sábado, 28 de outubro de 2006

O ingénuo

Não vi com muita atenção o Beira-Mar – 3, Sporting – 3 (Alecsandro, Yannick e Liedson), e não vi porque estava num jantar com colegas de trabalho. Mas deu para perceber que mais uma vez algumas das embirrações de Paulo Bento acabaram por trazer dissabores à equipa. No jogo de Aveiro, de início apenas dois dos quatro jogadores-problema (o triste Ricardo e o quase inclassificável Polga, com Caneira e Custódio a descansarem para o Bayern, contra o qual são bem capazes de arranjar confusão). Os golos que a equipa sofreu não lembram a ninguém (num deles, Ricardo, como sempre à maluca, chegou a atirar-se para dentro da baliza bem antes de a bola entrar, enquanto Polga andava aos papéis, como se não percebesse para que é que tinha sido posto a jogar). E no fim Paulo Bento (de quem tenho boa impressão como treinador, apesar da incompreensível insistência nos quatro jogadores-problema que não têm nem de longe valor para integrar o plantel de uma equipa como a do Sporting), Paulo Bento, dizia, meteu-se a fazer de Fernando Santos, dizendo na conferência de imprensa que os jogadores tinham sido ingénuos. Fez mal, porque não foi isso que aconteceu. Ele é que foi ingénuo ao ter ido falar aos jornalistas num tom que facilmente se confunde com o que utilizaria numa ida ao psicólogo, e mais ingénuo ainda foi por insistir em fazer o Sporting entrar em campo com um guarda-redes que em cada jogo que faz pode enterrar uma equipa (ou até uma selecção) e com um defesa – Polga – que julga muito bom mas que na verdade devia tentar outro desporto, bem diferente do futebol (ténis, xadrez, halterofilia…). Espero que Paulo Bento tire ensinamentos deste jogo com o Beira-Mar, perca esta estranha ingenuidade e cresça um pouco como treinador e até como líder de uma equipa do topo. Uma última nota: apesar de estarem do outro lado, não pude deixar de sentir alguma emoção com as presenças de Inácio no banco do Beira-Mar e de Jardel no ataque dessa equipa, no caso na parte final do jogo; ao ver Inácio de pé junto ao banco durante quase todo o jogo e a movimentação de Jardel no lance em que Ricardo deu o frango do segundo golo do Beira-Mar, lembrei-me dos últimos dois campeonatos conquistados pelo Sporting – bons tempos, bons mesmo muito bons!

1 comentário:

Anónimo disse...

Cada vez há mais golos de frango e chouriço. Em Aveiro foram três ressaltos e três frangos, dois para o Ricardo e um para o Alê.
Este Ricardo é uma sombra do Ricardo do Boavista.
É impressionante como se continua a insistir nela para a baliza do Sporting e da selecção.

Mas o dia de hoje foi bom: fui ao Universitário assistir ao Portugal-Rússia, de rugby: 26-23. O sonho de ir ao Mundial continua de pé.

Amanhã à noite, no Eurosport, final da Taça do Mundo de ténis de mesa, em Paris.
Não preciso de futebol.