domingo, 3 de agosto de 2008

Estranha família

Talvez esteja nestas imagens (que fazem parte da nova campanha de angariação de sócios do Vitória de Guimarães) a explicação para a ideia deixada no ar por Manuel Cajuda, a de que o futebol não é para gente inteligente. A alusão é à Máfia, mais a norte-americana do que a siciliana (o título é aliás bem sugestivo, «La Famiglia»); e como que a dar razão a Manuel Cajuda parece que a coisa está a ser um sucesso, sendo inclusive já conhecida internacionalmente. De qualquer forma, apesar de tanto sucesso, a pergunta que me apetece fazer é a seguinte: «Mas onde estava esta gente com a cabeça quando se lembrou de tal campanha?» Até me apetece fazer outra: «Por que é que se foram logo lembrar de mafiosos, quando tinham tantas outras fontes de inspiração do género, desde o nazismo à Al-Qaeda, passando pelo Ku Klux Klan e pela PIDE, a sinistra polícia política do criminoso que fez ontem quarenta anos que caiu da cadeira?»
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5 comentários:

Anónimo disse...

António:

Porque eles sabem que outras famíglias houve que se deram bem.

E outras já andam por aí.

Eu digo que se trata de uma provocação ou humor negro, no sentido literal do termo. Admiro-me de não haver uma cena de beija mão

Saudações Leoninas!

Anónimo disse...

Ninguém quer ser tratado como mafioso. Por isso, a campanha do Vitória deve colocar-se ao nível do marketing.

Alguém achou que iria atrair as atenções.

Livros como o do Mario Puzo (e depois a trilogia de filmes do Copolla) são vistos como entretenimento e não como realidade, tal como "Os sopranos". A partir do momento em que passam a ser património do imaginário colectivo...têm o passaporte para ser usados.

E o César Peixoto à gladiador?

Xantipa disse...

Nem estava a acreditar quando vi... sei que vou parecer ingénua, mas quem quererá fazer parte de uma associação criminosa? É isso o futebol? É essa a ideia que querem transmitir? Se é, conseguiram.

Anónimo disse...

Dei uma gralha. Em COPPOLA. O que dobra é o P.
Desculpa lá, Ó Chico.

Anónimo disse...

Luís, agora com o acordo ortográfico na volta nenhuma letra dobra. Em compensação, talvez o segundo «o» possa aparecer em triplicado.

António