Isto não tem que ver com gostar ou não gostar de Camões. O que aqui se percebe é que a frase de José Sócrates a propósito de Mário Soares («Eu gosto dos políticos que gostam de Camões.») traz logo à memória a célebre resposta de Cavaco Silva na televisão depois de lhe perguntarem se sabia quantos cantos tem «Os Lusíadas». Cavaco, como seria de esperar, não sabia, mas não teve coragem de assumir que não sabia e andou durante um bocado às voltas a dizer que se tratava mais da especialidade da mulher do que da dele. Curiosamente, alguns anos depois, uma universidade (a de Goa) resolveu atribuir a Cavaco um doutoramento, ainda que honoris causa, precisamente em literatura. Uma decisão tão incompreensível quanto leviana. A menos que tenha sido tomada por ignorância, o que sempre pode ser visto como atenuante. Além disso, ignorância por ignorância…
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1 comentário:
Sócrates, Santana, Cavaco, etc, gostam sempre de dar uma de "cultos" e depois sai asneira...
todos os políticos gostam de se armar, agora gastar dinheiro para a cultura é que "tá de gesso"...
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