sábado, 6 de dezembro de 2008

Uma crónica de Luís Graça (7)

Sétima de uma série de crónicas do Luís Graça. As anteriores… Primeira, segunda, terceira, quarta, quinta e sexta.
Nota: esta crónica é a versão editada por mim de um comentário deixado pelo Luís ao que escrevi aqui sobre o último «Sporting – Porto» para a Taça de Portugal.
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Onde estou? Quem sou eu? Por que é que já não há futebol de jeito no campeonato português?
Eu bem queria ver o jogo, mas os imponderáveis impediram-me de chegar a tempo ao Snooker Clube, equipadinho com o pólo Stromp, de que tanto gosto.
A primeira vez que o vi ao vivo (já tinha visto em fotos antigas) foi na temporada de 1979/1980, com a linha atacante formada por Manoel, Manuel Fernandes e Jordão.
(Que grande golo marcou o Manoel a um grande ídolo meu, o sueco Ronnie Hellstrom, num jogo de má memória com o Kaiserslautern, arbitrado por um árbitro com nome de realizador de cinema de culto: John Carpenter. Acho que o jornal «A Bola» titulou «O Regresso do Mal», título português do famoso «Halloween». Vi o filme numa sessão das 18h30m do Monumental, com um auricular de transístor Sanyo e a ouvir o «Portugal – Itália» do Europeu de hóquei. Quando era golo de Portugal eu tirava o auricular do Sanyo e toda a gente festejava o golo de Portugal, enquanto um gajo com uma agulha de tricot andava a furar gente numa terreola dos Estados Unidos.)
Bem, como estive a ajudar os amigos a «desmontar a tenda» no Festival de BD da Amadora (e eu e o Eduardo Raposo ficámos presos na escada que dava acesso ao salão, porque àquela hora já só se podia sair, não dava para entrar outra vez; lá mandei um berro à menina que estava ao pé da ambulância, ela chamou o segurança, o segurança disse para saltarmos por cima de uns vasos com plantas que já estavam a bloquear o caminho para o piso inferior, a garagem; e da garagem subimos para a entrada do Festival, onde o Rui Brito e o Lameiras andavam à nossa procura, porque eu me tinha esquecido do telemóvel em casa).
Com tudo isto chegámos ao Snooker Clube só a tempo de sofrer com os penalties e nos batermos com uns cachorros especiais e uns pregos, cortesia do Zé. E nem foi preciso beber muito para esquecer. Depois fomos dar umas tacadas para o pano verde e já saímos bem dispostos. Estar com os amigos é bem mais importante do que sportingues, benficas e fcportos.
E o Snooker Clube é o local onde sou mais do que cliente, sou amigo e sempre bem tratado, apesar de o amigo Almeida ser do «inimigo» – Benfica. Mas é um «inimigo» fidalgo, fraterno e com sentido de humor. Ao ponto de me vir dar o cartaz de anúncio do «Sporting – Porto» para o campeonato nacional, no final da nossa desgraça.
– Ó Luís, é capaz de querer ficar com isto para recordação...
– Mas o amigo Almeida tem de autografar...
– Isso já não consigo...
E lá nos rimos os dois, que isto de ser do Sporting dá uma estaleca do camarquilhão nas derrotas.
Portanto, foram duas derrotas seguidinhas no Snooker Clube, equipado à Stromp. Mas não desisto. Hei-de lá ir ver o próximo Sporting – Porto, ou Porto – Sporting. E equipado com um pólo do Sporting. Mas por causa das coisas levo o outro pólo do Sporting, que também é lindíssimo. É aquele de fundo branco, com listas amarelas e verdes horizontais. Pode ser que pegue.
Enfim, saudações leoninas.
E nem sei o que se tem passado com a nossa equipa carismática e vencedora, a de ténis de mesa. Pelo meu lado, comecei o Campeonato do Inatel. Podem ler tudo brevemente em http://www.oprazerdamesa.blogspot.com/.
E as reportagens do Salão Erótico no blogue do BD Voyeur. É ir através do link do «Prazer da Mesa» até ao Kuentro (que é sobre BD) e depois o Kuentro avisa quando começar a mandar brasa sobre o Salão. Mal o Machado tenha tempo de postar, é só saúde e muitas mulheres nuas.
Algumas delas andaram em cima de mim. Ou melhor, do Dick Hard. Vou aparecer uma terça-feira destas no «Boa-noite, Alvim», na rábula com o Nuno Costa Santos. E mais não conto. Deve ser lá para o final de Novembro, princípios de Dezembro. Mas até pode ser uma terça anterior. Previsões só no final do encontro.
Viva a SIC Radical! Viva o Alvim! Viva o Nuno Costa Santos! Viva o Gimba! Viva o papagaio Baixinho! Viva o Pedro Dias! Viva o João Manzarra!
E vivam as miúdas do Curto-Circuito! Principalmente a Joana Dias, que faz anos no mesmo dia que eu. E aquela que curte gajas também é simpática. Já para não falar da fresquinha Rita Andrade.
Viva o «Cabaret da Coxa»! (pode ser que regresse, tenho um dedo mindinho a dizer-me coisas, eles andam a dar repetições do programa; será só coincidência?)
Realmente, eu não posso andar nos blogs. Perco-me. Não tenho GPS. Tudo isto a propósito da derrota do nosso clube... Então e quando é que durmo?
Estúpido! (é comigo, não é com vocês) Devia estar a preparar já o curso de escrita criativa que vou dar na Learning Inovation, ali para as bandas do El Corte Inglés, nas segundas e sextas-feiras de Fevereiro, entre as 18h e as 21h, com pausa para sexo, whisky e cigarrinho, a meio da sessão. Começa a 9 e acaba a 27. (mais pormenores pelo telefone 309912840)
Mas estou a dizer isto por acaso. Pagam-me o mesmo, independentemente do número de alunos.
Mas curto dar aulas numa rua com o nome de um homem que muito admiro (Ramalho Ortigão). E já conheci o caniche Pipo, que anda lá pela zona e «ladra porque quer que as pessoas lhe façam festas», segundo a versão da dona.
Olha lá, ó António, o Fernando Pessoa das paredes aí de casa e o ouriço das visitas nocturnas também ladram, ou isso é só o Monge e os colegas?
E por aqui me fico, que daqui a meia hora começam a martelar as paredes do prédio. As obras já duram há mais de um mês e meio, a darem-me cabo da cabeça. E eu para aqui. Não resisto aos blogs dos amigos. Amanhã (hoje!!!), se tiver enxaquecas, posso queixar-me?
Bem, o melhor é tomar um kainever, para ver se descanso o mínimo. Mas daqui a umas sete horas vou acordar tipo zombie. Onde estou? Quem sou eu? Por que é que já não há futebol de jeito no campeonato português?
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