Foi na semana passada, quarta-feira. Regressava a casa depois de uma noitada na revista, ainda a tempo de apanhar um pouco de uma conversa, na «Antena 1», de Francisco José Viegas com Mário de Carvalho, a propósito do romance «A Sala Magenta», bem recente. A primeira coisa que ouvi do Francisco, poucos segundos depois de ligar o rádio, foi algo como imaginar sempre as pessoas a conduzirem à noite, pela auto-estrada, enquanto ouviam o programa. Naquele momento, senti que tinha sido apanhado. Lá ia eu, pela auto-estrada, a ver se passava despercebido, e de repente o próprio autor do programa a sair-se com aquilo… Ainda estava a muitos quilómetros de casa, a passar ao lado de Palmela, como a certa altura do meu romance «O que Entra nos Livros»: (...) Avançando pela auto-estrada, com as luzes de Palmela à minha direita – umas luzes altas que por vezes faziam lembrar uma armada de naves espaciais a aproximar-se (…)
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1 comentário:
António:
Lembro-me perfeitamente dessa passagem. Muito bem conseguida e, mais ainda, bem enquadrada no ambiente do Livro.
Um abraço.
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