segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O sportinguismo feliz das derrotas

Há já não sei quantos dias que foi o jogo do Sporting em Berlim (Hertha Berlim 1, Sporting 0), para a Liga Europa, mas só agora ponho aqui alguma coisa. Por razões de trabalho não consegui ver o jogo. Soube depois que foi uma espécie de tragédia, com mediocridade de um lado e do outro, com a diferença de que os alemães foram um golo menos medíocres do que o Sporting. O espanto, para mim, veio depois, quando comecei a ouvir jogadores e treinador a falarem de ter sido tudo muito bom, positivo, encorajador e por aí adiante. Nem queria acreditar. Lembrei-me logo do síndroma Ferreira da Silva, cuja origem remonta ao triste dia da goleada do Barcelona ao Sporting em Alvalade (cinco a dois), quando Ernesto Ferreira da Silva se saiu com o comentário de que perder por cinco a dois em casa com o Barcelona era um resultado aceitável (talvez tenha dito depois, na altura dos doze a um do Bayern em dois jogos, que foram umas escorregadelas, ou algo assim, e talvez agora a derrota por um a zero em Berlim lhe tenha parecido tipo uma vitória na final da Liga dos Campeões por grandes penalidades). É incompreensível este sportinguismo feliz das derrotas (e das goleadas), absolutamente incompreensível, mas a verdade é que os comentários após o jogo de Berlim deram-me a ideia de que o síndroma Ferreira da Silva está mesmo a propagar-se.
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