quinta-feira, 1 de julho de 2010

Portagem, quem sabe…

«A crise chegou em força aos dinheiros da cultura.» Li esta frase várias vezes nos últimos dias. Em não sei quantos sítios. Os dinheiros, já se vê, são os do Estado, ou antes, os nossos (mesmo que de nossos na prática tenham muito pouco). Agora, com mais este tentáculo da crise, nem sei o que me espera. Como a minha bolsa de criação literária é zero (sempre foi zero) e não pode ser mais reduzida, quem sabe se não quererão obrigar-me a pagar portagem a cada mil caracteres que escreva, ou cinco mil, nem sei. A minha esperança é de que como aqui não há rede de telemóvel provavelmente será impossível que o chipe, ou lá como se escreve em inglês técnico, não funcione. A menos que me obriguem a fazer carregamentos no multibanco. Ou então… Bom, o melhor é não dar mais ideias aos assaltantes.
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