Comprei o livro de Gonçalo Amaral sobre o caso Madeleine McCann. Ia a passar numa Fnac de Lisboa e vi uma pilha de exemplares, umas dezenas deles, e isso despertou-me a atenção. A pilha, curiosamente, estava a poucos metros de uma zona onde Valter Hugo Mãe ia fazendo uma apresentação do seu novo romance.
Já comecei a ler o livro do antigo polícia, e com algum interesse, provavelmente por o caso ter acontecido na minha terra. Não sei bem o que pensar sobre as opiniões com que me vou confrontando a cada página, ainda por cima à mistura com o que oiço na rádio e na televisão, e com o que leio nos jornais e na Internet; uma enxurrada de informação desencadeada pelo aparecimento do livro. Uma coisa, no entanto, já deu para perceber da leitura das primeiras páginas: a língua portuguesa sai dali muito maltratada. Pode-se até fechar os olhos às limitações de Gonçalo Amaral, mas não se compreende como é que a editora não teve o cuidado de mandar alguém fazer uma revisão de jeito ao texto, já nem digo com preocupações literárias, mas pelo menos para que ficasse dentro dos limites da decência.
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3 comentários:
António:
Normalmente, não costumo ler este tipo de livros e, muito menos, esperar que sejam bem escritos ou atractivos. Todavia, estou determinado em lê-lo porque gostava de obter mais informações sobre um caso que, para mim, tem sido esquisito do princípio ao fim. Não me refiro ao facto em si, mas ao ruído que foi sendo feito, à volta dele, envolvendo os media, mas também assessores, peritos em comunicação, conselheiros, tudo com um aparato nunca visto neste "pacato" rectângulo periférico.
Tenciono lê-lo como se de um relatório se tratasse. Mas também estou preparado para suspender a leitura, se verificar que não diz nada de novo. A ver vamos.
Um abraço.
A semana passada, na Barata da Av.Roma, vi uma senhora a perguntar ao livreiro quando saía o livro. Toda preocupada. Estava com medo de ficar sem ele.
Hoje, na Bertrand do Picoas Plaza, outra pessoa muito desanimada por não ter conseguido comprar.
No Picoas Plaza esgotou toda a edição num dia!!!
Ora bolas! E eu que queria tanto ler! Revoltado, comprei o "Orgias", do Luiz Fernando Veríssimo, muito contrariado...
Mesmo? Muitos erros? Bem, então nesse caso não compro. Irrita-me profundamente ler livros que maltratam o Português.
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