sábado, 21 de fevereiro de 2009

O amor, por José Rodrigues dos Santos

O carro de bois avançava devagar pela rua, arrastando um carregamento de azeitonas negras, tão reluzentes que pareciam pérolas. O agricultor que conduzia o carro seguia à frente, enérgico e transpirando, as mãos a puxarem a correia que guiava a direcção do animal.
«Uga! Uga!», repetia o homem, incentivando o boi. «Para a frente, vamos! Arriba!»
Uma bosta tombou da traseira do bovino sobre o empedrado da rua com um ploc espalhafatoso. Logo que o carro de bois passou, Luís cruzou para o outro passeio em ziguezague, evitando os excrementos de animais que se acumulavam pela via.
Foi então que a viu.
(excerto do romance «A Vida num Sopro», de José Rodrigues dos Santos)
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2 comentários:

Anónimo disse...

Mais caga um boi que cem mosquitos ,,,

Manuel Nunes disse...

Prosa excrementícia.
M. Nunes