domingo, 5 de outubro de 2008

O Paulo Bento de Lisboa

Péssimo, não sei quantas vezes péssimo, o jogo do Sporting esta noite com o Porto – Sporting 1 (João Moutinho), Porto 2. Se calhar esta época isto não vai correr nada bem. Começam a confirmar-se alguns receios. E confirma-se completamente o perigo de ter Rui Patrício na baliza (o segundo golo do Porto, de Bruno Alves, vai ficar certamente como um dos frangos deste campeonato), assim como se confirma completamente o facto de Paulo Bento, o Paulo Bento de Lisboa, ser realmente um treinador pouco inteligente, como tenho vindo aqui a referir (por exemplo, nas entrevistas rápidas falou a seguir ao guarda-redes do Porto, o injustiçado Nuno, e deu bem para ver a diferença de discursos).
Uma explicação… Escrevi «Paulo Bento de Lisboa» por causa de uma crónica do Luís Graça na revista «Os Meus Livros», sobre Oscar Wilde, em que ele faz notar que já na segunda metade do século XIX o irlandês usava o cabelo à Paulo Bento; o Luís até se admira como é que Oscar Wilde não é referido aqui.
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1 comentário:

Anónimo disse...

E houve mais um Paulo treinador do Sporting que também não teve sorte nenhuma no domingo.

(derrota em Braga, em andebol, com o ABC, depois de os leões terem tido o jogo completamente controlado, aos 17-13, por exemplo; e não terem sabido aproveitar as desqualificações de José Costa e Eduardo Ferreira)

Chama-se Paulo Faria, um dos melhores jogadores de sempre do andebol português. Entre outros clubes, distinguiu-se ao serviço do ABC e do Sporting. Para além da selecção nacional.

E se a memória não for curta, a história revela-nos curiosas ironias.

Há cerca de oito anos, o técnico Manuel Brito (uma referência histórica nos inúmeros títulos do Sporting, enquanto jogador) foi despedido, num processo com contornos shakespeareanos.

Segiu-se-lhe no comando técnico o professor José Tomás. Numa das primeiras entrevistas que deu, o então central do Sporting, Paulo Faria, disse que em toda a sua vida "nunca tinha tido treinos tão bons".

O Sporting de José Tomás perdeu cinco jogos consecutivos, se não me falha a memória.

Agora, é Paulo Faria que vem substituir José Tomás no comando técnico do andebol do Sporting.

Achei estranho que:

1) Saindo José Tomás, não saísse igualmente o seu adjunto de sempre, Frederico Carlos.

2) Que, não saindo, Frederico Carlos, não passasse a assumir a função de técnico principal.

A manter-se Frederico Carlos no grupo de trabalho é porque se acredita na sua competência. Mas não ao ponto de ser técnico principal?

Voz amiga fez-me chegar a sua versão dos acontecimentos:

--- Perante a pressão sobre Mário Patrício, vice-presidente para as modalidades, no sentido de "despachar" José Tomás, foi o próprio técnico (agora ex-técnico) leonino que se demitiu, continuando, no entanto, com funções dentro do projecto do andebol e das modalidades do Sporting.

--- A escolha de Paulo Faria para técnico terá sido vista com bons olhos pelo adjunto Frederico Carlos, nada incomodado por continuar com o estatuto de número 2.

Todas estas conjecturas e teorias não passam disso. Raciocínios meus e dos outros.

O facto: o Sporting está no sétimo lugar do campeonato e o momento psicológico é tão grave que recuperar a equipa de modo a disputar o título nacional será um verdadeiro milagre. Ir às meias-finais do play-off já seria um semi-milagre.

Como sportinguista, digo isto com pesar. E muita frieza de espírito.