terça-feira, 20 de novembro de 2007

Um pouco do que vou escrevendo

É um excerto de um romance que vou tentando escrever. Na versão final o mais certo é que não apareça assim; de qualquer forma, aqui fica…
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Acabei por parar o carro perto da saída para a estrada de terra que dá acesso ao vale, tentando que não ficasse em cima dos matos e sujeito a arder se alguma fagulha caísse por perto. Desci pela estrada, sempre com o mesmo silêncio interrompido apenas pelos estalidos que pareciam querer fugir da linha de fogo. Andei perto de um quilómetro até que abandonei a estrada e atravessei a ponte de madeira sobre o ribeiro, para chegar à aldeia. Pouco passava das duas da manhã. A linha de fogo estava cinquenta metros acima, no monte oposto ao que eu tinha descido, e podia entrar na aldeia, embora esta estivesse limpa de mato. Ali, junto com a antiga casa da minha avó, a minha família possui mais algumas casas menores, uma azenha e um terreno. Eu sabia, de conversas pelo telemóvel cerca de uma hora antes, que o meu irmão estava por perto. Provavelmente iria encontrá-lo mais adiante, se avançasse pela estrada de terra. Saí da aldeia e atravessei de novo a ponte. Continuei pela estrada de terra, atento à linha de fogo, do outro lado. Uns dez minutos depois cheguei a uma zona de montado da minha família. Ainda com a linha de fogo a acompanhar-me. Foi então que me deparei com uma espécie de monstro a encandear-me.
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