quarta-feira, 30 de julho de 2008

Coisas famosíssimas que não li

O blog da revista «Ler», com um link para uma peça do «Telegraph» (onde não falta publicidade com José Mourinho) intitulada «Great Unread Books: Which classic are you ashamed to admit you have never read?». No meu caso, nem é questão de ter vergonha... Há coisas famosíssimas que não li; porque não pude, porque não consegui, porque não estava para aí virado. Deixo aqui algumas…
– «Em Busca do Tempo Perdido», de Marcel Proust
– os livros de Mia Couto
– a biografia de Gabriel García Márquez
– os livros de Faulkner
– «O Ano da Morte de Ricardo Reis», de José Saramago
– «Viagens na Minha Terra», de Almeida Garrett
– os livros de Agustina
– «Portugal, Hoje – O Medo de Existir», de José Gil
– os livros de Paul Auster
– «Harry Potter», de J. K. Rowlling
– os livros de Thomas Mann
.

9 comentários:

Anónimo disse...

António:

Já não falo no Paul Auster.
No que diz respeito a Saramago, "O Ano da Morte de Ricardo dos Reis" é o meu livro preferido".

Um abraço.

Anónimo disse...

Manuel

Do Paul Auster você já conhece a história; depois do que passei na praia numa tarde em que só tinha para ler o «Timbuktu», e por mais que tentasse não conseguia avançar, é muito difícil voltar a um livro dele. Provavelmente é um trauma inultrapassável com que terei de conviver a vida inteira.

Já o romance do Saramago é um caso diferente. Tentei ler, ia com muita expectativa, mas não consegui avançar. Provavelmente terá sido um choque demasiado para mim confirmar que livros inesquecíveis como «Levantado do Chão» ou «Memorial do Convento» não iriam ter verdadeiros sucessores. Isto já aconteceu há muitos anos. Curiosamente, o romance, como muitos outros de Saramago, está agora a menos de um metro de mim (calhou nas estantes os livros dele ficarem mesmo junto à secretária onde escrevo).

Abraço,

António

António Gregório disse...

Bem, eu acrescentaria a alguns desses:
Ana Karenina, Guerra & Paz, do Tolstoi; Os Irmãos Karamázov, do Dostoiévski (este queria mesmo lê-lo, que leio tudo o que apanho do Dostoiévski – oh, é o Camilo Castelo Branco russo – só que a porra da biblioteca aqui de Leiria não o tem e ainda não o pude comprar: são dois volumes e caros); Ulisses, de Joyce; O Principezinho, do Saint-Exupéry (devo ser das poucas pessoas que ainda não leu o raio do livro – e ofereceram-mo há uns tempos)... enfim. Mas ainda não morri e prometo dar luta.

Agora ando pela Patagónia do Bruce Chatwin. A edição da Quetzal é muito bonita.

Anónimo disse...

António,
Vá lá, faz um esforço com o Ano da Morte de Ricardo Reis, que merece a pena (comigo, depois de ter lido A Sibila, de Agustina, fiquei com dificuldade em continuar com os demais...). Já agora, se não leste o Evangelho segundo Jesus Cristo, não resistas (e o mesmo com os seguintes), e, apanhando o balanço, pega no último do Mia Couto - verás que te a trama, como a escrita, impulsionará a vontade e a leitura.
O grande problema, que é o que actualmente se passa comigo, continua sendo a falta de tempo, mas... Tenho em lista de espera os dois últimos do Urbano e uns quantos mais, e nem as férias me darão o sossego necessário para tanto...
Grande abraço.
(Ainda que sem comentários regulares, vou estando atento ao que vais postando, e é muito bom!)

Anónimo disse...

A verdade é que agora nem sei o que vos hei-de responder (dois últimos comentários), eu que acabo de ler o livro do Gonçalo Amaral (a forma como ele trata a língua portuguesa talvez devesse ser objecto de uma investigação). Tenho muita coisa na mesa de cabeceira, mas na volta, com isto do Prémio Camões, vou recuperar algum livro do João Ubaldo Ribeiro. O «Viva o Povo Brasileiro» (tenho uma edição brasileira) pode ser que dê para ler, embora seja um bocado calhamaço e eu tenha uma grande dificuldade em ler português do Brasil. Tenho também «A Casa dos Budas Ditosos», edição portuguesa mas com o português do Brasil a atrapalhar-me; lembro-me de que há uns anos estava a ler o livro e a gostar muito, mas não sei por que razão a certa altura parei (ainda está marcado na página 127, a trinta e tal do fim; lembro-me de uma expressão do livro a que achava piada na altura, «muitá sácanagem»).

Abraço aos dois,

António

Anónimo disse...

O espaço do meu quarto é pequeno. Os livros são muitos. Dois deles em lista de espera, há muitos anos, são "O ano da morte de Ricardo Reis" e "Memorial do Convento". Sem nenhuma razão especial.

Outro é "A montanha mágica". Preguiça de trepar à prateleira onde está.

Ultimamente tenho-me deliciado (e o livro vai acabar rapidamente) com as crónicas do Luiz Fernando Veríssimo (agora andam a escrever Luiz com S e sem o acento no I) recentemente saídas: "Orgias", embora o livro tenha já 3 anos, em termos de Brasil.

Estou mesmo mo fim de "O remador de Ben-Hur" (crónicas de Nelson Rodrigues) e não me vejo com coragem para parar com crónicas. Devo continuar com Nelson Rodrigues. Com uma pausa para "O retrato de Dorian Gray", primeiro livro da Comunidade de Leitores da Culturgest, em Setembro.

jcb disse...

À Agustina, às suas aparentes dificuldades, estou que se deve resistir e avançar. Em poucas mais obras a ideia de «génio» (de genial) me parece tão evidente. Devia ler-se Agustina, aos poucos, como os fanáticos da Bíblia lêem excertos da Obra. Agustina merece ser lida, parece-me, como poucos outros autores merecem ser lidos.

Leonor disse...

Eu não tenho vergonha de não ter lido a Agustina, além d' "A Sibila" que me foi 'obrigado' no 12º ano, nem de não ter lido Proust, nem "Ulysses" do Joyce. Leio o que me apetece, não o que me dizem que tem de ser lido. Obviamente é diferente se for sugerido ou aconselhado mas jamais se for obrigado.

Anónimo disse...

Leonor

Acho que tem toda a razão.

Abraço,

António