quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Como encontrei Roberto Bolaño

Parece ser o escritor do momento, como se comprova, por exemplo, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui ou aqui. Ainda não li os livros do chileno Roberto Bolaño, mas hei-de lá chegar. De qualquer forma, já o conhecia desde o princípio do Outono de 2002, alguns meses antes da sua morte. Encontrei-o nessa altura nas páginas de um romance, um que curiosamente ando agora a reler. Na terceira parte (umas cinquenta páginas) de «Soldados de Salamina», o romance de Javier Cercas, o narrador entrevista Roberto Bolaño (a entrevista está incluída no romance); Bolãno tinha lido dois livros de Cercas, um de contos e um pequeno romance chamado «O Inquilino» (existe uma edição portuguesa, da ASA, que já trouxe para Portugal três livros do escritor de Cáceres), e acaba por insistir para que voltem a encontrar-se. Nesse encontro, durante um almoço, Bolaño quase que se transforma no narrador do romance de Cercas. E é ele quem acaba por ser a chave de «Soldados de Salamina». Boa parte das tais cinquenta páginas têm Bolaño a tomar conta da história.
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