segunda-feira, 3 de março de 2008

As coisas até nem me pareciam assim tão mal, só que…

As coisas até nem me pareciam assim tão mal como isso no começo do Sporting 1 (Vukcevic), Benfica 1. A equipa que entrou não tinha as escolhas inacreditáveis do jogo anterior, para a Taça, e portanto era de prever que poderia vencer com alguma facilidade, mesmo com Liedson e Luisão de fora (Liedson para marcar, Luisão para deixar Liedson marcar). Infelizmente não foi nada disso que se passou e muito por culpa do árbitro, que deixou por assinalar um penalty evidente sobre Vukcevic e perdoou algumas expulsões a jogadores do Benfica (em lances piores do que aquilo que fez Nelson, o único que foi para a rua); a ideia que ficou é a de que Paulo Paraty tinha razões fortes para não se afastar da linha de actuação que deixou bem clara desde o início do jogo (mas saber quais seriam ao certo essas razões, isso é que não é fácil, a menos que ele as confesse a alguém por telefone e que com sorte haja uma equipa de escuta em acção).
Não gosto muito meter aqui os árbitros. No caso de Portugal, nem vale a pena falar de um nível de qualidade muito baixo; a coisa é bem pior, porque percebe-se a existência de um emaranhado de relações, interesses, perversões e por aí adiante que dão cabo de qualquer tentativa de análise minimamente normal. O jogo de ontem foi mais um exemplo, ainda por cima tendo a dirigi-lo um dos piores representantes da inclassificável arbitragem portuguesa.
Mais umas notas a propósito do jogo:
- Paulo Bento voltou a fazer asneira, quando parecia que estava num dia em que até podia atinar; depois de o Benfica ficar apenas com dez jogadores, devido à expulsão de Nelson, não perdeu tempo e reduziu também o Sporting a dez, tirando um dos jogadores da equipa para meter Purovic;
- o Benfica festejou, e muito, o segundo lugar (pelo qual Filipe Soares Franco determinou que é o máximo por que o Sporting deve lutar – dá a ida à Liga dos Campeões e poupa-se nos prémios, segundo já disse); é estranho ver festejos assim, ignorando o Porto e o facto de estar lá muito à frente, mas mais estranho é perceber que o Sporting já não é terceiro, nem sequer quarto;
- o Sporting passou para o quinto lugar, tendo duas equipas de muito menor orçamento à frente na classificação; a desculpa da situação financeira não serve para uma equipa de gestão (?) que, é mais do que claro, abandalhou por completo o futebol do clube;
- na televisão, vi dois comentários ao penalty não assinalado sobre Vukcevic que achei curiosos; o jogador que fez a falta, Leo, disse que não sabia de nada, que nem tinha participado no lance e que o protagonista tinha sido Sepsi, o seu colega romeno que só haveria de entrar em campo um quarto de hora depois de a falta ser cometida; o segundo comentário foi do antigo árbitro Jorge Coroado, que se limitou a perguntar para que é que valeria a pena assinalar penalty se o Polga estava em campo (vendo as coisas por aí, não há como não admitir que tinha razão, a menos que num momento de lucidez Paulo Bento, ou alguém por ele naquele clube, proibisse o defesa brasileiro de tentar marcar penalties).

2 comentários:

Anónimo disse...

António:

As verdades são para ser ditas.

Mal o árbitro: A falta onde começou o golo do Benfica não é falta e o canto não é canto; o "penalty" não foi assinalado e a dualidade de critérios foi enorme.
Também não gosto de desculpas com os árbitros, mas há limites para tudo.
O que fazer com Purovic? Alguém tem de resolver: ou é jogador do Sporting ou nem sequer é jogador.
Muito mal Jorge Coroado, que não estará naquele programa para "dar piadas", uma vez que não as dá noutros casos. Pelos vistos, a "azia" é crónica e "cromática".

Saudações Leoninas.

Anónimo disse...

De qualquer forma, Manuel, nem me preocupa muito esta gente nada recomendável da arbitragem portuguesa. Sei que o nosso problema são os dirigentes que nos saíram ao caminho e que, de facto, no sossego da sade, abandalharam completamente o futebol do nosso clube. Abraço,

António