Não sei se o António leu o livro, eu li-o porque o "pai natal" deixou-o na árvore cá de casa.
Não tinha pensado ler a obra (até pela sua extensão...), mas toda esta polémica fez com acabasse por o ler (ainda antes do "Equador", que ainda está na lista de espera...). Embora não seja critico literário, como leitor, considero-o um romance vulgar, demasiado gorduroso (cheio de lições de história e geografia dispensáveis).
Mas não tenho dúvidas que as criticas de VPV e desta senhora Dória, são mais pessoais que literárias. Acabam mesmo por entrar na ofensa pessoal, afastando-se do que realmente interessa, o livro.
Claro que a atitude do "Expresso" é bastante discutível. Mas como o MST é, de certeza que deixava de ser comentador do jornal, se a crónica fosse publicada. Esta razão explica o quanto o caso é melindroso...
António, Exame prévio há sempre, o do editor. O facto de aqui ter sido director é suspeito, mas tratadno-se de um romance de um colunista da casa e de tudo ser pequenino nem espanta. E o exame foi justo: o artigo é uma merda igual à do VPV, e talvez igual ao livro (não li).O comunicado do CR é equilibrado, a conversa do OSvaldo Silvestre sobre censra infudamentada. Se a DGD escreve sempre isto ou não, ignoro, há muito tempo que o Expresso nada tem para ler. Mas se aquilo me fosse enviado para a Prelo, voltava para trás. E para a Pessoal também, quero crer. Abraço
Ainda só espreitei o livro e pareceu-me não ter grande mérito, mas não sei; conto ler. Gostei do «Equador», embora tenha erros e por vezes denote falta de trabalho na escrita, mas a verdade é que a história me entusiasmou.
O texto do Vasco Pulido Valente, de há tempos no «Público», não me pareceu mal, mas é claro que estava carregado de muito ressabiamento. Quanto a este, já é mais complicado; eu compreendo-o, mas parece-me cheio de recados da autora para o Miguel Sousa Tavares. Se ela fosse colaboradora da «Pessoal», Carlos, teria muita dificuldade em não lho publicar, como acontece com qualquer dos colaboradores (que só o são por eu confiar neles); mas talvez eu não publicasse o texto. Quanto às justificações dos responsáveis do «Expresso», a verdade é que não achei lá grande coisa.
De qualquer forma, os autores estão sujeitos a que lhes aconteça aparecerem textos destes. Acho que ninguém gosta. Eu já me aconteceu, que me lembre (ou que tenha visto), umas duas ou três vezes. E isto sou eu, que estou a milhões de anos-luz da fama do Miguel Sousa Tavares, já se vê. Uma vez o Pedro Mexia disse que o que eu escrevia não passava de anedotas do Algarve e eu lembro-me de que na altura pensei «puta que o pariu», mas depois achei que não vale a pena uma pessoa se chatear e mandei-lhe um mail a agradecer por me ter dado alguma atenção.
Olá António Tem graça, tive de reler para confirmar: à primeira pensei que as anedotas do Algarve eram uma autocrítica do Pedro. Bem podiam ser, mas adiante, a sua atitude parece-me boa. Sobre o caso, concordo: a confiança nos colaboradores também entra nestas contas, não é só a qualidade avaliada pelo editor. E há mais factores (necessidades para o fecho das revistas, etc.). As explicações do director são pífias e ele é useiro e vezeiro nisto: a mim,em 1998, também não me publicou um artigo de opinião sobre o Espada e o referendo ao aborto. Não me queixei de censura por entender que o termo é grave o suficiente para o reservarmos para coisas históricas, afinal a liberdade de escrever não existe mais que a de editar. Concordo que, mesmo que fosse uma critica muito bem feita, não sairia. O CR esteve melhor, mesmo se oficioso. O problema é que o Expresso deixou de ter crítica, isso sim. Mas não é o único (vide a miséria do Y; aliás, tambem no Público a colaboradora Mónica viu-se salva pelo director Fernandes de uma crítica negativa à sua biografia de Eça, garantiu-me um colaborador dessa época). Mas como sobre a redução da crítica ao marketing eu já escrevi muito (e ainda agora, ao falr de política...), despeço-me.
