quarta-feira, 16 de junho de 2010

Leituras para o mundial

No mundial de 2006 houve quem sugerisse livros para a selecção. Romances, um para cada jogador. Eu não fui tão longe, recomendei contos, também um para cada jogador, e de caminho para a equipa técnica e mais umas figuras e figurinhas. Como a situação não mudou muito em quatro anos, volto aos contos (com umas crónicas pelo meio). Aqui vão, pequenos textos para uns minutos de leitura, à noite, antes que chegue o sono.
Eduardo – «O exame imperial», de Xavier Queipo (do livro «Os Ciclos do Bambu»)
Beto – «De como fiz a minha iniciação desportiva, hesitando entre a arte de guarda-redes e a de pedróbolo da quinta do Lopes», de Fernando Assis Pacheco (do livro «Memórias de um Craque») Daniel Fernandes – «O invento ou a salvação do mundo», de António Telmo (do livro «Contos Secretos»)
Miguel – «Que noite, meu velho!», de Dalton Trevisan, (do livro «O Grande Deflorador»)
Fábio Coentrão – «O timbre da tua voz», de Ana Nobre de Gusmão (do livro «Até que a Vida nos Separe»)
Paulo Ferreira – «Um rapaz filósofo», de Isaac Bashevis Singer (do livro «No Tribunal do Meu Pai»)
Ricardo Carvalho – «Honra brava», de Ascêncio de Freitas (do livro «Estória do Homem que Comeu a Sua Morte e Outros Contos»)
Bruno Alves – «Quem é o assassino?», de Istvan Örkény (do livro «Histórias de 1 Minuto»)
Rolando – «A sombra sentada», de Mia Couto (do livro «Cronicando»)
Ricardo Costa – «Fechado até Setembro», de Camilo José Cela (do livro «As Companhias Convenientes e Outros Fingimentos e Cegueiras»)
Duda – «Ser de esquerda porque sim», de Francisco José Viegas (do livro «Liberal à Moda Antiga»)
Pepe – «É chato ser brasileiro!», de Nelson Rodrigues (do livro «À Sombra das Chuteiras Imortais»)
Pedro Mendes – «Ganhar o jogo», de Rubem Fonseca (do livro «Pequenas Criaturas»)
Raul Meireles – «O misterioso bípede», de Bill Bryson (do livro «Breve História de Quase Tudo»)
Tiago – «Visita de cumprimentos», de Guillermo Cabrera Infante (do livro «É Tudo Um Jogo de Espelhos»)
Miguel Veloso – «Os anos confusos da juventude», de Isabel Allende (do livro «O Meu País Inventado»)
Deco – «A minha pátria é a Amazónia Portuguesa», de Luís Graça (do livro «Quinze Desatinónimos para Fernando Pessoa»)
Nani – «Vou dizer às mulheres que vamos sair», de Raymond Carver, (do livro «De que Falamos Quando Falamos de Amor»)
Simão Sabrosa – «O vermelho», de Jack London (do livro «Contos Fantásticos»)
Danny – «Outro amável milagre», de Eça de Queirós (do livro «Contos»)
Cristiano Ronaldo – «Tira lá os olhos das mamas, ó manjerico!», de Charles Bukowski, (do livro «A Sul de Nenhum Norte»)
Liedson – «A alegria de ser estrangeiro», de Enrique Vila-Matas (do livro «Da Cidade Nervosa») Hugo Almeida – «Está bem, abelha», de Clara Pinto Correia (do livro «Histórias Naturais»)
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Já agora, além das sugestões para os 23 jogadores seleccionados, mais algumas, para elementos da equipa técnica, pessoas da federação, outros jogadores, treinadores em destaque, presidentes dos principais clubes e ainda políticos (no caso, os dois com os mais altos cargos do país).
Carlos Queiroz – «Julgamento definitivo», de Mário-Henrique Leiria (do livro «Contos do Gin-Tonic»)
Agostinho Oliveira – «Apenas um subalterno», de Rudyard Kipling (do livro «O Homem que Queria Ser Rei e outros contos»)
Gilberto Madail – «Crónica escrita depois de ter bebido dois copos de vinho tinto ao almoço», de António Lobo Antunes (do «Livro de Crónicas»)
Amândio de Carvalho – «Um senhor muito velho com umas asas muito grandes», de Gabriel García Márquez (do livro «A Incrível e Triste História da Cândida Eréndira e da sua Avó Desalmada»)
Eusébio – «Agora sou eu a falar», de Pedro Paixão (do livro «A Noiva Judia»)
Zé Castro – «Gostava de ter um botão para rebentar com isto», de Joel Neto (do livro «O Citroën que Escrevia Novelas Mexicanas»)
Quim – «O deita-fora», de Heinrich Böll, (do livro «Contos Irónicos»)
Nuno Assis – «As desilusões suportáveis», de Fernando Venâncio (do livro «Último Minuete em Lisboa»)
Carlos Martins – «Repouso», de Miguel Torga (do livro «Novos Contos da Montanha»)
Maniche – «A noite em que o deixaram sozinho», de Juan Rulfo (do livro «A Planície em Chamas»)
Rui Patrício – «Saída em falso», de Gonzalo Torrente Ballester (do livro «Memória de Um Inconformista»)
Ricardo Quaresma – «Você aí nem vai», de António Alçada Baptista (do livro «A Cor dos Dias»)
Makukula – «O nosso país é bué», de Pepetela (do livro «Contos de Morte»)
João Moutinho – «A estória de Metão, o pequeno», de Gonçalo M. Tavares (do livro «Histórias Falsas»)
Bozingwa – «A miragem», de Mário de Carvalho, (do livro «Fabulário»)
Ruben Amorim – «Um sorriso inesperado», de José Riço Direitinho (do livro «Um Sorriso Inesperado»)
José Mourinho – «A vida quotidiana de uma obra de arte», de Wladimir Kaminer (do livro «Russendisko»)
Jorge Jesus – «Discurso sobre o fulgor da língua», de José Eduardo Agualusa (do livro «Catálogo de Sombras»)
Luiz Felipe Scolari – «O dia da besta», de Panos Karnezis (do livro «Pequenas Grandes Infâmias»)
José Eduardo Bettencourt – «A arte de não saber», de Luis Sepúlveda (do livro «O Poder dos Sonhos»)
Luís Filipe Vieira – «O falcão e o pato selvagem», de Leonardo da Vinci (do livro «Fábulas»)
Jorge Nuno Pinto da Costa – «Excertos de uma conversa», de Juan José Millás (do livro «Contos de Adúlteros Desorientados»)
José Sócrates – «Antigamente os vivos não morriam», de Maria Antonieta Preto (do livro «A Ressurreição da Água»)
Cavaco Silva – «O homem que calculava», de Luiz Pacheco (do livro «Exercícios de Estilo»)
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