domingo, 13 de julho de 2008

E ainda há quem diga, ou escreva, que não há coincidências…

Um comentário de Tomás Vasques a propósito do post anterior fez-me lembrar do que se passou comigo aquando da publicação em Portugal do romance de Monica Ali «Alentejo Blue», que ele refere. Nunca falei muito disto… Eu tinha um livro para publicar nessa altura e que era para se chamar não «Alentejo Blue», mas «Alentejo Blues». Só que entretanto apareceu o da Monica Ali e pronto, tive de arranjar outro título à última hora. Mais... Até uma das fotos que estavam a ser consideradas para capa apareceu na capa da edição portuguesa do «Alentejo Blue». De forma que eu acabei por escolher para título «O que Entra nos Livros», e a foto de capa ficou a de uma conhecida rua de Évora (Alcárcova de Baixo). A foto foi comprada pela editora a um banco de imagens. Poucos dias depois de o meu romance ter saído, o homem que na foto caminha debaixo do arco foi identificado, através de um comentário deixado aqui no blog. Soube também mais tarde que esse homem costumava ler os meus livros.
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12 comentários:

Anónimo disse...

Caro António,
Interesssante este apontamento sobre a genética do título do seu livro. Mas deixe-me que lhe diga que acho muito mais adequado "O que Entra nos Livros". Claro que em termos editoriais (não sei se foi caso disso), "Alentejo Blues" parece preferível. Mas só por aí. A não ser que eu não esteja a compreender a mensagem desse título frustrado...
Agora também lhe conto o seguinte:
Vi o seu livro pela primeira vez em Évora, em casa do Luís Carmelo, está a fazer agora um ano, num domingo que foi o dia mais quente daquele Verão. Na semana que então entrou comecei a lê-lo à hora do almoço na FNAC do Chiado. Li um bocado na segunda, mais um bocado na terça, que o tempo disponível não era muito, e antes do fim-de-semana rendi-me à aquisição do mesmo.
Há sempre histórias curiosas a respeito dos livros.
Grande abraço,
MANUEL NUNES

Anónimo disse...

Eu fui ao Lux a um triplo lançamento, em que estava incluído o "Alentejo Blues". Mas a Monica Ali acabou por não aparecer, de forma que não conheci a autora.

Anónimo disse...

António:

Guardado está o título...

Penso que o título do seu livro, acabou por ser melhor e estará mais de acordo com o conteúdo.

"Alentejo Blues", sugeria mais um Alentejo de exportação. O seu título é mais Nacional, nosso...

Um abraço.

Anónimo disse...

"Alentejo Blues" (sem ofensa) parece mais um título à MRP...

Anónimo disse...

Manuel, estava mesmo guardado o título, o que acabou por ficar; tinha-me lembrado dele uma vez de regresso a casa, um sábado de manhã, ainda a conduzir na estrada de alcatrão, mesmo antes de entrar na zona da estrada de terra. Tinha muitas dúvidas de que funcionasse e pensava muito em que haveria de ficar «Alentejo Blues». Agora acho que até foi bom ter aparecido a Monica Ali com o «Alentejo Blue», para eu me decidir por «O que Entra nos Livros».

Abraço,

António


PS - Luís, quem é que apareceu para lançamento de livros no Lux? No outro dia, não sei se sabes, fui ao lançamento do livro de crónicas do Dr. Sousa Homem e ele também não apareceu, tipo Monica Ali. Mas depois consegui que ele me autografasse o meu exemplar.

Anónimo disse...

Manuel (Manuel Nunes)

O que terão pensado as pessoas, ao vê-lo na FNAC a ler um livro de um desconhecido?

Abraço,

António

Anónimo disse...

«Alentejo Blues», título da MRP, presumo que a Margarida... Não, não me parece que ela lá chegasse

António

Anónimo disse...

António:

Este triplo lançamento (o "Alentejo Blues", mais o livro do Piet-Hein e o do João Garcia) já ocorreu para aí há ano e meio.

Fãs a sério eram os do João Garcia, que estavam lá com militância.

Eu estava muito curioso com a Monica Ali, mas não tive sorte nenhuma. Acabei a noite a beber um copo no Old Vic.

Anónimo disse...

António,
Fazem-se leituras tão estranhas naquela loja, que a do seu livro, mesmo que o fosse, não suscitaria a admiração de ninguém.
Aproveito para comentar que é um grande serviço prestado à leitura essa possiblidade que todos temos - na FNAC, na Bulhosa, e noutras livrarias - de poder ler tranquilamente os livros, bem sentados, em espaços agradáveis, até que nos decidamos (ou não)a comprá-los. Há ali estratégia comercial, é evidente, e depois as letras não se gastam, embora possamos admitir alguma depreciação inerente à manipulação da mercadoria. Mas os comerciantes não se preocupam: são tão poucos os que fazem disso prática frequente...
Um abraço,
Manuel Nunes

adsensum disse...

Concordo. "Alentejo Blues" podia ser MRP. Sim, ela chegaria lá... por exemplo: "Blues" = nome de discoteca; discoteca = grandes noitadas de alforrecas e afins, logo, alforrecas = romances em que, por exemplo, (sic) "um portão se abre silenciosamente, cúmplice de (...) saídas madrugadoras e regressos tardios". Eheheh!
Do melhor!

Zé Maria disse...

Eu também descobri este livro por acaso e digo-lhe com toda a franqueza, que não sei se lhe teria pegado caso o título fosse Alentejo Blues e a capa fosse outra que não esta.
No meu caso, quase com certeza, foi bom que tivesse ficado assim.
Além do livro que, como sabe, adorei, ficou o blog que frequento regularmente.
Pelas amostras que tem deixado cair por aqui, já só estou mesmo à espera que saia o próximo.
Um abraço.
ZM

Anónimo disse...

ZM

O próximo vai andando. Mais uns dias e ponho-me a corrigir para chegar ao texto definitivo.

Abraço,

António