Leio no «Expresso» e custa-me a acreditar… «O ministro da Economia apresentou hoje, em Lisboa, na feira ‘Algarve Convida’, um novo conceito de marketing que o Turismo de Portugal vai desenvolver durante três anos, com um primeiro orçamento de três milhões de euros para 2007. A magia do acrescento de um ‘l’ na palavra Algarve deverá permitir um marketing internacional mais agressivo, usando o ‘all’ – palavra inglesa para tudo – como chamariz para um turismo de qualidade multifacetado no sul do país./ O objectivo, segundo o ministro Manuel Pinho, será a focalização na atracção de turistas para eventos de qualidade artística, para o golfe e para investimento em segundas residências no Algarve.»
Bom, de caminho li também uma coisa da agência Lusa (talvez devesse chamar-se Llusa, para captar a comunicação espanhola e dos países de língua castelhana do outro lado do Atlântico). Refere-se ao deputado algarvio Mendes Bota… «O líder do PSD-Algarve, Mendes Bota, exigiu hoje a suspensão da nova marca Allgarve, apresentada pelo ministro da Economia, até que se redefina outra designação. O social-democrata considera que a actual proposta se trata de uma ‘ofensa’ aos algarvios./ (…)/ Num comunicado divulgado hoje, Mendes Bota classifica a criação da marca como ‘mais um atentado do poder central contra a região’ e defende que há muitas décadas que a marca Algarve está consolidada no mercado./ ‘Proceder a esta alteração só poderá servir para destruir um brand name que, a par do vinho do Porto, é dos poucos de que Portugal se pode orgulhar à escala mundial’, afirma o social-democrata./ Apesar de reconhecer mérito no conteúdo da campanha promocional, Mendes Bota rejeita veementemente o título Allgarve, que considera tratar-se de ‘mais uma descaracterização cultural da região’ e uma manifestação de ‘péssimo gosto’ e ‘falta de bom senso’. Mais, segundo o social-democrata, quando é apresentada por um ministro que, depois de ‘colocar em risco o Algarve às mãos dos magnatas do petróleo’, se permite ‘derramar dinheiro a brincar com o nome do Algarve e dos algarvios’, que passarão a chamar-se ‘all-garvios’./ Mendes Bota pediu ainda a todos os autarcas do PSD representados na Região de Turismo do Algarve que convoquem uma reunião daquele órgão para repudiar a campanha e recusar colaborar com ela, até que seja reposta a ‘dignidade’ e o ‘respeito’ pelo nome da região./ O programa apresentado por Manuel Pinho advém de investimentos da responsabilidade do Turismo de Portugal e destina-se a concretizar um conjunto de eventos de diversas áreas com o objectivo de ‘oferecer experiências marcantes em vários domínios’ aos visitantes./ Por isso, a opção pela marca Allgarve, reflectindo diversidade, glamour e credibilidade, é acompanhada do slogan ‘experiências que marcam’, num programa que vai prolongar-se, pelo menos, por três anos, como garantiram os responsáveis governamentais do sector.»
Se um dia for preciso promover Manuel Pinho no estrangeiro (talvez até não fosse má ideia tentar exportá-lo), poderia também partir-se da palavra «Algarve» para a sua divulgação um pouco por todo o mundo, ou pelo menos naquele que por vezes é qualificado como terceiro. Só que em vez de se acrescentar uma letra poder-se-ia retirar uma letra, no caso o «g». Depois, bastaria fazer uns folhetos, e talvez nem fosse preciso pensar muito; «Alarve – Experiências que Marcam» poderia servir muito bem.
