Vive aqui pelas redondezas, mas raramente se mostra. Um dia destes surpreendi-a a apanhar sol, mesmo à saída de casa. Lá rastejou o mais depressa que podia, para longe de mim, à procura de um esconderijo. Vinte metros, ter-se-á afastado vinte metros em direcção a um muro de pedra solta. Mas ao chegar lá não conseguiu abrigo. Então voltou na minha direcção, ainda a rastejar depressa mas parecendo um pouco cansada. Por momentos pensei que queria atacar-me, mas depois, quando a vi passar-me junto aos pés toda aflita, aí percebi. Queria ir para um arbusto enorme que estava do outro lado. Um bom sítio. Dessa vez pareceu-me que poderia ter mais de um metro. Agora medi-lhe a pele (na foto) que entretanto largou e deu um metro e trinta e cinco. Isto se não for a pele de outra cobra. Parece-me que não. Fiquei com curiosidade de vê-la com a nova pele. Há-de aparecer.
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