«Eu podia ser um bom ministro.» Esta frase vinha na capa do Jornal de Negócios de dia 18 de Agosto (foi agora para o lixo e por isso me lembrei). Acompanhava Francisco Murteira Nabo, que desta vez anda pela Galp num dos cargos do costume, chairman, que como muitos outros cargos passou por cá a ter denominação inglesa. «Podia ser um bom ministro», disse à entrevistadora, nada mais nada menos do que Anabela Mota Ribeiro, que lá conduziu as coisas sem grandes ondas e a fazer do entrevistado (na capa do jornal de fato e gravata, deitado à beira de uma piscina) uma vítima de perseguição. «Podia ser um bom ministro», disse ele. Não disse é que podia não ter burlado o Estado a cujo governo pertencia, burla essa que o obrigou a demitir-se (quando a comunicação social descobriu). Foi então ministro por um curto período, que é o que deve colocar no currículo. Será que acrescenta as razões da demissão? E será que na Galp (e o mesmo vale para a PT, que o acolheu depois da saída do governo) não sentem vergonha de o terem na liderança?
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