Simplesmente tocante a homenagem do final da tarde de ontem a José Cardoso Pires, em Lisboa, na Biblioteca Nacional; entrega do seu espólio à Biblioteca Nacional pela família e apresentação (notável, de Maria Lúcia Lepecki) do inédito «Lavagante», publicado pelo seu editor de sempre, Nelson de Matos.
Durante a sessão, não pude deixar de lembrar-me de algumas coisas relacionadas com o grande escritor… O fascínio com que li «Alexandra Alpha» e «Balada da Praia dos Cães»; o primeiro livro que tive dele (um volume de contos chamado «Jogos de Azar», que ganhei como prémio por um texto que publiquei no «DN Jovem»); o Natal de 1988, em que eu estava doente, de cama, na casa dos meus pais, em Monchique, e o meu irmão me apareceu com um livro dele acabado de sair (os contos reunidos em «A República dos Corvos», onde está um chamado «Ascensão e Queda dos Porcos Voadores» a que fui buscar duas ou três linhas para uma citação do meu último romance); uma das muitas vezes em que fui com o meu pai ao Instituto de Reumatologia, e nessa vez José Cardoso Pires estava lá sentado à espera de consulta, como tantas outras pessoas, e eu, parvo, surpreendi-me porque pensava que uma pessoa como ele não tinha de estar à espera para consultas, porque para mim era mais importante do que, por exemplo, o presidente da República…
No regresso ao Alentejo, voltei a pensar em tudo isto, e em como tinha feito bem em marcar várias coisas de trabalho para estar o dia em Lisboa e despachado a horas de aparecer na Biblioteca Nacional sem grandes correrias.
Textos sobre a sessão aqui (de José Pedro Castanheira) e aqui (da Lusa, assinado por ANC).
No regresso ao Alentejo, voltei a pensar em tudo isto, e em como tinha feito bem em marcar várias coisas de trabalho para estar o dia em Lisboa e despachado a horas de aparecer na Biblioteca Nacional sem grandes correrias.
Textos sobre a sessão aqui (de José Pedro Castanheira) e aqui (da Lusa, assinado por ANC).
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