quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Um pouco antes de voar...

... nem dez segundos antes, como se tivesse mesmo acabado de decidir o destino.



5 comentários:

Anónimo disse...

António:

«... nem dez segundos antes, como se tivesse mesmo acabado de decidir o destino».

Destino que poderia ser entrar noutro livro, quiçá, como mágico velhinho.

Isto, para dizer que acabei de ler o “ O que Entra nos Livros”.

Foi o primeiro contacto com a sua escrita ficcional.
Não era para começar por aqui, como já tinha escrito, mas foi a "entrada" possível.

Gostei bastante, sem qualquer espécie de favor.
Gostei da forma como entrelaça a sua vida com a ficção, nomeadamente nos primeiros capítulos do livro. Lá está, também, a referência à sua experiência autárquica em Monchique, a qual aliás já tinha aflorado neste "blog". Lá está também o “seu” montado.
Gostei da ideia das citações, no início de cada capítulo, que eu interpreto também como uma espécie de homenagem aos seus autores.
Lá estão incluídos alguns de que gosto, nomeadamente: José Cardoso Pires; Lídia Jorge; Dinis Machado; Mário de Carvalho e, sobretudo, José Saramago.

Aliás, nalgumas passagens do livro, muito leve, levemente mesmo, pareceu-me reconhecer alguma influência no estilo narrativo. Mas pode ser só impressão minha, dado que gosto muito desse escritor.

Estou curioso para ler outros livros seus, logo que os consiga encontrar.

Um abraço.

P. S. Referiu-se ainda a um escritor que muito admiro: Paul Auster.

A Noite do Oráculo; A Triologia de Nova York; O Caderno Vermelho; Da Mão para a Boca (grande obra!); Levathan; A música do Acaso e Timbuktu (o tal...)
E ainda a sua contribuição para os filmes de que muito gostei: "Fumo"; "Fumo Azul" e "Lulu On The Bridge". E para terminar o filme que ele realizou " A Vida Interior de Martin Frost", rodado em Portugal, mas infelizmente sem referência expressa aos locais.

Penso que se trata de um sério candidato ao Nobel e espero que o ganhe. Seria justo.

Anónimo disse...

Manuel

O pássaro (dá-me a ideia de que é um cartaxo, ou melhor, um cartaxo-nortenho, ou nocturno, como também lhe chamam, e parece ser um macho, porque a fêmea tem as cores bem mais esbatidas) é mais ou menos do tamanho do mágico; talvez pudesse fazer o papel dele, com a vantagem de voar e, quem sabe, uma capacidade que o mágico não tem, a de entrar nos livros do Paul Auster. No fundo, o mágico tem o mesmo problema que eu com os livros do escritor norte-americano. Não deve haver muita gente no mundo com esse problema, pelo menos eu nunca encontrei ninguém que não goste dos livros dele. Fazendo uma comparação com o futebol, e em particular com o Sporting, é quase o mesmo - reconheço - que se passa com o Polga (embora o Paul Auster escreva muito bem e o Polga com a bola revele uma notória falta de jeito). A verdade, se calhar, é que aquela horrível tarde de praia com o «Timbuktu» marcou-me tanto como o tal golo que no tempo do Peseiro o Polga ofereceu ao Sochaux. Mas adiante... O importante é que você não se chateou com o livro, nem pelos vistos com o mágico. E, é claro, que atribuam mesmo o Nobel ao Paul Auster.

Um abraço,

António

Luis Eme disse...

Pensava que já havia Sporting, por aqui...

Desde que visito a FS, comecei a descubrir "qualidades" no Polga (até então passava despercebido... talvez por ser benfiquista).

Como é que o rapaz chegou à selecção do Brasil? (há pois, havia um seleccionador chamado Scolari...)

Anónimo disse...

Luís, o Sporting é daqui a pouco. Mas acabo de escrever umas coisas com o Polga, a propósito, imagine-se, do Paul Auster. E que tal uma dupla Polga - Luisão? O futebol de certeza que nunca mais seria o mesmo.

Abraço,

António

Anónimo disse...

Manuel, ainda o seu comentário, aquilo da homenagem aos «meus» autores... É de facto assim. Creio que digo mais ou menos isso na entrevista da Antena 1, que pode ser escutada aí a lado, no link que está no final do texto a seguir à capa do romance.

António