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O problema do Sporting, obviamente, não tem a ver com Paulo Bento, que muito fez pelo clube, mas que muitas asneiras também fez – e disse – no clube. O problema está num estranho fenómeno que faz com o clube atraia para dirigi-lo sobretudo incompetentes, como o actual presidente, José Eduardo Bettencourt, e o grupo que o rodeia (de cujos elementos nos últimos dias ele começou a falar mal). O Sporting, um íman. Como desmagnetizar esse íman? Talvez seja este o desafio. Se calhar isso não será suficiente. Talvez o clube precise também de um escudo protector, contra a incompetência, e também contra o desleixo, que foi uma novidade trazida por José Eduardo Bettencourt. Nos últimos anos o Sporting construiu uma tradição de dirigentes incompetentes, mas essa incompetência não aparecia de mão dada com o desleixo. Agora, com este presidente, passeiam as duas características, sempre de mão dada, sempre unidas, como se fosse impossível existirem uma sem a outra.
Claro que depois vem o pior. Perder a cabeça. José Eduardo Bettencourt perdeu a cabeça. Várias vezes. A incompetência e o desleixo levam a isso. Aos berros a mandar calar os adeptos, à história de à equipa faltar «cagança» (termo que presumo José Eduardo Bettencourt trouxe da banca), à dos estádios cheios com o Benfica, a despir o casaco para ir andar à pancada com adeptos, a tantas outras asneiras impensáveis num presidente do Sporting. Ou na volta, neste caso, não são tão impensáveis como isso. A verdade é que José Eduardo Bettencourt nunca foi bem o presidente do Sporting. A demissão, agora, se calhar até nem se ia notar muito. Nem que fosse preciso chorar um bocadinho na conferência de imprensa de anúncio da boa nova..
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