O título deste post não é muito feliz, mas pronto, é o que se pode arranjar; tudo porque o post não é sobre a inteligência mas sobre a falta dela. Viu-se ontem à noite, no Sporting 2 (Miguel Veloso, Liedson) – Barcelona 5. A pouca inteligência de Paulo Bento como treinador ficou mais uma vez à vista logo antes de começar o jogo, uns minutos antes, quando foi conhecida a equipa. Pelas escolhas que fez, ou queria complicar tudo ou então não consegue ver a evidência de que uma equipa que inclui jogadores medíocres, sobretudo na defesa, corre o risco de a qualquer momento sofrer grandes dissabores. No jogo de ontem a defesa foi uma calamidade, salvando-se Grimi, de quem não tenho uma opinião por aí além. De Daniel Carriço pouco sei, mas a ideia que me dá é de que não vai sair dali nenhum craque (não se atrapalha com a bola como Polga e Caneira, mas há qualquer coisa de estranho nele, uma certa falta de à-vontade, uma maneira estranha de correr, e depois a própria figura não é bem a do costumeiro jogador de futebol, mais parecendo um actor de cinema dos anos quarenta ou cinquenta; cinema norte-americano, não daqueles filmes chamados «portugueses»). Mas o problema maior esteve nos outros dois elementos, Polga e Caneira, cada um com um golo na própria baliza, coisa que numa equipa com uma defesa normal seria uma notícia tipo jornal do incrível mas que neste caso acaba por ser, digamos assim, compreensível. Já escrevi várias vezes que os dois são iguais na mediocridade mas com uma grande diferença: enquanto Polga é um lutador incansável, Caneira parece sofrer de uma apatia crónica de que só se livra lá de tempos a tempos, quando algum jornalista cai na asneira de lhe fazer uma entrevista e aí ele pode sobressair a contar anedotas como aquela de ser «um grande líder».
De ontem, a ideia que fica é a de que não havia hipótese de o Sporting não ser goleado. Primeiro a maneira como o actor de cinema se deixou enganar por Messi para um primeiro golo inacreditável. Depois o auto-golo de Polga, sem saber o que fazer com a bola. A seguir, a parvoíce de Polga a deixar marcar o livre para o terceiro golo do Barcelona. E depois ainda, cúmulo da asneira na noite de ontem… Passados dois minutos de sorte em que foi possível a equipa reentrar na discussão do resultado, bastaram alguns segundos para Caneira repor as coisas no caminho da tragédia, chutando a bola à maluca com a canela para dentro da própria baliza.
O estranho de tudo isto, para além da questão da inteligência, é que os responsáveis do Sporting parecem encarar uma goleada em casa por cinco a dois com absoluta normalidade (ver aqui algumas declarações absolutamente patéticas). Ganhar, perder, empatar, ser goleado, golear, parece que é tudo igual. Se calhar até têm razão; afinal, não passa de um jogo de futebol. Mas na História vai ficar registado, cabazada em casa com o Barcelona, cinco a dois, a mesma diferença dos célebres seis a três.
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De ontem, a ideia que fica é a de que não havia hipótese de o Sporting não ser goleado. Primeiro a maneira como o actor de cinema se deixou enganar por Messi para um primeiro golo inacreditável. Depois o auto-golo de Polga, sem saber o que fazer com a bola. A seguir, a parvoíce de Polga a deixar marcar o livre para o terceiro golo do Barcelona. E depois ainda, cúmulo da asneira na noite de ontem… Passados dois minutos de sorte em que foi possível a equipa reentrar na discussão do resultado, bastaram alguns segundos para Caneira repor as coisas no caminho da tragédia, chutando a bola à maluca com a canela para dentro da própria baliza.
O estranho de tudo isto, para além da questão da inteligência, é que os responsáveis do Sporting parecem encarar uma goleada em casa por cinco a dois com absoluta normalidade (ver aqui algumas declarações absolutamente patéticas). Ganhar, perder, empatar, ser goleado, golear, parece que é tudo igual. Se calhar até têm razão; afinal, não passa de um jogo de futebol. Mas na História vai ficar registado, cabazada em casa com o Barcelona, cinco a dois, a mesma diferença dos célebres seis a três.