Os cães a ladrarem e eu sem descobrir a razão. Cinco, dez, quinze, vinte minutos… Até que junto a uma oliveira dei com este ouriço-cacheiro, pelo tamanho ainda jovem, todo enrolado, sem arriscar um movimento, sem se atrever a atirar nem que fosse um pequeno guincho. Teve sorte de os cães estarem no canil (à sexta à noite, se estivessem à solta o mais certo era já terem abalado…). Resolvi trazer o ouriço aqui para a secretária e tirar-lhe uma foto para a posterioridade. Depois fui levá-lo para o montado, sempre redondo, sempre calado, sempre com os picos bem afiados. Podia tê-lo levado pelo chão, a empurrá-lo com os pés tipo Cristiano Ronaldo, mas ele não merecia isso. Levei-o na mão e agora acho que eu é que não merecia as picadas que tenho nalguns dos dedos. Mas pronto, isto também há-de passar depressa. E pensar que na foto o bicho até pode ser confundido com uma bola anti-stress...
PS – Agora que estou a colocar isto, os cães desataram a ladrar de novo. Ou querem mesmo ir para a noite (Lisboa?), ou então é o jovem ouriço que está de volta.
PS – Agora que estou a colocar isto, os cães desataram a ladrar de novo. Ou querem mesmo ir para a noite (Lisboa?), ou então é o jovem ouriço que está de volta.
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10 comentários:
Pegar num ouriço é obra...
Erinaceus europaeus quase apanhado pelos cães... tadinho. Ouriço cacheiro lindo.
Pegar num ouriço pequeno não é muito complicado. Um dos grandes, por pesar mais, é que já não é brincadeira.
Este era bem bonito, sim.
Gostei dessa de empurrar o ouriço com os pés à cristiano ronaldo
Na Venda do Pinheiro uns amigos meus tinham um. Lembro-me perfeitamente de o ver no dia em que a Rosa Mota se sagrou campeã europeia em Atenas. Foi na casa desses amigos que vi a prova.
Por acaso também lá havia um cão...que era um perigo do caraças, enquanto não estivesse preso. E eu não sou de me assustar com cães de forma gratuita.
De resto, o ouriço é um amigo dos jornalistas. Dá "cachas".
Na casa dos meus avós havia um bonito quintal repleto de árvores de fruto.
Parece que os ouriços caixeiros gostam de laranjas. Trepam ao cimo da árvore, altas horas da noite, e mandam-nas abaixo, carregando-as depois às costas e levando-as para a toca.
Por mais de uma vez, alguns desprevenidos deixaram-se por ali ficar até ao amanhecer, e o meu irmão e eu, ainda putos, lá os levávamos para a eira cimentada - e num rompante tornada em campo de futebol - e, à falta de melhor, jogávamos com eles à bola, isto é, eles transformados em esférico e nós em potenciais cristianos com chancas nos pés enfiadas à pressa.
No final do jogo, ía o bicho para dentro de um tanque de água, onde por instinto se esticava todo e comprovava ter resistido. Devolvidos ao quintal, por ali ficavam escondidos até serem de novo descobertos e peça fundamental de outro torneio.
É claro que éramos putos, assitíamos ainda em directo à matança do porco, e ninguém falava ainda em Sociedade Protectora dos Animais nem em equilíbrio ambiental nem em ambiente sustentado. Uma espécie, assim, de lei do mais forte...
Ganda gaita, por mais que olhe para os comentários antes de os editar saem sempre com uns erros desgraçados. Aquilo do «ia» com assento e do «assistíamos» sem um 's' é inqualificável, e mais grave é a gente não os poder emendar... Ganda ouriço!!!
António, não te preocupes. Isto aqui é para escrever a correr. Pensa nos livros que para aí se editam com erros de meia-noite, até de gente famosa das letras.
Abraço,
António
O ouriço é bicho peçonhemto, dizem os velhos. A gente não acredita nos velhos e depois pega neles, cuidadosamente, tira-lhe uns retratos em macro, volta a remetê-los ao jardim -- e compreende então que sim, com as pulgas aos saltos e tantas, que é um bichinho bonito, mas deixá-lo andar.
Peçonhentos é que não são!
Comem caracóis e dão cabo de outras pragas. São auxiliares preciosos dos jardineiros em Inglaterra.
Já cá tenho dois a trabalhar no jardim!
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