Não gostei nada, mas mesmo nada, do Sporting 1 (Ronny) – Sunderland 3, o segundo jogo do Sporting esta época, agora para um troféu chamado «Albufeira Capital do Turismo». Claro que é apenas o começo de mais uma época, a preparação ainda é pouca, faltam jogadores e por aí adiante nas desculpas, mas contra equipas inglesas como esta (recheadas com os habituais jogadores sem um mínimo de jeito para o futebol) a obrigação do Sporting é ganhar nem que seja durante as férias.
A época passada foi preparada de uma forma deplorável, provavelmente como nenhuma outra nos últimos anos; quanto a esta época, pela amostra contra uma equipa realmente de segunda, que faz alarde em cada jogada de uma mediocridade gritante, que acabou com dez e sem treinador, vamos a ver o que aí vem. O ar anafado de Rochemback (bem estampado no rosto e sobretudo na papada) e a figura assustadora de Caneira na segunda parte, assim como o simbolismo da braçadeira de capitão num dos braços do disparatado Anderson Polga, não deixa antever nada de bom. Mas é cedo para desesperar; o melhor mesmo é esperar para ver no que dá.
Uma nota final… Na edição do ano passado (derrota do Sporting por penalties com o Guimarães), lembro-me de ter percebido em poucos minutos que o ponta-de-lança descoberto pelo sinistro Carlos Freitas (Purovic) iria ser um problema durante a época. Bastou o despropositado gigante andar um pouco em campo para ver, e depois a marcação de um dos penalties, a forma como rematou para um falhanço infantil. Percebi que ia haver problema, mas mesmo assim lembro-me de que esperava apenas falta de jeito e não a mais completa indigência futebolística; Purovic é seguramente o pior jogador que desde que vejo futebol alguma vez passou pelo ataque do Sporting. Agora não foi a Albufeira, mas parece que por pouco, porque a verdade é que apesar de Paulo Bento não o ter levado ele continua no plantel e eu duvido que haja algum responsável de um clube minimamente apresentável completamente louco a ponto de enfiar o mesmo barrete que o Sporting enfiou há um ano. Mas nunca se sabe, acaba por haver sempre gente para tudo...
A época passada foi preparada de uma forma deplorável, provavelmente como nenhuma outra nos últimos anos; quanto a esta época, pela amostra contra uma equipa realmente de segunda, que faz alarde em cada jogada de uma mediocridade gritante, que acabou com dez e sem treinador, vamos a ver o que aí vem. O ar anafado de Rochemback (bem estampado no rosto e sobretudo na papada) e a figura assustadora de Caneira na segunda parte, assim como o simbolismo da braçadeira de capitão num dos braços do disparatado Anderson Polga, não deixa antever nada de bom. Mas é cedo para desesperar; o melhor mesmo é esperar para ver no que dá.
Uma nota final… Na edição do ano passado (derrota do Sporting por penalties com o Guimarães), lembro-me de ter percebido em poucos minutos que o ponta-de-lança descoberto pelo sinistro Carlos Freitas (Purovic) iria ser um problema durante a época. Bastou o despropositado gigante andar um pouco em campo para ver, e depois a marcação de um dos penalties, a forma como rematou para um falhanço infantil. Percebi que ia haver problema, mas mesmo assim lembro-me de que esperava apenas falta de jeito e não a mais completa indigência futebolística; Purovic é seguramente o pior jogador que desde que vejo futebol alguma vez passou pelo ataque do Sporting. Agora não foi a Albufeira, mas parece que por pouco, porque a verdade é que apesar de Paulo Bento não o ter levado ele continua no plantel e eu duvido que haja algum responsável de um clube minimamente apresentável completamente louco a ponto de enfiar o mesmo barrete que o Sporting enfiou há um ano. Mas nunca se sabe, acaba por haver sempre gente para tudo...