4 comentários:
Não sei se o António leu o livro, eu li-o porque o "pai natal" deixou-o na árvore cá de casa.
Não tinha pensado ler a obra (até pela sua extensão...), mas toda esta polémica fez com acabasse por o ler (ainda antes do "Equador", que ainda está na lista de espera...). Embora não seja critico literário, como leitor, considero-o um romance vulgar, demasiado gorduroso (cheio de lições de história e geografia dispensáveis).
Mas não tenho dúvidas que as criticas de VPV e desta senhora Dória, são mais pessoais que literárias. Acabam mesmo por entrar na ofensa pessoal, afastando-se do que realmente interessa, o livro.
Claro que a atitude do "Expresso" é bastante discutível. Mas como o MST é, de certeza que deixava de ser comentador do jornal, se a crónica fosse publicada. Esta razão explica o quanto o caso é melindroso...
António,
Exame prévio há sempre, o do editor. O facto de aqui ter sido director é suspeito, mas tratadno-se de um romance de um colunista da casa e de tudo ser pequenino nem espanta. E o exame foi justo: o artigo é uma merda igual à do VPV, e talvez igual ao livro (não li).O comunicado do CR é equilibrado, a conversa do OSvaldo Silvestre sobre censra infudamentada. Se a DGD escreve sempre isto ou não, ignoro, há muito tempo que o Expresso nada tem para ler.
Mas se aquilo me fosse enviado para a Prelo, voltava para trás. E para a Pessoal também, quero crer.
Abraço
Ainda só espreitei o livro e pareceu-me não ter grande mérito, mas não sei; conto ler. Gostei do «Equador», embora tenha erros e por vezes denote falta de trabalho na escrita, mas a verdade é que a história me entusiasmou.
O texto do Vasco Pulido Valente, de há tempos no «Público», não me pareceu mal, mas é claro que estava carregado de muito ressabiamento. Quanto a este, já é mais complicado; eu compreendo-o, mas parece-me cheio de recados da autora para o Miguel Sousa Tavares. Se ela fosse colaboradora da «Pessoal», Carlos, teria muita dificuldade em não lho publicar, como acontece com qualquer dos colaboradores (que só o são por eu confiar neles); mas talvez eu não publicasse o texto. Quanto às justificações dos responsáveis do «Expresso», a verdade é que não achei lá grande coisa.
De qualquer forma, os autores estão sujeitos a que lhes aconteça aparecerem textos destes. Acho que ninguém gosta. Eu já me aconteceu, que me lembre (ou que tenha visto), umas duas ou três vezes. E isto sou eu, que estou a milhões de anos-luz da fama do Miguel Sousa Tavares, já se vê. Uma vez o Pedro Mexia disse que o que eu escrevia não passava de anedotas do Algarve e eu lembro-me de que na altura pensei «puta que o pariu», mas depois achei que não vale a pena uma pessoa se chatear e mandei-lhe um mail a agradecer por me ter dado alguma atenção.
António
Olá António
Tem graça, tive de reler para confirmar: à primeira pensei que as anedotas do Algarve eram uma autocrítica do Pedro. Bem podiam ser, mas adiante, a sua atitude parece-me boa.
Sobre o caso, concordo: a confiança nos colaboradores também entra nestas contas, não é só a qualidade avaliada pelo editor. E há mais factores (necessidades para o fecho das revistas, etc.). As explicações do director são pífias e ele é useiro e vezeiro nisto: a mim,em 1998, também não me publicou um artigo de opinião sobre o Espada e o referendo ao aborto. Não me queixei de censura por entender que o termo é grave o suficiente para o reservarmos para coisas históricas, afinal a liberdade de escrever não existe mais que a de editar. Concordo que, mesmo que fosse uma critica muito bem feita, não sairia. O CR esteve melhor, mesmo se oficioso. O problema é que o Expresso deixou de ter crítica, isso sim. Mas não é o único (vide a miséria do Y; aliás, tambem no Público a colaboradora Mónica viu-se salva pelo director Fernandes de uma crítica negativa à sua biografia de Eça, garantiu-me um colaborador dessa época). Mas como sobre a redução da crítica ao marketing eu já escrevi muito (e ainda agora, ao falr de política...), despeço-me.
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