As mulheres de Bukowsky
Uma colecção de livros de bolso que resultou de uma parceria entre as Publicações Dom Quixote e a Fnac. Na série de literatura, autores como Gabriel García Márquez, Miguel Torga, José Cardoso Pires ou Charles Bukowski. É precisamente de Bukowski o primeiro livro que comprei dessa colecção.
O livro chama-se «Mulheres» e relata uma sucessão de episódios, muitos deles grotescos, em que entram dezassete mulheres que passam pela vida atribulada de uma personagem autobiográfica do famoso escritor bêbado. Henry Chinaski, é essa a personagem, com o seu gosto por cavalos, bebida e mulheres, com as suas leituras de poesia pelos Estados Unidos e pelo Canadá, em universidades, bibliotecas, livrarias, clubes nocturnos, o que fosse.
Em «Mulheres», uma vez mais, Bukowski pouco liga às estruturas formais da literatura. É cru e directo, sempre com um enorme sentido do imediato. No fundo, mantém-se fiel, página a página, ao seu próprio estilo de vida, com as mulheres, os cavalos, a bebida e a literatura sempre por perto. Às vezes, se calhar, demasiado perto.
Charles Bukowski nasceu em 1920, em Andernach, na Alemanha. Foi para os Estados Unidos mais a família quando tinha treze anos, para a Califórnia. Cresceu num bairro pobre de Los Angeles e passou a maior parte da vida na cidade de San Pedro. Escreveu desde criança, mas só publicou quando já estava na casa dos vinte anos. Morreu no dia nove de Março de 1994, de leucemia, na sua cidade de sempre.
Comecei a ler a sua obra absolutamente notável quando uma vez comprei numa livraria escondida de Lisboa um livro de contos de que estava farto de ouvir falar: «A Sul de Nenhum Norte». Já lá vão muitos, mesmo muitos anos.
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