domingo, 30 de maio de 2010
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Ontem
A apresentação de «O Sorriso Enigmático do Javali», ontem ao fim da tarde, em Lisboa (Livraria Bertrand, do Chiado). Uma foto publicada no Facebook por um leitor, Mário Santos, que presumo a tirou com o telemóvel enquanto eu lhe autografava o livro. E outra de Margarida Ferra, da editora, a Quetzal (eu; o apresentador, Luís Carmelo; e Lúcia Pinho e Melo, da Quetzal).
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Literatura,
Livro «O Sorriso Enigmático do Javali»
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Apresentação do novo livro
Apresentação em Lisboa do meu livro «O Sorriso Enigmático do Javali»: quinta-feira, 27 de Maio, 18h30. Livraria Bertrand do Chiado (a apresentação será feita pelo escritor e professor universitário Luís Carmelo).
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Livro «O Sorriso Enigmático do Javali»
Revista «human» de Junho
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Nas bancas a partir desta sexta-feira. É o número 18, de Junho de 2010. Mais informações sobre a edição aqui. Deixo a seguir o meu editorial…
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Música e futebol
A música e o futebol preenchem grande parte desta edição da «human». São os temas de duas das peças principais, sendo que uma delas acaba mesmo por ser o destaque da capa.
Escolhemos a música, a propósito da realização do «Rock in Rio», para mostrarmos como um grande evento nessa área pode contribuir para a construção de um mundo melhor, pelas iniciativas de responsabilidade social que promove. A responsável do evento, Roberta Medina, que aparece na capa numa fotografia feita durante os trabalhos de preparação do recinto, explica todas essas iniciativas.
Quanto ao futebol, a nossa escolha foi o Benfica. Um trabalho sobre como o clube chegou à liderança. Aqui, quando se fala em chegar à liderança, a ideia não é a de chegar ao primeiro lugar, como aconteceu com a equipa principal de futebol esta época no campeonato nacional. É mais do que isso, é a de chegar a um nível em que se pode dizer claramente que existe no futebol do clube uma verdadeira liderança. Uma liderança que permite, depois, ganhar campeonatos. Foi para tentar perceber isso que ouvimos quatro profissionais de recursos humanos, todos eles benfiquistas, perceber o que esteve na base da grande transformação que o Benfica conheceu esta época.
Já agora, e sobre este trabalho do Benfica, uma nota. Os temas na «human» não são escolhidos apenas por mim. Mas neste caso a lembrança foi minha. Escolhi o tema, com grande pena, tenho de admitir, porque preferia que a revista publicasse um trabalho sobre liderança centrado no meu clube e não no Benfica. Infelizmente, pelos motivos que se conhece, não foi possível. Tendo em conta o que aconteceu esta época, só mesmo se publicássemos uma edição sobre o que não se deve fazer em gestão, sobre o desleixo, o desinteresse e o desmazelo, só assim é que poderíamos tomar o meu clube depressa possível. Sob pena de o meu clube cair num poço sem fundo de onde será difícil recuperá-lo. Se publicássemos o trabalho sobre a má gestão, e se lhe déssemos o maior destaque, eu até sei, obviamente, quem seria a figura de capa.
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Música e futebol
A música e o futebol preenchem grande parte desta edição da «human». São os temas de duas das peças principais, sendo que uma delas acaba mesmo por ser o destaque da capa.
Escolhemos a música, a propósito da realização do «Rock in Rio», para mostrarmos como um grande evento nessa área pode contribuir para a construção de um mundo melhor, pelas iniciativas de responsabilidade social que promove. A responsável do evento, Roberta Medina, que aparece na capa numa fotografia feita durante os trabalhos de preparação do recinto, explica todas essas iniciativas.
Quanto ao futebol, a nossa escolha foi o Benfica. Um trabalho sobre como o clube chegou à liderança. Aqui, quando se fala em chegar à liderança, a ideia não é a de chegar ao primeiro lugar, como aconteceu com a equipa principal de futebol esta época no campeonato nacional. É mais do que isso, é a de chegar a um nível em que se pode dizer claramente que existe no futebol do clube uma verdadeira liderança. Uma liderança que permite, depois, ganhar campeonatos. Foi para tentar perceber isso que ouvimos quatro profissionais de recursos humanos, todos eles benfiquistas, perceber o que esteve na base da grande transformação que o Benfica conheceu esta época.
