Já na parte final de uma aventura literária em Vila Real de Santo António acontece isto: «Aproximei-me, ficando mesmo por cima de onde ele estava, talvez um metro acima, a distância para o nível da água. Impressionou-me as fuças bem diferentes das dos humanos actuais, ainda por cima arreganhadas, de dentes cerrados, como se tivesse recebido a morte completamente em fúria. Não percebi onde o tinham atingido, mas na cabeça não parecia ter sido. Estava a olhar para o rosto do romano, sem saber bem o que fazer, quando todo o corpo se afundou. Logo a seguir, dei com muito movimento nas águas, que ficaram vermelhas de sangue. Um peixe, algum peixe dos grandes tinha abocanhado o romano. Pensei nos filmes com tubarões. Pensei também se seria correcto dizer peixe no caso de um tubarão. Na volta nem tinha sido um tubarão. Lembro-me de que pensei também num atum.»
É uma história de romanos, que atacam Vila Real de Santo António numa tarde de Verão, a mesma em que eu participo numa sessão literária num dos espaços culturais da cidade. Agora, vendo esta foto, admito a hipótese de não ter sido um tubarão, nem um atum. Talvez um golfinho.
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É uma história de romanos, que atacam Vila Real de Santo António numa tarde de Verão, a mesma em que eu participo numa sessão literária num dos espaços culturais da cidade. Agora, vendo esta foto, admito a hipótese de não ter sido um tubarão, nem um atum. Talvez um golfinho.
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2 comentários:
Isto promete! Uma nova história anacrónica, na linha do Mário de Carvalho e da sua Inaudita Guerra..? O Zé Carlos ainda vai aparecer, como anfitrião? Ficamos à espera! Grande abraço!
António, a isto respondo por mail. Abraço
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