terça-feira, 10 de julho de 2007

Um golo de Pinto da Costa marcado com as duas mãos

Esta foto (é de 2006, e é da autoria de Paulo Marcelino) ilustra a notícia do «Correio da manhã» (edição do último domingo, ver aqui) sobre a situação que se vive na câmara municipal da minha terra, Monchique. O presidente (de fato; e também de facto, embora não se saiba por quanto tempo mais) retirou a confiança (seja lá o que isso for), os pelouros e o regime de permanência a um dos seus dois vereadores (de casaco castanho). Como este vereador não renuncia ao cargo, o presidente tem agora consigo apenas um vereador, que também é o vice-presidente. Ou seja, tem dois votos, tantos como a oposição (dois vereadores), ficando o vereador rebelde com o quinto voto. Uma grande diferença para os meus tempos como vereador na câmara (há pouco mais de dois anos), quando as votações costumavam ser da seguinte forma: primeiro eu, depois o meu colega, e depois o presidente dizia qualquer coisa como «pronto, e a gente vota assim»; ele votava por ele próprio e pelos dois vereadores – até à altura em que comecei a insistir para que deixasse os seus vereadores falarem, e então, aos poucos, eles começaram a votar (o que na prática ia dar ao mesmo, porque os três votavam sempre no mesmo sentido). Houve, no entanto, uma excepção; uma vez, e algo que me pareceu estranho… O agora vereador rebelde, numa proposta em que eu e o meu colega votámos a favor (era uma proposta nossa) e em que o presidente e o vice-presidente votaram contra (como sempre), absteve-se. Claro que depois o presidente votou, digamos assim, em duplicado e a proposta não passou; utilizou uma coisa para mim esquisita, que é o «voto de qualidade», para os casos de empate – tipo Porto - 2, Sporting - 2, e então mal acaba o jogo o próprio presidente Pinto da Costa vai a correr ao balneário portista, equipa-se à pressa e entra em campo de azul e branco, ainda com os jogadores presentes e com o árbitro a postos, agarra na bola e vai a correr (o melhor que pode) metê-la na baliza do Sporting, e a assim a equipa dele ganha por 3 - 2, com um golo também «de qualidade».

1 comentário:

Anónimo disse...

Gosto do modo claro e recto como esclarece tds as questões!
PARABÉNS... Pode ser que a câmara vá ao lugar um dia que o senhor de Monchique seja afrontado pelos seus...
Abraço e desculpe não me identificar... pois não posso.