sexta-feira, 16 de outubro de 2009

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

sábado, 10 de outubro de 2009

Finalmente...

Finalmente, começa a ser falada a incompetência de José Eduardo Bettencourt; incompetência que aliada ao desleixo e ao desvario resultou numa mistura explosiva para o Sporting.
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A primeira frase (2)

«Severino Castanho, quase todos os dias, vai visitar Catarina.»
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Primeira frase da novela «Os Abençoados Fiéis do Senhor S. Romão». Depois o livro continua assim:
«Mas pára antes de lhe tocar e fica a olhá-la demoradamente, como ela também olha para ele. Os dois sem se mexerem. É um amor à distância possível, porque as velhas mais não permitem. As velhas, aquelas velhas que vestem um negro por destoar, como quem rouba penas aos melros, acentuam assim o luto. Há muito que se foram os homens da casa, ou porque Deus os chamou, ou então porque a bruxa da Corte da Pomba lhes traçou os destinos. Neste ponto divergem as opiniões, pois o caso ficou por explicar. E isso porque nunca ninguém percebeu como é que o pai e o irmão de Catarina, que sempre tiveram fama de bons caçadores, foram logo acertar na cabeça um do outro. Não faltou por aí quem dissesse que Deus quis defender os animais e guiou os tiros para tão trágicos destinos. Mas também houve opiniões de que quem se assanhou foi a bruxa da Corte da Pomba. Com uns caçadores de disparar tão barulhento, ela ter-se-á logo lembrado de fazer o que os outros disseram que foi Deus que fez, e dessa maneira descansou a tropa que tem ao serviço. A tropa de morcegos que de dia precisa de dormir para recuperar das canseiras nocturnas que apanha a trabalhar para a patroa.»

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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

domingo, 4 de outubro de 2009

Os dirigentes mais irresponsáveis e desleixados dos últimos vinte anos no Sporting

Sporting 0, Belenenses 0. Já se esperava este resultado, depois do que se tem visto da equipa do Sporting, formada pelos mais irresponsáveis e desleixados dirigentes que o clube conheceu nos últimos vinte anos. O tempo de José Eduardo Bettencourt no Sporting devia estar a chegar ao fim, para se evitar uma catástrofe no clube. Infelizmente, não acredito que isso venha a acontecer e daqui a uns anos, quando ele sair, outro parecido entrará na linha de sucessão. Não sei o que diga mais. .

A primeira frase (1)

«O século ainda ia novo, mas a vida – que às idades não parecia ligar muito – já andava outra vez agitada por Lisboa.»
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Primeira frase do livro de contos «Quando o Presidente da República Visitou Monchique por Mera Curiosidade» (frase do conto de abertura do livro, chamado «A Bruxa do Bairro Alto de S. Roque»)
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sábado, 3 de outubro de 2009

Os melhores cavalos do mundo

«É difícil fazer melhor do que aquilo. Penso que nunca li um livro tão bom. Estava a corrigi-lo e ficava boquiaberto.»
António Lobo Antunes, sobre o seu novo romance, «Que Cavalos São Aqueles que Fazem Sombra no Mar?»
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Confesso que dormi

Cansado, muito cansado, acabei por deixar-me dormir a ver o jogo do Sporting com os alemães de Berlim para a Liga Europa – Sporting 1 (Adrien), Hertha 0. Estava a ser um jogo miserável e a certa altura fechei os olhos, e a verdade é que não me lembro de mais nada. Mais tarde acabei por ver o resumo num dos noticiários da televisão, e então deu para perceber que o jogo não foi miserável, foi pior do que isso. Mas depois pensei, bom, pelo menos ganhámos, com um bocado de sorte, mas ganhámos, não foi como da última vez em que apanhámos alemães (duas derrotas, cinco a zero e sete a um, depois do cinco a dois em casa com o Barcelona que o provedor dos sócios considerou um resultado «aceitável», não sei se num momento de desvario, se num momento normal da sua cabeça). Ainda bem que não fui ao estádio; se me tivesse deixado dormir lá e acordasse depois já com aquilo vazio, e se calhar com as saídas fechadas, haveria de ser bonito.
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Foto: «A Bola»
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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Recordar os sonhos

O romance «Os Sonhos e Outras Perigosas Embirrações», que publiquei há quase 10 anos, está este mês no Clube de Leitura da Biblioteca Municipal de Silves, no âmbito do ciclo «Os novos imaginadores da palavra». Irei à biblioteca dia 27/ 10, pelas 21 horas.
O romance começa assim:
Às vezes, carinho, consigo ver-te no mar. As ondas costumam ser pequeninas, quase imperceptíveis, e por isso só te mexes quando os barcos se aproximam. Alguns, de certeza, são apenas a minha imaginação a fazer ondular o teu cabelo caído pelo rosto, mas há muitos que passam por ti como se nem sequer existisses. Esses são bem reais e a velha Luzia dos Engreneiros, do alto da rocha onde pesca ao fim da tarde, não se cansa de os amaldiçoar.
– Deve ser porque lhe espantam os peixes.
– Ou então, amigo, é mesmo por ruindade.
A velha Luzia dos Engreneiros já não tem nariz. E tudo porque um dia, ainda em rapariga, lhe explodiu o caldeirão dos preparos enquanto estava a tomar-lhes o cheiro. Só que isso nunca lhe deu grandes aborrecimentos.
– Ela nem se foi abaixo, até porque não era criatura para isso, amezinhou-se sozinha e ao fim de dois ou três meses apareceu com um nariz novo. Claro que se tratava de um nariz dos de carnaval, daqueles com uns óculos pretos por cima, mas como já uma vez ouvi dizer, minha boa e apreciada amiga, não se pode ter tudo nesta vida.
– É capaz. O mais certo é nem na outra vida se conseguir ter tudo.
Isso não se sabe bem, porque de lá, da outra vida, segundo por aí se diz, só voltam os fantasmas.
– Voltam os que voltam!
– Não, voltam todos. Os fantasmas voltam todos, por isso é que são fantasmas e têm aquelas particularidades absolutamente inegáveis, ainda que um pouco ambíguas, que depois os escritores aproveitam para os romances e que em alguns casos, mais cedo ou mais tarde, acabam nos ecrãs de cinema, ou pelo menos em séries de televisão. Se os cabrões não voltassem, está-se mesmo a ver, então é que não eram fantasmas.
– ...
– Não sei se me fiz compreender?
– Claramente, senhor professor, claramente. E neste ponto deixo a conversa.
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Em tempo de eleições autárquicas…

Em tempo de eleições autárquicas, vale a pena recordar esta história.
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A história das visitas de um político à casa de Francisco Duarte Correia
Estávamos em Dezembro de 1983 quando um discípulo enviado por Deus, ou pelo Diabo, ainda não se sabe bem, chegou a Monchique e iniciou a sua caminhada por montes e vales, percorrendo todos os lugares do concelho, visitando muitos monchiquenses nas suas humildes habitações. Nesta lufa-lufa, chegou a um lugar denominado Penedo, onde moravam três pessoas, o senhor Francisco Duarte Correia, a sua esposa, dona Margarida, e uma menina deficiente chamada Belinha, a filha do casal. (...)
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Ler a história na totalidade aqui.

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A primeira conclusão

A primeira conclusão que tirei das palavras de Cavaco Silva, na terça à noite, foi a de que Manuela Ferreira Leite, comparada com ele, até tem uma boa capacidade de expressão.
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