Leiria – 0, Sporting – 0. Cheguei há bocado a casa (ou como diria o Alberto João Jardim, «há pedaço»). De Lisboa até aqui (é depois da estrada que coloco na foto), entre outros programas ouvi um da Antena 1 sobre futebol, com um comentador do Porto, outro do Benfica e outro do Sporting. O do Sporting era (acho que sempre tem sido) Eduardo Barroso. Estava de cabeça perdida e ameaçava mesmo desistir de participar em programas do género daquele (e incitava outros sportinguistas comentadores a fazerem o mesmo). O problema era o jogo de ontem, sobretudo a confusão que antecedeu a expulsão de Liedson. Não concordava com ela. Achava que Liedson não agrediu ninguém. Depois já achava que sim, mas que não era bem uma agressão e que por isso não dava para cartão vermelho; já só pensava no amarelo a Rossato, um defesa brasileiro do Leiria (um amarelo muito estranho, de facto), e num penalty a favor do Sporting, que bem poderia ter ajudado. Eduardo Barroso disparava «palhaços» a torto e a direito, ainda por cima «indignos», além, é claro, de «palhaçadas». O árbitro, o fiscal de linha que avisou o árbitro da agressão de Liedson, o agredido defesa do Leiria que ajudou à festa, tudo uns «palhaços», só que dos «indignos». Mas alguém me sabe dizer o que é um palhaço indigno?
É óbvio que Liedson foi bem expulso. Contrariamente ao que pensei logo a seguir, mesmo assim a equipa aguentou-se e poderia muito bem ter ganho nas calmas (e se alguns jogadores no momento de rematar tivessem tido calma). A ideia com que fiquei após o jogo foi a de que o Sporting está mesmo numa fase má para a qual parece não haver solução. Paulo Bento, a quem – volto a dizer – sempre apoiei para treinador, parece-me ultrapassado pelos acontecimentos e agora até já diz uma ou outra parvoíce no fim dos jogos. Os responsáveis do clube (ou da sade, ou lá o que é), desses é melhor nem falar para não ficar ainda mais pessimista. Com esses responsáveis (?) os problemas são bem mais graves do que aqueles dos desequilíbrios da equipa, em que à mistura com verdadeiros craques aparecem jogadores absolutamente medíocres. Temo que o Sporting esteja mesmo numa situação muito complicada, e mais do que apenas ao nível da equipa de futebol. Os problemas parecem-me estar a um nível global, com a gestão entregue a gente que cada vez mais se mostra absolutamente incapaz.
É óbvio que Liedson foi bem expulso. Contrariamente ao que pensei logo a seguir, mesmo assim a equipa aguentou-se e poderia muito bem ter ganho nas calmas (e se alguns jogadores no momento de rematar tivessem tido calma). A ideia com que fiquei após o jogo foi a de que o Sporting está mesmo numa fase má para a qual parece não haver solução. Paulo Bento, a quem – volto a dizer – sempre apoiei para treinador, parece-me ultrapassado pelos acontecimentos e agora até já diz uma ou outra parvoíce no fim dos jogos. Os responsáveis do clube (ou da sade, ou lá o que é), desses é melhor nem falar para não ficar ainda mais pessimista. Com esses responsáveis (?) os problemas são bem mais graves do que aqueles dos desequilíbrios da equipa, em que à mistura com verdadeiros craques aparecem jogadores absolutamente medíocres. Temo que o Sporting esteja mesmo numa situação muito complicada, e mais do que apenas ao nível da equipa de futebol. Os problemas parecem-me estar a um nível global, com a gestão entregue a gente que cada vez mais se mostra absolutamente incapaz.
3 comentários:
António:
Tenho para mim que um palhaço indigno, é aquele que devia ser expulso da Ordem dos Palhaços, a qual se não há devia haver, até porque o país está cheio deles, mais até dos indignos, porque os dignos ainda se dignam ganhar a vida dignissimamente.
O palhaço indigno faz falsas palhaçadas, porque devia estar quieto e não torrar o dinheiro e o juízo ao portuga...
O palhaço indigno é digno de profundo desprezo.
e só agora é k vistes isso?
Isto é k vai uma "Dranquilidade" na procura dos "objectivos", hem?
Estava num restaurante chinês com um amigo,a carregar no tinto, só muito raramente espreitando o resultado. Sem espectáculo e sem objectivos, prefiro o tinto e os amigos.
Debatia-se o teatro de que gosto: o meu workshop no D.Maria, com o Sinisterra.
Para o teatro do futebol já dei.
E gostei muito mais de ver o verde da equipa do Candelária, no pavilhão da Luz, em hóquei.
Um palhaço indigno é todo o espectador de futebol que se recuse a aceitar o futebol como aquilo que deveria ser sempre: apenas um jogo.
O Pedro Tochas é um grande palhaço (premiado internacionalmente).
Mas há palhaços que são indignos. Aqueles que não percebem que um sorriso de criança pode ser uma coisa preciosa.
O futebol está cheio de bandalhos. Não metam os palhaços nisto. Ricos ou pobres.
António: organiza-te, tira aí um sábado, que eu aviso-te quando fôr o play-off de ténis de mesa. Aí é que podemos ir os dois ver o Sporting a lutar pelo título. E mesmo que perca, temos uma coisa garantida: espectáculo e fair-play.
Podes acompanhar o evoluir da carruagem nos links do meu oprazerdamesa. Há para lá notícias com fartura. A Associação de Lisboa e a Federação Portuguesa devem dar calendários e resultados. E para saberes dos nossos miúdos heróis que andam lá fora a lutar pela vida (no campeonato alemão) vais ao link do Marcos Freitas.
Aquele abraço.
Enviar um comentário