Sabem aquela rubrica de livros do Marcelo Rebelo de Sousa, aquela da televisão em que ele recomenda livros e em que se fica com a sensação de que ele poderia dizer para cada um deles «não li mas gostei»? Foi o que senti no jogo do Sporting com o Guimarães (Sporting 3, Guimarães 0; Izmailov 2 e Tonel). Não vi, mas gostei, e muito (sobretudo pelo resultado). Ou melhor, até vi um bocado, uma meia-hora, quinze minutos na primeira parte e mais quinze na segunda. Deu para assistir ao primeiro golo, dos três o que mais me fez suspirar de alívio, por alguns receios que tinha da equipa do Guimarães, e pelo que percebi que tinha acontecido na primeira parte.
A meia-hora inicial do jogo não vi porque estava a contar histórias ao meu filho para ele adormecer; eu queria ir ver o jogo e ele pedia sempre mais uma história, «uma história do Agualusa», «uma história do Agualusa», sempre mais uma, não do escritor angolano mas em que o escritor angolano participa activamente. É assim desde o lançamento do meu último livro, apresentado precisamente pelo José Eduardo Agualusa; o meu filho esteve lá e desde então pede «histórias do Agualusa», e eu vou-lhe contando, histórias nas quais acabei por meter outro escritor angolano – e também meu amigo –, o Ondjaki, assim como acabei por meter mais umas pessoas aqui das redondezas (um carpinteiro, o dono de uma loja…); e eu, os meus cães, os meus gatos e mais umas águias também entramos, e uns gatos-bravos aí do montado. Enfim, uma festa, às vezes até com o Sporting a entrar, e sempre a ganhar. São assim as «histórias do Agualusa». Numa delas, o próprio José Eduardo Agualusa já ganhou o Prémio Nobel da Literatura, tal como o Ondjaki, e um dos meus cães já viajou pelo mundo inteiro numa outra. É o que se quiser. Portanto, primeira meia-hora nada de Sporting a jogar contra o Guimarães, apenas «histórias do Agualusa».
Depois, quinze minutos para perceber o que se passava (quinze minutos em que fiquei muito apreensivo), a seguir a entrada melhor na segunda parte e também o primeiro golo, até que lá tive de sair para ir buscar uma pessoa que vinha cá a casa. Foi por isso que ouvi o segundo e o terceiro golos no rádio do carro. A única coisa que achei despropositada foi a entrada de um não-jogador na equipa (Purovic, que no primeiro golo já ia todo desalvorado em fora-de-jogo, valendo que Izmailov não lhe passou a bola, preferindo picá-la por cima do guarda-redes). Vi também um remate disparatado de Polga, que talvez pense que agora é só puxar a pata atrás e rematar para marcar golos (era bom…). Outra coisa, percebi que os comentadores falavam em ter havido uma falta antes do primeiro golo – não vi nem uma repetição, mas se falaram, deve ter sido; até porque Paulo Bento acabou por depois aparecer a referir que mesmo assim na conta-corrente dos erros da medíocre arbitragem portuguesa o Sporting ainda estava credor (era melhor ter ficado calado, porque não é por nos roubarem uns penalties que depois devemos ser beneficiados noutra coisa).
A meia-hora inicial do jogo não vi porque estava a contar histórias ao meu filho para ele adormecer; eu queria ir ver o jogo e ele pedia sempre mais uma história, «uma história do Agualusa», «uma história do Agualusa», sempre mais uma, não do escritor angolano mas em que o escritor angolano participa activamente. É assim desde o lançamento do meu último livro, apresentado precisamente pelo José Eduardo Agualusa; o meu filho esteve lá e desde então pede «histórias do Agualusa», e eu vou-lhe contando, histórias nas quais acabei por meter outro escritor angolano – e também meu amigo –, o Ondjaki, assim como acabei por meter mais umas pessoas aqui das redondezas (um carpinteiro, o dono de uma loja…); e eu, os meus cães, os meus gatos e mais umas águias também entramos, e uns gatos-bravos aí do montado. Enfim, uma festa, às vezes até com o Sporting a entrar, e sempre a ganhar. São assim as «histórias do Agualusa». Numa delas, o próprio José Eduardo Agualusa já ganhou o Prémio Nobel da Literatura, tal como o Ondjaki, e um dos meus cães já viajou pelo mundo inteiro numa outra. É o que se quiser. Portanto, primeira meia-hora nada de Sporting a jogar contra o Guimarães, apenas «histórias do Agualusa».
Depois, quinze minutos para perceber o que se passava (quinze minutos em que fiquei muito apreensivo), a seguir a entrada melhor na segunda parte e também o primeiro golo, até que lá tive de sair para ir buscar uma pessoa que vinha cá a casa. Foi por isso que ouvi o segundo e o terceiro golos no rádio do carro. A única coisa que achei despropositada foi a entrada de um não-jogador na equipa (Purovic, que no primeiro golo já ia todo desalvorado em fora-de-jogo, valendo que Izmailov não lhe passou a bola, preferindo picá-la por cima do guarda-redes). Vi também um remate disparatado de Polga, que talvez pense que agora é só puxar a pata atrás e rematar para marcar golos (era bom…). Outra coisa, percebi que os comentadores falavam em ter havido uma falta antes do primeiro golo – não vi nem uma repetição, mas se falaram, deve ter sido; até porque Paulo Bento acabou por depois aparecer a referir que mesmo assim na conta-corrente dos erros da medíocre arbitragem portuguesa o Sporting ainda estava credor (era melhor ter ficado calado, porque não é por nos roubarem uns penalties que depois devemos ser beneficiados noutra coisa).
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