Já agora, e sobre este trabalho do Benfica, uma nota. Os temas na «human» não são escolhidos apenas por mim. Mas neste caso a lembrança foi minha. Escolhi o tema, com grande pena, tenho de admitir, porque preferia que a revista publicasse um trabalho sobre liderança centrado no meu clube e não no Benfica. Infelizmente, pelos motivos que se conhece, não foi possível. Tendo em conta o que aconteceu esta época, só mesmo se publicássemos uma edição sobre o que não se deve fazer em gestão, sobre o desleixo, o desinteresse e o desmazelo, só assim é que poderíamos tomar o meu clube depressa possível. Sob pena de o meu clube cair num poço sem fundo de onde será difícil recuperá-lo. Se publicássemos o trabalho sobre a má gestão, e se lhe déssemos o maior destaque, eu até sei, obviamente, quem seria a figura de capa.
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quinta-feira, 20 de maio de 2010
António Souto – Crónica (24)
Maio com páginas desirmanadas
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Anda-se pelo Parque Eduardo VII à vontade, os pavilhões estão libertos, para cima e para baixo quase ninguém, o negócio parece desmaiado. As barracas de comes e bebes vêem-se em toda a largueza por falta de freguesia. A gente tem tempo e vista para lhes ler os nomes: «Pipocas da Joaninha», «O Otário das farturas e dos churros»…
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Terça-feira, quatro de Maio, ida à Feira do Livro, pelas três da tarde. Bom tempo, nem muito calor nem muito frio, vento sossegado, tudo muito tranquilo a condizer com um dia normal de semana. Anda-se pelo Parque Eduardo VII à vontade, os pavilhões estão libertos, para cima e para baixo quase ninguém, o negócio parece desmaiado. As barracas de comes e bebes vêem-se em toda a largueza por falta de freguesia. A gente tem tempo e vista para lhes ler os nomes: «Pipocas da Joaninha», «O Otário das farturas e dos churros», «Farturas à Scalabitana», «O Pançudo das Bifanas», «Noites de Luar» (tipo Snack), «Roulotte da Manú» (sic). E quarteirão sim quarteirão não, barracas só para os cafés. O que a gente não viu foram as casinhas tipo-guaritas para as necessidades ou os prestáveis multibancos, como no ano passado ali havia à mão de semear. Mesmo assim, ainda se trouxeram uns livritos para casa, que a vontade de palavras continua sendo maior que quase todas as outras vontades.
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O Benfica ganhou a Liga, há quem diga que graças a Jesus (em vez de graças a Deus), e os Paços do Município abriram-se de par em par para acolher a vitória. As câmaras municipais gostam sempre que os seus clubes ganhem aos outros e gostam de lhes agradecer. No Norte como no Sul como no Centro. Os executivos são executivos e os presidentes sempre presidentes. Mais presidentes ainda quando têm vitórias para celebrar. O Porto também já fez a sua festa, alçando a Taça de Portugal. O Sporting, havendo justiça, há-de igualmente bendizer qualquer coisa um dia destes, que a trindade é una. Tudo uma questão de tempo.
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O Papa veio a Portugal. O Papa veio mesmo com cinza a pairar nos céus da Europa e do Vaticano. O Papa andou aqui no meio de nós, e por cima de nós, na capital da pátria, na capital de Nossa Senhora e na capital das Terras de Santa Maria. Esteve aqui como nunca antes estivera, na sua condição de Sua Santidade. Meio país parou e meio país invejou não ter parado. No grande dia de tolerância, os descrentes, menos crentes e comodistas ficaram em casa; dos demais, os que tinham GPS rumaram a Fátima, os que não tinham, desorientados, foram parar ao Algarve, onde o céu é mais azul e os milagres também acontecem. Tudo questão de fé.
