A viagem imprevisível
Em tempo de calhamaços, ainda por cima calhamaços de famosos como Miguel Sousa Tavares e José Rodrigues dos Santos, coloco aqui uma outra proposta de leitura em que não faltam páginas (mais de setecentas). De qualquer forma, eu conto ler tanto o livro de Sousa Tavares como o de Rodrigues dos Santos, isto pelas experiências anteriores; pelo que têm de bom (as histórias costumam ser empolgantes) e apesar do que têm de mau (principalmente Rodrigues dos Santos, cuja escrita costuma ser bastante descuidada, com erros, coisas sem sentido e passagens de gosto duvidoso que por vezes levam a que se leia uma e outra vez e não se acredite – lembro aqui os «uh’s» da maior parte das personagens de «A Fórmula de Deus» e uma coisa que talvez se explique com algum vírus informático, que é o uso de vez em quando de uma estranha forma verbal do género da desta frase, «eles conseguiram irem a Lisboa»).
A proposta é o romance «O Expresso de Berlim» (Edições ASA, 736 páginas), de António Andrade Albuquerque. O autor nasceu em Lisboa, em 1929, tendo-se tornado bastante conhecido, inclusive internacionalmente, com romances policiais assinados com o pseudónimo Dick Haskins. Aqui, narra uma história que decorre em plena Segunda Guerra Mundial (e que tem continuação num outro romance, «O Papa que Nunca Existiu»). Tudo começa em Lisboa, em Agosto de 1943. João Kessler Albano Martins é um jovem professor universitário (filho de um português e de uma alemã). Lisboa fervilha de espiões e agentes secretos. O jovem professor vai acabar por ser envolvido nos jogos perigosos desse mundo. Por uma razão muito forte, a sua própria mãe. Esperam-no aventuras com que nunca terá sonhado, e espera-o o amor, mesmo que não possa ser para sempre. A viagem imprevisível é a do expresso que liga Berlim e Paris. Mas é também a viagem que o professor inicia de Lisboa para Londres, depois de Londres de novo para o continente, a França, a Alemanha… Com Vera a seu lado, uma jovem de 24 anos, de «cabelos negros e olhos tão bonitos que não pareciam reais». A escrita do autor toca a perfeição.
Em tempo de calhamaços, ainda por cima calhamaços de famosos como Miguel Sousa Tavares e José Rodrigues dos Santos, coloco aqui uma outra proposta de leitura em que não faltam páginas (mais de setecentas). De qualquer forma, eu conto ler tanto o livro de Sousa Tavares como o de Rodrigues dos Santos, isto pelas experiências anteriores; pelo que têm de bom (as histórias costumam ser empolgantes) e apesar do que têm de mau (principalmente Rodrigues dos Santos, cuja escrita costuma ser bastante descuidada, com erros, coisas sem sentido e passagens de gosto duvidoso que por vezes levam a que se leia uma e outra vez e não se acredite – lembro aqui os «uh’s» da maior parte das personagens de «A Fórmula de Deus» e uma coisa que talvez se explique com algum vírus informático, que é o uso de vez em quando de uma estranha forma verbal do género da desta frase, «eles conseguiram irem a Lisboa»).
A proposta é o romance «O Expresso de Berlim» (Edições ASA, 736 páginas), de António Andrade Albuquerque. O autor nasceu em Lisboa, em 1929, tendo-se tornado bastante conhecido, inclusive internacionalmente, com romances policiais assinados com o pseudónimo Dick Haskins. Aqui, narra uma história que decorre em plena Segunda Guerra Mundial (e que tem continuação num outro romance, «O Papa que Nunca Existiu»). Tudo começa em Lisboa, em Agosto de 1943. João Kessler Albano Martins é um jovem professor universitário (filho de um português e de uma alemã). Lisboa fervilha de espiões e agentes secretos. O jovem professor vai acabar por ser envolvido nos jogos perigosos desse mundo. Por uma razão muito forte, a sua própria mãe. Esperam-no aventuras com que nunca terá sonhado, e espera-o o amor, mesmo que não possa ser para sempre. A viagem imprevisível é a do expresso que liga Berlim e Paris. Mas é também a viagem que o professor inicia de Lisboa para Londres, depois de Londres de novo para o continente, a França, a Alemanha… Com Vera a seu lado, uma jovem de 24 anos, de «cabelos negros e olhos tão bonitos que não pareciam reais». A escrita do autor toca a perfeição.
2 comentários:
É sem dúvida um grande livro este «Expresso de Berlim».
Um grande livro! Uma excelente estória, mas com um final menos bom!
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