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Nas bancas a partir desta terça-feira, dia 26. Na capa, o líder da YDreams, António Câmara, entrevistado a propósito de um livro que acaba de publicar, «Voando com os Pés na Terra». Mais informações sobre a edição aqui. Deixo a seguir o meu editorial…
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O luxo de voar
António Câmara, o líder da YDreams, publicou por estes dias um livro com as crónicas que nos últimos anos foi escrevendo para jornais e revistas. É uma edição da Bertrand, com o título «Voando com os Pés na Terra». É ele o entrevistado principal deste número da «human», e logo na primeira resposta que nos deu diz que se pudesse escolher preferia que o título fosse apenas «Voando». O título não seria tão bom, obviamente, mas ele explica: «Nos últimos 10 anos, em que tenho estado à frente da YDreams, percebi que é preciso ter algum realismo. Em Portugal o realismo está muito associado à ideia de ter os pés na terra, é um realismo miserabilista, e por isso sempre me irritou, e irrita. Mas é preciso uma combinação entre o voar e os pés na terra, Cheguei a esse compromisso na minha filosofia de vida. Se pudesse ter esse luxo, só voava.»
Se não concordo com a ideia de alteração no título do livro, já com a explicação não posso deixar de concordar. Eu se pudesse também só voava e talvez então nem sequer me lembrasse de que isso poderia ser um luxo. O luxo de voar. Talvez esta expressão também desse para título do livro. Porque o seu autor, mesmo com os pés na terra, mesmo assim voa. Para longe, para muito longe, como se depreende a cada momento na entrevista, cuja leitura é imperdível. Não fora essa capacidade de voar e decerto não conseguiria ver o futuro de uma forma tão clara que lhe permite comentá-lo com o à-vontade com que um historiador discorre sobre o passado. Por isso colocámos na capa desta edição, junto ao nome de António Câmara, o título «um olhar sobre o futuro».
E em relação ao futuro, não avançando muito, indo apenas até 2015, quando a «human» já tiver passado do número 80, o nosso país será «o local mais vibrante para viver, estudar e trabalhar no continente europeu». É o que António Câmara escreve no livro, na página 122. António Câmara, um «optimista incorrigível», como se classifica. Eu não me considero tão optimista, nem tão incorrigível, mas enquanto lia a entrevista senti-me tentado a acreditar que o nosso país, um dia, não sei se um dos de 2015, poderá ser mesmo o local mais vibrante da Europa. Um líder inspirador, é o que me parece ser António Câmara. Com tantos maus exemplos nos líderes de cá, este caso do autor de «Voando com os Pés na Terra» não pode deixar de ser considerado um luxo. Talvez tanto como o luxo de voar.
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O luxo de voar
António Câmara, o líder da YDreams, publicou por estes dias um livro com as crónicas que nos últimos anos foi escrevendo para jornais e revistas. É uma edição da Bertrand, com o título «Voando com os Pés na Terra». É ele o entrevistado principal deste número da «human», e logo na primeira resposta que nos deu diz que se pudesse escolher preferia que o título fosse apenas «Voando». O título não seria tão bom, obviamente, mas ele explica: «Nos últimos 10 anos, em que tenho estado à frente da YDreams, percebi que é preciso ter algum realismo. Em Portugal o realismo está muito associado à ideia de ter os pés na terra, é um realismo miserabilista, e por isso sempre me irritou, e irrita. Mas é preciso uma combinação entre o voar e os pés na terra, Cheguei a esse compromisso na minha filosofia de vida. Se pudesse ter esse luxo, só voava.»
Se não concordo com a ideia de alteração no título do livro, já com a explicação não posso deixar de concordar. Eu se pudesse também só voava e talvez então nem sequer me lembrasse de que isso poderia ser um luxo. O luxo de voar. Talvez esta expressão também desse para título do livro. Porque o seu autor, mesmo com os pés na terra, mesmo assim voa. Para longe, para muito longe, como se depreende a cada momento na entrevista, cuja leitura é imperdível. Não fora essa capacidade de voar e decerto não conseguiria ver o futuro de uma forma tão clara que lhe permite comentá-lo com o à-vontade com que um historiador discorre sobre o passado. Por isso colocámos na capa desta edição, junto ao nome de António Câmara, o título «um olhar sobre o futuro».
E em relação ao futuro, não avançando muito, indo apenas até 2015, quando a «human» já tiver passado do número 80, o nosso país será «o local mais vibrante para viver, estudar e trabalhar no continente europeu». É o que António Câmara escreve no livro, na página 122. António Câmara, um «optimista incorrigível», como se classifica. Eu não me considero tão optimista, nem tão incorrigível, mas enquanto lia a entrevista senti-me tentado a acreditar que o nosso país, um dia, não sei se um dos de 2015, poderá ser mesmo o local mais vibrante da Europa. Um líder inspirador, é o que me parece ser António Câmara. Com tantos maus exemplos nos líderes de cá, este caso do autor de «Voando com os Pés na Terra» não pode deixar de ser considerado um luxo. Talvez tanto como o luxo de voar.
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2 comentários:
Um dos melhores professores que tive na faculdade. E para além disso é uma pessoa extremamente acessível e afável.
Não tenho dúvidas disso.
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