Desta vez não vi o jogo – Sporting 1 (Grimi), Heerenveen 1. Já há uns tempos tinha recebido um convite para ir a uma das sessões do curso de escrita criativa de José Couto Nogueira no El Corte Inglés, em Lisboa. O dia marcado era três de Dezembro, e então lá perdi o jogo. Pelo que soube depois, não devo ter perdido grande coisa.
Cheguei à sala do curso às oito, a hora marcada, cinco minutos antes de o jogo começar em Alvalade (jogo às oito e cinco, tipo superstição). Encontrei a porta fechada, o que me deixou um bocado surpreendido. Abri a porta, pensando que o mais certo era ainda ninguém ter chegado, e para minha surpresa dei com a sala cheia de gente (umas sessenta ou setenta pessoas). Era o curso, que – como me explicaram depois – decorria das sete às nove (primeira hora lá com as matérias deles, segunda eu a falar dos meus livros, do que escrevia, e a responder a perguntas).
Acabou por ser muito divertido. Contei as minhas coisas dos livros e da escrita, dei por mim a rir montes de vezes e com as pessoas também a rirem, e interessadas, participativas. Ou seja, correu bastante bem. A pergunta que me deixou mais atrapalhado foi a de uma participante que queria saber se o livro que acabo de terminar, «O Sorriso Enigmático do Javali», tinha alguma coisa a ver com a Mona Lisa e o seu sorriso (seu, já se vê, da Mona Lisa). Não tinha, ou melhor, não tem. Se tivesse até seria fácil a resposta, assim lá tive de explicar o sorriso do javali. Expliquei, e como bónus contei a história que me levou a escrever o livro… Um dia de manhã, bem cedo, eu de regresso a casa depois de uma directa a trabalhar, e no meio do montado aqui à volta cinco javalis numa correria maluca, talvez para ver se não eram apanhados de dia fora dos esconderijos. Um deles acabou por ir contra um sobreiro e ficou a dormir. Quando me aproximei, esse javali parecia sorrir, de forma enigmática. E mais não conto aqui. No curso contei um bocadinho mais.
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Cheguei à sala do curso às oito, a hora marcada, cinco minutos antes de o jogo começar em Alvalade (jogo às oito e cinco, tipo superstição). Encontrei a porta fechada, o que me deixou um bocado surpreendido. Abri a porta, pensando que o mais certo era ainda ninguém ter chegado, e para minha surpresa dei com a sala cheia de gente (umas sessenta ou setenta pessoas). Era o curso, que – como me explicaram depois – decorria das sete às nove (primeira hora lá com as matérias deles, segunda eu a falar dos meus livros, do que escrevia, e a responder a perguntas).
Acabou por ser muito divertido. Contei as minhas coisas dos livros e da escrita, dei por mim a rir montes de vezes e com as pessoas também a rirem, e interessadas, participativas. Ou seja, correu bastante bem. A pergunta que me deixou mais atrapalhado foi a de uma participante que queria saber se o livro que acabo de terminar, «O Sorriso Enigmático do Javali», tinha alguma coisa a ver com a Mona Lisa e o seu sorriso (seu, já se vê, da Mona Lisa). Não tinha, ou melhor, não tem. Se tivesse até seria fácil a resposta, assim lá tive de explicar o sorriso do javali. Expliquei, e como bónus contei a história que me levou a escrever o livro… Um dia de manhã, bem cedo, eu de regresso a casa depois de uma directa a trabalhar, e no meio do montado aqui à volta cinco javalis numa correria maluca, talvez para ver se não eram apanhados de dia fora dos esconderijos. Um deles acabou por ir contra um sobreiro e ficou a dormir. Quando me aproximei, esse javali parecia sorrir, de forma enigmática. E mais não conto aqui. No curso contei um bocadinho mais.
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3 comentários:
Eu estava lá no curso e confesso...chorei a rir com a pergunta, à séria... porque o seu ar completamente espantado (que raio? eu disse que escrevia sobre a minha terra e a gente que me rodeia...qual Monalisa???)... foi mesmo muito divertido! A conversa toda em geral. Obrigada.
Esse sorriso enigmático, António, é o de todos os javalis quando esbarram num sobreiro. Não tenho qualquer dúvida disso. Já agora, posso adiantar que o sorriso dos sobreiros quando lhes embatem javalis é um sorriso cúmplice!
Entretanto, põe-no cá fora, o romance para lhe adivinharmos o sorriso!
Grande abraço.
Sónia e António, que bom ter comentários vossos. Já agora, uma novidade: o javali além de sorrir também ri à gargalhada. «O javali tinha-se ido embora, a sorrir, sem que eles soubessem por que é que sorria, e mais, por que é que o fazia daquela forma enigmática. Seguiram pela estrada de terra, depressa. Até que a certa altura, um barulho… Pelo montado, saído lá dos matos. Uma gargalhada estridente. Uma gargalhada que tanto o pai como o filho ouviram claramente. Não a perceberam. De certa forma era também ela enigmática. E logo a seguir outra, e mais outra, e outra...»
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