Li aqui a notícia do Congresso do Sporting, com Ernesto Ferreira da Silva a ser o escolhido para seu responsável. Não me parece um bom sinal a escolha; a ideia que fica, além de parecer uma coisa muito burocrática, regulamenteira e controlável, é a de que em vez de se discutir o futuro do clube (como é referido num comunicado) o que poderá acontecer é que se trate apenas de discutir o futuro do grupo que nos últimos anos afundou o clube, com a preocupação, claro está, de que possa perpetuar-se no poder. O comentário deixado há dias neste blog pelo meu amigo Carlos Antunes (que pertenceu aos órgãos sociais do Sporting Clube de Portugal em tempos mais honrosos do que estes agora da sade) é bem elucidativo; é o seguinte:
Nas conversas que temos tido sobre o clube, sabe que costumo dizer que «antes de ser português já era sportinguista» (sou um apaixonado pelo Sporting desde que me conheço, muito com o incentivo do meu pai que em Moçambique na década de 50 do século passado me fez do Sporting, na altura a minha única ligação a Portugal).
Este meu amor pelo Sporting é tal que jamais consigo dizer mal do clube ou de quem o serve.
Parece, contudo, que tal tempo se esgotou.
Isto porque reconheço que desde a era Roquette (no princípio, acreditei no projecto) quem preside ao Sporting, em nome do rigor(?) financeiro tem levado a cabo uma gestão desportiva do futebol que aos poucos tem despedaçado «a alma e a condição de ser sportinguista e do povo leonino» (quem esteve em África ou por lá passa sabe ao que me refiro quando digo «o povo leonino»).
O anunciado Congresso Leonino seria porventura uma boa ocasião para encetar um processo de ruptura com o actual poder directivo do Sporting, devolvendo o clube ao coração e à paixão de todos os sportinguistas espalhados pelo mundo.
Simplesmente, a partir do momento em que tive a notícia de que o organizador do mesmo é o Dr. Ernesto Ferreira da Silva, não acredito que tal venha a suceder.Isto pela simples razão de que foi este mesmo senhor que como grandes eventos destinados à massa associativa para comemorar os 100 anos do Sporting (Centenário) se lembrou de organizar dois jantares em Junho de 2006 e 2007 no relvado do estádio para 2.500 sócios cada (ao primeiro ainda fui, mas achei aquilo uma autêntica fantochada, tanto que me recusei a ir ao segundo), servidos em mesas ornamentadas como as de um restaurante de luxo, por criados de libré, flutes de champagne, pâtés de fois, etc., numa demonstração elitista do que este senhor pensa ser a nação sportinguista (ao contrário do que pensa, o Sporting tem uma imensa base popular, como ficou demonstrado na comemoração do título após o jejum dos 18 anos e que esta gestão tem vindo a afastar cada vez mais do clube).
Nas conversas que temos tido sobre o clube, sabe que costumo dizer que «antes de ser português já era sportinguista» (sou um apaixonado pelo Sporting desde que me conheço, muito com o incentivo do meu pai que em Moçambique na década de 50 do século passado me fez do Sporting, na altura a minha única ligação a Portugal).
Este meu amor pelo Sporting é tal que jamais consigo dizer mal do clube ou de quem o serve.
Parece, contudo, que tal tempo se esgotou.
Isto porque reconheço que desde a era Roquette (no princípio, acreditei no projecto) quem preside ao Sporting, em nome do rigor(?) financeiro tem levado a cabo uma gestão desportiva do futebol que aos poucos tem despedaçado «a alma e a condição de ser sportinguista e do povo leonino» (quem esteve em África ou por lá passa sabe ao que me refiro quando digo «o povo leonino»).
O anunciado Congresso Leonino seria porventura uma boa ocasião para encetar um processo de ruptura com o actual poder directivo do Sporting, devolvendo o clube ao coração e à paixão de todos os sportinguistas espalhados pelo mundo.
Simplesmente, a partir do momento em que tive a notícia de que o organizador do mesmo é o Dr. Ernesto Ferreira da Silva, não acredito que tal venha a suceder.Isto pela simples razão de que foi este mesmo senhor que como grandes eventos destinados à massa associativa para comemorar os 100 anos do Sporting (Centenário) se lembrou de organizar dois jantares em Junho de 2006 e 2007 no relvado do estádio para 2.500 sócios cada (ao primeiro ainda fui, mas achei aquilo uma autêntica fantochada, tanto que me recusei a ir ao segundo), servidos em mesas ornamentadas como as de um restaurante de luxo, por criados de libré, flutes de champagne, pâtés de fois, etc., numa demonstração elitista do que este senhor pensa ser a nação sportinguista (ao contrário do que pensa, o Sporting tem uma imensa base popular, como ficou demonstrado na comemoração do título após o jejum dos 18 anos e que esta gestão tem vindo a afastar cada vez mais do clube).
Carlos Antunes, Sócio N.º 9.325 (Leão de Prata)
1 comentário:
Perfeitamente de acordo. Nós, sportinguistas, temos vindo a deixar que nos colem o rótulo de elististas e de meninos bem. Penso que para muitos de nós essa mensagem já passou e que, em muitos núcleos e adeptos isolados por esse mundo fora, o SCP já é visto distantemente como um brinquedo de uns senhores de Lisboa.
Isto, claro, dá muito jeito aos nossos adversários, o que aliado à boçalidade da nossa imprensa que tem vindo a ajudar ao mito dos 6 milhões, catalogou quase definitivamente o SLB como o clube do povo e o SCP como o clube das elites.
Era importante revoltarmo-nos contra este estado de coisas, porque no fundo sabemos que não é assim (até admito que eles sejam 6 milhões contando com emigrantes e ex-colónias, mas, nas mesmas condições, nós somos pelo menos 4 milhões...). Mas quem poderá fazer renascer o sentimento do "povo leonino"?
Paulo Silva
Adepto leonino
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