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Sábado, 15 de Maio, segunda ronda pela Feira do Livro. Uma tarde agradável, pouco ventosa, ar soalheiro e um mar de gente. Animação a valer com o grupo musical Kumpania Algazarra, leites e cereais da Nestlé distribuídos a quem passa e se firma neles, bonés, blocos de apontamentos e canetas do Millenium para atrair crianças e seduzir progenitores, escreventes e ilustradores salpicados por todo o lado. O espaço Leya a abarrotar de leitores e de consumidores, reais e virtuais, e a dada altura, em duas pracinhas, um monte de escritores, para cima de uma dúzia, publicitando-se uns aos outros ou olhando-se de esguelha em jeito de deferência ou de dor de cotovelo. Mas festa é festa, e melhor se ao sabor das páginas. Páginas que, por dádiva do Benfica e do Papa, se vão continuar a voltar por mais uma semana, para gáudio dos mercadores…
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E enquanto dura a Feira, dura o vaticínio da crise.
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Pedro Passos Coelho, num golpe de destreza, conforta o Governo num reclamado sacrifício que o leva a pedir desculpa aos portugueses. Um gesto imprescindível de, como temperou, «não dar as mãos ao Governo, mas ao país» para evitar «situações mais graves». O homem da oposição tem requinte, só não se sabe a que portugueses pede ele desculpas e por que razão há-de pedir desculpas aos portugueses. Se ao menos pedisse desculpas a quem o elegeu… Mas ele lá sabe com que retórica se cose (ou coze).
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Já nós, que há uma temporada andamos desconsolados com estas mal-andanças, estamos em crer que o chefe do Governo se deve cuidar, que o culto da liderança (espécie de «personalização« num dizer mais bondoso de Paulo Pedroso) poucas ou nenhumas boas memórias nos traz. E a teimosia altaneira, com mais ou menos considerandos, acaba por se pagar a um preço quase sempre elevado. E o Partido Socialista, pelos seus princípios matriciais, não deveria merecer tal custo, por muito global que seja a crise e dure o vaticínio.
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Crónica de Maio de 2010 de António Souto para o blog «Floresta do Sul»; crónicas anteriores: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23.
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Anda-se pelo Parque Eduardo VII à vontade, os pavilhões estão libertos, para cima e para baixo quase ninguém, o negócio parece desmaiado. As barracas de comes e bebes vêem-se em toda a largueza por falta de freguesia. A gente tem tempo e vista para lhes ler os nomes: «Pipocas da Joaninha», «O Otário das farturas e dos churros»…
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Terça-feira, quatro de Maio, ida à Feira do Livro, pelas três da tarde. Bom tempo, nem muito calor nem muito frio, vento sossegado, tudo muito tranquilo a condizer com um dia normal de semana. Anda-se pelo Parque Eduardo VII à vontade, os pavilhões estão libertos, para cima e para baixo quase ninguém, o negócio parece desmaiado. As barracas de comes e bebes vêem-se em toda a largueza por falta de freguesia. A gente tem tempo e vista para lhes ler os nomes: «Pipocas da Joaninha», «O Otário das farturas e dos churros», «Farturas à Scalabitana», «O Pançudo das Bifanas», «Noites de Luar» (tipo Snack), «Roulotte da Manú» (sic). E quarteirão sim quarteirão não, barracas só para os cafés. O que a gente não viu foram as casinhas tipo-guaritas para as necessidades ou os prestáveis multibancos, como no ano passado ali havia à mão de semear. Mesmo assim, ainda se trouxeram uns livritos para casa, que a vontade de palavras continua sendo maior que quase todas as outras vontades.
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O Benfica ganhou a Liga, há quem diga que graças a Jesus (em vez de graças a Deus), e os Paços do Município abriram-se de par em par para acolher a vitória. As câmaras municipais gostam sempre que os seus clubes ganhem aos outros e gostam de lhes agradecer. No Norte como no Sul como no Centro. Os executivos são executivos e os presidentes sempre presidentes. Mais presidentes ainda quando têm vitórias para celebrar. O Porto também já fez a sua festa, alçando a Taça de Portugal. O Sporting, havendo justiça, há-de igualmente bendizer qualquer coisa um dia destes, que a trindade é una. Tudo uma questão de tempo.
