsídio de cerca de cem euros. Tudo somado, manifestamente insuficiente. Vai-lhes valendo o apoio de um instituto norte-americano.
Quando sabemos que «uma criança com progeria [síndrome de Hutchinson-Gilford] tem uma expectativa média de vida de 14 anos para as meninas e 16 para os meninos», isto revolta-nos. As doenças raras, quase todas incuráveis e de terapia onerosa, mereciam neste século vinte e um uma atenção especial por parte da sociedade e do estado. É verdade que nos últimos anos muito se tem feito no sector social, mas há falhas inaceitáveis.
Há dias, no encerramento do congresso do PS (partido cujo governo mais tem feito neste domínio), fiquei preocupado e triste por não ouvir, na apresentação das políticas sociais para os próximos dois anos, uma palavra sequer sobre a deficiência. Ouvi com agrado novidades sobre o alargamento obrigatório do pré-escolar, sobre o alargamento do ensino a doze anos de escolaridade, sobre uma bolsa de estudos para famílias carenciadas, mas nada, nada sobre os milhares de doentes crónicos e deficientes dependentes. E a deficiência, silenciosa e pouco reivindicativa, é um problema social urgente, que não carece de debates públicos ou de referendos, não é um fait divers.
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No domingo, foi assassinado o chefe do estado-maior da Guiné-Bissau. Na segunda-feira, foi assassinado o presidente da Guiné-Bissau. Há quem fale em retaliação. Na Guiné-Bissau mata-se e morre-se por razões diversas. Há dias, numa reportagem de Catarina Furtado, ficámos a saber como a morte é ditada à nascença na Guiné-Bissau. Nascer é uma autêntica aventura, ou melhor, vingar é um verdadeiro desafio. As mulheres têm em média seis ou sete filhos para poderem contar, no final, com um ou dois. A descendência assegura-se por tentativas. Às vezes, muitas vezes, nem os filhos nem as próprias mães vencem o parto. A esperança de vida, para as mulheres, está nos cinquenta e seis anos. Morre-se cedo. Na Guiné-Bissau, como em muitos outros sítios do planeta, a maternidade não é o início da esperança, mas um final anunciado. Na Guiné-Bissau, pelos vistos, não basta morrer, há quem insista e persista em matar. Na Guiné-Bissau a morte que nos chega parece ser mais penetrante, parece doer mais, porventura porque dói em português.
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Estranho português
quarta-feira, 4 de março de 2009
Autógrafos
Sessão de autógrafos do romance «Uma Noite com o Fogo», esta sexta-feira (21h30), na Feira do Livro do Fórum Montijo (livraria Bertrand).
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terça-feira, 3 de março de 2009
A simpatia
A de Luís Naves no «Corta-fitas», a de Tomás Vasques no «Hoje Há Conquilhas...» e a dos «Blogtailors». Muito, mesmo muito obrigado pelos links e pelas palavras.
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Já me esquecia...
Já me esquecia. O Sporting no Estádio do Dragão para o campeonato (Porto 0 – Sporting 0). Depois de frente ao Bayern ter aparecido o Sporting de Soares Franco (que agora já é arguido em processos de burla e tudo) e daquele senhor da empresa que certificou as contas do BPN e que considera que levar cinco a dois em casa do Barcelona é «razoável», bem, depois dessa tragédia lá apareceu no Dragão um Sporting mesmo Sporting. Pena o azar de Liedson na finalização (especialmente na cabeçada ao poste). Ficou-me na memória de um jogo muito quezilento uma agressão animalesca de Lucho González a Derlei. De qualquer forma, mesmo com um Sporting mesmo Sporting, continuamos claramente num fim de ciclo, cheio de gente para esquecer, gente que tem marcado o clube (a sade?) pela incompetência, pela insignificância, pelo desleixo e até nalguns casos pela estupidez.
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