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7 comentários:
António:
Foi muito mau, mas é esta a altura para ser muito mau. É sempre bom ganhar, mas estes jogos não têm essa finalidade. Por vezes, estes resultados acabam por acordar as equipas. Espero que seja o caso. Por outro lado, a pré época, faça o Sporting o que fizer, é sempre ganha pelo Benfica. Quanto a Purovic, estou de acordo. E também estou de acordo, quanto ao culpado: Carlos Freitas. Nunca acreditei que Paulo Bento tivesse dado o aval à contratação desse jogador. Só que ele não é pessoa para levar esse assunto à praça pública. Mas recordo uma frase dele, quando o Grimi veio a meio da época passada. Foi mais ou menos isto: Este, eu observei e recomendei. O que, para mim, diz tudo. Mas, este ano, as coisas passaram-se bem melhor e com discrição.
Saudações Leoninas.
O bom desporto televisivo que vi passou-se no Tour e em Laguna Seca. Sendo que se justificou ficar a ver o duelo Stoner--Rossi (verdadeiramente espectacular) em vez de desperdiçar a atenção no futebol do Sporting.
Não vi o Benfica, não vi o FC Porto. E não estou nada arrependido.
Venham de lá os Jogos Olímpicos!
Sr. Luís Graça:
Também eu gostava de ver ciclismo. Quando, adolescente, passava férias em Runa (Torres Vedras), chegava a andar quilómetros, a pé, para ver os circuitos regionais e passagens da Volta a Portugal. Hoje, porém, olho e não sei se são as pernas a mover as bicicletas ou se é o doping. No futebol, ao menos sei que é o dinheiro, infelizmente. Estamos cercados e nem os Jogos Olímpicos estão livres de suspeita.
Saudações Desportivas, porque não me atrevo a dizer Leoninas.
Manuel
Para o Luís acho que podem ser saudações leoninas, porque ele pelo que sei é do Sporting. Mais, ele conhece como poucos «um certo Sporting»: como jornalista, a fazer a cobertura de um jogo de hóquei em patins, parece que esteve perto de tornar-se o primeiro jornalista a ser morto em Alvalade, depois lhe lhe terem mandado uma claque toda para cima (Creio que ele até sabe quem mandou).
Um abraço,
António
António:
Obrigado pelo esclarecimento. Tudo isso é uma história lamentável. Felizmente, mormente no novo estádio, consigo ver os jogos, confortavelmente e sem arruaças.
Saudações Leoninas, então.
Caro Manuel Leão:
o "senhor" é perfeitamente dispensável no nosso tratamento. Pelo menos no que me toca.
Se calhar até nos cruzámos por essas estradas.
Os meus pais tiveram uma vivenda na Venda do Pinheiro, entre meados de 60 e fins de 80.
Os meus braços têm umas cicatrizes longas, feitas nas roseiras por cima da linha de caminho de ferro da Malveira. Foi o que me sobrou como recordação de uma bicicleta (mais tarde roubada) que comprei por 3 contos e 600 em 1977, no Manel das Bicicletas, em Lousa, quando tinha 14 anos.
Uma Rodaplana de 5ª dupla, com a qual cheguei aos 75 km/h na recta entre a Malveira e a Venda do Pinheiro. A descer cheguei aos 80 km/h, na descida da Venda para Lousa. Era minuto e meio a descer pela estrada principal e 30 minutos a subir pela secundária, onde havia uma fábrica de tijolo e um cão que me queria morder e se atirava aos pedais...
Eu ia para a fábrica da Laranjina C ver passar a Volta, com um transístor Sanyo colado ao ouvido. Assisti à fuga vitoriosa do Francisco Miranda, um "underdog" em 1980, acabando por ganhar a Volta. Até falo disso num romance inédito, que esteve para ser publicado pela Oficina do Livro: "Seja o que Deus quiser".
Tinha as colecções de caricas com o nome dos ciclistas e votava nos boletins do DN, com os conselhos do senhor Joaquim, que era o jardineiro que embelezava o jardim da vivenda, nos bons tempos "burgueses".