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O Papa veio a Portugal. O Papa veio mesmo com cinza a pairar nos céus da Europa e do Vaticano. O Papa andou aqui no meio de nós, e por cima de nós, na capital da pátria, na capital de Nossa Senhora e na capital das Terras de Santa Maria. Esteve aqui como nunca antes estivera, na sua condição de Sua Santidade. Meio país parou e meio país invejou não ter parado. No grande dia de tolerância, os descrentes, menos crentes e comodistas ficaram em casa; dos demais, os que tinham GPS rumaram a Fátima, os que não tinham, desorientados, foram parar ao Algarve, onde o céu é mais azul e os milagres também acontecem. Tudo questão de fé.
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Sábado, 15 de Maio, segunda ronda pela Feira do Livro. Uma tarde agradável, pouco ventosa, ar soalheiro e um mar de gente. Animação a valer com o grupo musical Kumpania Algazarra, leites e cereais da Nestlé distribuídos a quem passa e se firma neles, bonés, blocos de apontamentos e canetas do Millenium para atrair crianças e seduzir progenitores, escreventes e ilustradores salpicados por todo o lado. O espaço Leya a abarrotar de leitores e de consumidores, reais e virtuais, e a dada altura, em duas pracinhas, um monte de escritores, para cima de uma dúzia, publicitando-se uns aos outros ou olhando-se de esguelha em jeito de deferência ou de dor de cotovelo. Mas festa é festa, e melhor se ao sabor das páginas. Páginas que, por dádiva do Benfica e do Papa, se vão continuar a voltar por mais uma semana, para gáudio dos mercadores…
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E enquanto dura a Feira, dura o vaticínio da crise.
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Pedro Passos Coelho, num golpe de destreza, conforta o Governo num reclamado sacrifício que o leva a pedir desculpa aos portugueses. Um gesto imprescindível de, como temperou, «não dar as mãos ao Governo, mas ao país» para evitar «situações mais graves». O homem da oposição tem requinte, só não se sabe a que portugueses pede ele desculpas e por que razão há-de pedir desculpas aos portugueses. Se ao menos pedisse desculpas a quem o elegeu… Mas ele lá sabe com que retórica se cose (ou coze).
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Já nós, que há uma temporada andamos desconsolados com estas mal-andanças, estamos em crer que o chefe do Governo se deve cuidar, que o culto da liderança (espécie de «personalização« num dizer mais bondoso de Paulo Pedroso) poucas ou nenhumas boas memórias nos traz. E a teimosia altaneira, com mais ou menos considerandos, acaba por se pagar a um preço quase sempre elevado. E o Partido Socialista, pelos seus princípios matriciais, não deveria merecer tal custo, por muito global que seja a crise e dure o vaticínio.
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Crónica de Maio de 2010 de António Souto para o blog «Floresta do Sul»; crónicas anteriores: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23.
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terça-feira, 18 de maio de 2010
quarta-feira, 12 de maio de 2010
terça-feira, 11 de maio de 2010
domingo, 9 de maio de 2010
Para acabar
Sporting 0, Naval 1, vigésima nona jornada do Campeonato Nacional 2009/ 2010
Leixões 1, Sporting 2 (Miguel Veloso, Pedro Silva), trigésima jornada do Campeonato Nacional 2009/ 2010
.Leixões 1, Sporting 2 (Miguel Veloso, Pedro Silva), trigésima jornada do Campeonato Nacional 2009/ 2010
Os dois últimos jogos no campeonato. Nem sei o que diga, com o clube a 28 pontos do primeiro, a 23 do segundo e a 20 do terceiro. A diferença para o primeiro é maior do que a diferença para o último. Temos mesmo dirigentes medíocres. Uma verdadeira tragédia, que pelas indicações para a próxima temporada ameaça repetir-se. Alguém com muita força, de certeza, rogou mesmo uma praga ao meu clube. Uma praga com nome, claro: José Eduardo Bettencourt.
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sexta-feira, 7 de maio de 2010
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