quarta-feira, 3 de outubro de 2007

O pequeno herói penteado

O meu amigo Manuel González Oubel haveria de gostar de ler isto: «Zapatero, o pequeno herói penteado», nas palavras de Francisco José Viegas; Zapatero ainda por cima a dizer asneiras. Deixo a seguir alguns excertos de artigos do meu amigo Manuel, nos quais se refere ao presidente do governo do seu país…

«É preciso alguém ter uma grande cara de pau e uma grande ousadia para apresentar-se como ‘sujeito desejável’ para a presidência do governo mediante a manipulação, as tácticas de pressão, as bajulações, os salamaleques, a criação de dependências, a persuasão, a formação de coligações, a acomodação parcial de posições, etc – coisas típicas de uma grande máquina eleitoral – e aparecer como gosta que a opinião pública o veja e não como é (um licenciado em Direito, com poucas ideias e valores, com uma mínima experiência docente, sem conhecimentos, competências e experiência de gestão para assumir altas responsabilidades).»
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«O número dois do PSOE, Pepino Blanco, reconhecia há uns dias [artigo escrito há cerca de um ano e meio] numa carta ao diário ‘El Mundo’ que, além de ‘bobo solene’, o culto e bem educado líder da oposição [Mariano Rajoy] havia qualificado Zapatero durante o último ano como 'cobarde, irresponsável, complexado, manco de valor, grotesco, instável, inculto, manipulador, inconsequente, vaidoso, frívolo, generalista, caprichoso, melquetrefe, sectário, agitador, radical, ambíguo, débil, indigno, perdedor, turvo, obscuro, hoolligan, traidor e manobreiro que fala batasuno'. Assim, que nem um anjinho, é classificado o presidente do governo de Espanha por um líder que representa quase 50% do eleitorado.»

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«Montaigne fazia a distinção entre ‘dizer mentiras’ e ‘mentir’. Exemplo da primeira situação, em Espanha, é a insistência de um advogado sem experiência, José Luis Zapatero, na ideia de que não rompeu o pacto nem mudou a estratégia anti-terrorista e na de que o Estatuto da Catalunha é constitucional e não afecta em nada a unidade de Espanha.»

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«Por muito grande que seja a máquina propagandística, as pessoas percebem a falta de ética nos comportamentos de dirigentes doutorados em picaresco que descaradamente se tinham apresentado ao povo nas eleições com a máscara de líderes desejáveis, apesar dos seus fracos conhecimentos e de uma capacidade profissional e de gestão ínfima; veja-se o caso do presidente do governo, um simples advogado sem experiência, e os de muitos dos seus ministros.»

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«Na actual política espanhola já não é necessário o conhecimento, a destreza, a habilidade, a competência, a energia e o esforço para assumir altas responsabilidades no Estado, mas sim um mínimo de conhecimento, experiência e esforço (e falta de valores e muito talento para enganar, mentir e manipular os outros).»

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