Hoje é o dia da apresentação em Lisboa do novo romance do José Eduardo Agualusa, «Milagrário Pessoal». Tentarei ir, obviamente, pelo autor e pela ligação que tenho àquilo que escreve. Acompanho a escrita do José Eduardo desde a segunda metade da década de oitenta do século passado, quase vinte e cinco anos. Era os tempos do «DN Jovem», ainda antes de ele conseguir publicar o primeiro livro («A Conjura»). Em 2007 foi o José Eduardo que apresentou o meu romance «O que Entra nos Livros», uma espécie de continuação do livro que mais gostei de escrever, «O Medo Longe de Ti». Foi na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, e a foto é da altura em que o José Eduardo falava, ainda às voltas com o cansaço da viagem que acabava de fazer do Brasil. O meu filho mais velho tinha na altura quase três anos. No final da apresentação, chamou-me de parte e perguntou-me quem era o senhor que tinha ido comigo para a mesa, para falar do livro. Disse-lhe que era o Agualusa. Claro que a seguir veio logo uma pergunta: «Quem é o Agualusa?» Pensei um pouco e acabei por responder que era um senhor que tinha muitas histórias. A partir daí, durante quase um ano, noite após noite, o meu filho pediu-me que lhe contasse uma das histórias do Agualusa. E eu contei. As minhas histórias do José Eduardo Agualusa, uma nova a cada dia, inventada por mim exactamente na altura em que a contava. Talvez umas trezentas histórias, ou mais. Grandes aventuras as dessas noites, à espera que o sono do meu filho chegasse…
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1 comentário:
também gosto muito de o ler, António.
há nas suas histórias alguma magia, que deve fazer parte dos livros...
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