Bom, de caminho li também uma coisa da agência Lusa (talvez devesse chamar-se Llusa, para captar a comunicação espanhola e dos países de língua castelhana do outro lado do Atlântico). Refere-se ao deputado algarvio Mendes Bota… «O líder do PSD-Algarve, Mendes Bota, exigiu hoje a suspensão da nova marca Allgarve, apresentada pelo ministro da Economia, até que se redefina outra designação. O social-democrata considera que a actual proposta se trata de uma ‘ofensa’ aos algarvios./ (…)/ Num comunicado divulgado hoje, Mendes Bota classifica a criação da marca como ‘mais um atentado do poder central contra a região’ e defende que há muitas décadas que a marca Algarve está consolidada no mercado./ ‘Proceder a esta alteração só poderá servir para destruir um brand name que, a par do vinho do Porto, é dos poucos de que Portugal se pode orgulhar à escala mundial’, afirma o social-democrata./ Apesar de reconhecer mérito no conteúdo da campanha promocional, Mendes Bota rejeita veementemente o título Allgarve, que considera tratar-se de ‘mais uma descaracterização cultural da região’ e uma manifestação de ‘péssimo gosto’ e ‘falta de bom senso’. Mais, segundo o social-democrata, quando é apresentada por um ministro que, depois de ‘colocar em risco o Algarve às mãos dos magnatas do petróleo’, se permite ‘derramar dinheiro a brincar com o nome do Algarve e dos algarvios’, que passarão a chamar-se ‘all-garvios’./ Mendes Bota pediu ainda a todos os autarcas do PSD representados na Região de Turismo do Algarve que convoquem uma reunião daquele órgão para repudiar a campanha e recusar colaborar com ela, até que seja reposta a ‘dignidade’ e o ‘respeito’ pelo nome da região./ O programa apresentado por Manuel Pinho advém de investimentos da responsabilidade do Turismo de Portugal e destina-se a concretizar um conjunto de eventos de diversas áreas com o objectivo de ‘oferecer experiências marcantes em vários domínios’ aos visitantes./ Por isso, a opção pela marca Allgarve, reflectindo diversidade, glamour e credibilidade, é acompanhada do slogan ‘experiências que marcam’, num programa que vai prolongar-se, pelo menos, por três anos, como garantiram os responsáveis governamentais do sector.»
Se um dia for preciso promover Manuel Pinho no estrangeiro (talvez até não fosse má ideia tentar exportá-lo), poderia também partir-se da palavra «Algarve» para a sua divulgação um pouco por todo o mundo, ou pelo menos naquele que por vezes é qualificado como terceiro. Só que em vez de se acrescentar uma letra poder-se-ia retirar uma letra, no caso o «g». Depois, bastaria fazer uns folhetos, e talvez nem fosse preciso pensar muito; «Alarve – Experiências que Marcam» poderia servir muito bem.
9 comentários:
Agrada-me a ideia de exportar Manuel Pinho, de preferência para um lugar onde possa ganhar bem para poder comprar uma segunda casa no Algarve ou numas das futuras regiões de turismo que agora quer criar.
Caro António, total acordo com o conteúdo deste seu post. Nunca se viu nada tão disparatado e imbecil. Espero que travem esta alarvidade.
Nelson de Matos
E que tal exportarmos Manuel Pinho para a Alemanha? Lá sempre tem as Autobahns para abrir caminho à sua parvoíce.
Estive na apresentação. Já repararam nas cores do AALGARVE, idênticas ao arco-iris do movimento GAY.... sem dúvida alguma que os queridos Manuel Pinho e o Helder dos rallys estão "preparados para experiências que marcam?"!?!?!?!?!"
Uma apresentação pública deste teor só é possível no nosso país.
Acho bem que os Algarvios se insurjam contra esta "mudança", só possível num ministro brincalhão, que lá vai levando a "água à sua fonte", com o seu sorriso quase "pepsodente" no rosto, a pensar que outros foram demitidos por menos...
O Manelinho parece quase um daqueles "bonecos sempre em pé"...
temos que correr com esta canalha do governo, e é tudo.
Os publicitários - essa gente estúpida - andam a controlar esta merda toda ...
António: partilho do seu ponto de vista. Não creio, contudo, que o ministro seja exportável, porque dificilmente alguém o quereria, ainda que fosse gratuito. Ele até tem ideias boas e novas, só que as boas não são novas e as novas não são boas. Ele é muito brincalhão e gosta de pregar partidas. Isto do Allgarve é uma partida de carnaval atrasada, o que é natural vindo de um ministro atrasado...
Parece-me exagerada a sugestão de colocar no lixo uma campanha que custou dinheiro: isso sim, é um desperdício de recursos.
O argumento do duplo LL é uma brincadeira: não será um «trocadilho» numa campanha publicitária internacional que porá em perigo a identidade de uma Região e de um País. Qualquer cidadão estrangeiro informado saberá que «Allgarve» sugere turismo diversificado. Um problema que deverá ser discutido é se a campanha do Ministro corresponde à realidade. Agora andar a gastar tempo com os duplos LL: ora bolas!).
Nenhum português ou estrangeiro informados julgarão que o Algarve mudou de nome. Levar as pessoas a pensar isso é uma parvoíce e um mau serviço à comunidade.
No lixo não, metam-no no coração!
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