--- Isto hoje é de votar em Firmino Bernardino ou Leonel Miranda.
Eram os tempos do duelo Joaquim Agostinho--Fernando Mendes.
E eu, desde puto, a ver na terra o Carlos Santos, o Firmino Bernardino, o Leonel Miranda, o Alexandre Rua, mais tarde o pai e o irmão do Orlando Rodrigues, o Marco Chagas (menos frequentemente).
A acompanhar com devoção o Lousa/Trinaranjus.
A dar umas pedaladas na pista da Malveira.
Depois, mais tarde, como jornalista, "estive na estrada" uns 150 dias: Volta a Portugal em 1988 e 1989 (consegui meter férias em 1990, estava com saudades do Jazz em Agosto), GP Joaquim Agostinho em 1988 e 1999 (Gazeta dos Desportos e Jogo), chegadas do Porto--Lisboa, apresentações em Vale do Lobo do Louletano/Vale do Lobo, da Sicasal/Torrense (onde era engenheiro o grande jogador de hóquei Picas, se não me engano), entrevistas, reportagens, muita coisa. Até uma prova dos escalões jovens: GP Agostinhos de Portugal, organizada com inultrapassável paixão pelo meu saudoso camarada de trabalho, Óscar Saraiva, já falecido.
Ah! e dois GP Correio da Manhã (1992 e 1993) e a prova que mais gratas recordações me deixou: Volta ao Alentejo em 1988. Um mergulho ultra-fraterno no Portugal profundo, de que guardei grandes amizades.
António:
o "aviamento" não foi no hóquei em patins. Foi no andebol, na Liga dos Campeões: Sporting--Cetinje, a 1 de Dezembro de 2001. Um jogo que teve uma enorme cena de pancadaria entre jogadores do Cetinje e o público.
No final, alguns adeptos com mais raiva ao jornalista do JOGO (portanto, para abater) deram-me "um olho à Belenenses" durante uns mesitos, felizmente sem consequências de maior.
Fiquei a saber que era capaz de não calar o que tinha para dizer.
E também não tenho ilusões com os Jogos Olímpicos. Há muito doping por ali. Ainda assim, a RTP2 está a passar belíssimos documentários dos nossos atletas e tenho-me emocionado. Por exemplo, a Naide Gomes e o João Rodrigues têm uma enorme planta humana.
O PÚBLICO (que faz sempre uma boa cobertura dos Jogos) tem estado a divulgar as modalidades. E estou optimista: vão ser os nossos melhores Jogos de sempre, em termos de resultados. Acho que vamos chegar às cinco medalhas.
Tenho muita pena das ausências do Maia/Brenha e da Fernanda Ribeiro. Ou do Rui Silva. Entre outros.
E um orgulho enorme pela malta do ténis de mesa.
Em Agosto, os Jogos vão-me fazer esquecer muitas agruras.
Grande abraço para os dois.
Luís Graça:
Muito obrigado pela descrição que fez, bastante concisa e elucidativa. Mas, por força do ciclismo, é pouco provável que nos tivéssemos cruzado nas estradas do Oeste. Há uma razão para isso. Em 1977, quando o Luís tinha 14 anos, eu tinha só... 34. O meu tempo de ver os circuitos regionais do Sobral de Monte Agraço, Bombarral, Lourinhã, etc, era o tempo do Pedro Polainas, do José Calquinhas, do Américo Raposo e mais tarde do João Roque. A acontecer após 1977, só poderia ter sido quando ia à terra da minha avó, para a visitar, ou para caçar. De facto, por essa altura, ainda dava uns tiritos por ali. Após a morte dela, desapareceu a principal razão que me levava lá e, pouco depois, acabei por abandonar a caça. Ultimamente, só lá tenho ido de dois em dois anos, se tanto.
De qualquer modo, foi um prazer.
Um grande abraço.
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