Blog de António Manuel Venda (de 21 de Maio de 2006 a 1 de Junho de 2013)
quinta-feira, 2 de abril de 2009
«Uma Noite com o Fogo» em Lisboa
Uma imagem da apresentação do meu romance «Uma Noite com o Fogo», ontem ao fim da tarde, na Livraria Bertrand da Avenida de Roma, em Lisboa. Mais imagens aqui. .
(A propósito do lançamento do seu livro, ao qual assisti com muito gosto.)
Devo confessar-lhe que foi uma sessão bastante divertida, por mérito de Carlos Pinto Coelho. Já não sei há quanto tempo não o ouvia, na volta desde o "Acontece", programa que deixou um certo vazio após a saída de cena. Mas depois de todos estes anos, o mínimo que posso dizer é que tivemos ali o mesmo Carlos P. Coelho de sempre. Mais velho, claramente, mas a mesma figura inconfundível, com os seus gestos e as suas inflexões de voz, que Herman José tão bem caracterizou. Porém, o mais divertido foi aquela passagem em que o apresentador chega à conclusão que o António não sabe ou não tem total consciência daquilo que está no livro. E depois a sua expressão quando disse mais ou menos que o que estava escrito, estava lá; era aquilo que andava a ser escrito na sua cabeça, havia muito tempo, e que, por mais que quisesse, acrescentar algo, acabava por voltar, inexoravelmente, ao ponto de partida. Mas ele não se deixava convencer, teimava. Ele via mais do que isso e não desistia. A coisa atingiu o paroxismo quando ele disse, mais ou menos, referindo-se a si: ele sabe lá o que escreveu! Obviamente sem qualquer sentido pejorativo. E o António, com alguma perplexidade: “eu sou uma pessoa simples”. E felizmente que é uma pessoa simples e lúcida. Todavia, estas apresentações, entre intelectuais, têm sempre estes “mise en scène”, que lhe dão colorido, que fazem parte da cerimónia. Vá-se habituando!
É claro que respeito o apresentador e a sua opinião.
É evidente que quem escreve não despe a sua visão do mundo, a sua cultura, os seus valores, recordações e emoções. Estão lá implicitamente. Aparecem lá com a mesma naturalidade como respira enquanto escreve. Mas eu acho que o seu livro é sobre aquele momento concreto, aquelas cinco ou seis horas (em directo), e o que lá está vertido é o António e uma parte importante da sua vida, com a ajuda fundamental da arte da sua escrita. O que dá muito jeito!
4 comentários:
Boa Noite Caro António,
Parabéns pelo lançamento do seu livro.
e um bem haja pelo apoio ao nosso seminário.
um abraço,
Ana Seirôco
Ana
Muito obrigado.
No seminário e noutras acções que promovam, pode contar sempre com a nossa colaboração.
Abraço,
António
António:
(A propósito do lançamento do seu livro, ao qual assisti com muito gosto.)
Devo confessar-lhe que foi uma sessão bastante divertida, por mérito de Carlos Pinto Coelho. Já não sei há quanto tempo não o ouvia, na volta desde o "Acontece", programa que deixou um certo vazio após a saída de cena. Mas depois de todos estes anos, o mínimo que posso dizer é que tivemos ali o mesmo Carlos P. Coelho de sempre. Mais velho, claramente, mas a mesma figura inconfundível, com os seus gestos e as suas inflexões de voz, que Herman José tão bem caracterizou.
Porém, o mais divertido foi aquela passagem em que o apresentador chega à conclusão que o António não sabe ou não tem total consciência daquilo que está no livro.
E depois a sua expressão quando disse mais ou menos que o que estava escrito, estava lá; era aquilo que andava a ser escrito na sua cabeça, havia muito tempo, e que, por mais que quisesse, acrescentar algo, acabava por voltar, inexoravelmente, ao ponto de partida. Mas ele não se deixava convencer, teimava. Ele via mais do que isso e não desistia. A coisa atingiu o paroxismo quando ele disse, mais ou menos, referindo-se a si: ele sabe lá o que escreveu! Obviamente sem qualquer sentido pejorativo. E o António, com alguma perplexidade: “eu sou uma pessoa simples”.
E felizmente que é uma pessoa simples e lúcida. Todavia, estas apresentações, entre intelectuais, têm sempre estes “mise en scène”, que lhe dão colorido, que fazem parte da cerimónia. Vá-se habituando!
É claro que respeito o apresentador e a sua opinião.
É evidente que quem escreve não despe a sua visão do mundo, a sua cultura, os seus valores, recordações e emoções. Estão lá implicitamente. Aparecem lá com a mesma naturalidade como respira enquanto escreve. Mas eu acho que o seu livro é sobre aquele momento concreto, aquelas cinco ou seis horas (em directo), e o que lá está vertido é o António e uma parte importante da sua vida, com a ajuda fundamental da arte da sua escrita. O que dá muito jeito!
Manuel, ora aqui está um relato certeiro do que aconteceu.
Abraço,
António
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