Torcato Sepúlveda. Vi-o apenas uma vez. Eu ia participar num debate na feira do livro (a de Lisboa) e perto do auditório encontrei a Filipa Melo (que também tinha sido convidada). Ela desafiou-me para irmos tomar um café, pois ainda tínhamos uns quinze minutos. Ele estava sozinho numa mesa e a Filipa foi-lhe falar. Disse-lhe que eu era o António Manuel Venda, o que me deixou meio atrapalhado, porque prefiro que me tratem pelo primeiro nome. Ele cumprimentou-me e ficou a falar com a Filipa, até que tivemos de ir para o debate. Lembro-me de que pensei na minha insignificância para um jornalista muito importante da área da cultura não me ligar nenhuma. Três ou quatro anos depois li numa revista um texto dele sobre um dos meus livros, de entre os textos sobre o que escrevi talvez um dos que mais me tocou. O Francisco, seu amigo, faz-lhe aqui uma homenagem muito bonita. E aqui pode-se ouvir uma entrevista.
3 comentários:
Este foi um belo tributo à memória do Torcato Sepúlveda.
Como disse o Francisco José Viegas, ele era também "voz". E é fácil ficar 45 minutos a olhar para um ecrã negro de computador, a ouvir a sua voz.
Nesta entrevista, realça-se o seu bom senso, o "mundo" que tinha, a paixão pelos livros.
Nunca calhou "ir para os copos" com o Torcato. Era uma figura que conhecia e admirava, de longe. Pelo seu talento, pelo seu desassombro, pela sua figura, pela sua voz.
Um ser que se destacava.
Só agora soube que era assíduo frequentador do Jardim da Parada, em Campo de Ourique.
Acho que o Jardim da Parada lhe assenta bem.
não sabia da morte, conehci-o vagamente no Público há uma dúzia de anos. Estava entre os melhores que por lá havia.
obrigada precisava muito de voltar a ouvir.lhe a voz
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