domingo, 2 de março de 2008

Um caso extremo de compreensão lenta

Na noite da última sexta-feira, durante mais uma sessão da Assembleia Municipal de Monchique, o presidente da câmara anunciou para este fim-de-semana a realização de um workshop (que algumas vezes designou também por «workshoping»); disse ele que era para apresentar as potencialidades do concelho a um considerável número de grupos económicos, cujos representantes tinha convidado para estarem presentes, e disse também que esperava que a iniciativa pudesse resultar em investimentos em Monchique. Disse ainda outra coisa, ou antes, confessou: não tinha compreendido até agora a importância de uma iniciativa como aquela, nomeadamente por falta de tempo. Podia-se admitir isto numa pessoa que estivesse há um ano ou dois no cargo, mas não numa pessoa que estivesse, por exemplo, há quatro ou cinco. E no caso desta pessoa, então, é melhor nem entrar em grandes considerações; está no cargo há vinte e cinco anos.

4 comentários:

Anónimo disse...

António:

Gostei muito dessa anedota do "workshoping". Esse Sr. deve ser um exemplar deveras curioso. Suspeito que deve andar baralhado com o "choque tecnológico"; é muita novidade junta!

Manuel Nunes disse...

Caro António:
Você, um mínúsculo animal da floresta, arrisca-se a ser devorado por esse tiranossáurio da Serra algarvia. Diz-se que a espécie se extinguiu há 65 milhões de anos, mas há por aí uns tantos casos extraordinários de sobrevivência.
Resista! Os mamíferos acabarão por dominar o planeta (isto é, a Serra).

Anónimo disse...

Infelizmente não é anedota. Neste caso a realidade, mais do que ultrapassar a ficção, por vezes consegue ultrapassar o anedótico.

Quando ao «tiranossáurio», ele está de facto em funções na serra algarvia, mas vive em Portimão.

Anónimo disse...

eses cromos são os mais difíceis de sair. Como é que o arranjaram?
João Duarte