Vejam esta gralha da SIC sobre o Carvalho da Silva.
Eu já o entrevistei para a revista. Lembro-me dos cuidados extremos que dessa vez tivemos na revisão, e o mesmo acontece com outros Carvalhos que têm sido entrevistados ou que têm assinado artigos de opinião, ou simplesmente que têm sido referidos em reportagens, por exemplo.
Acho que a pior gralha que me aconteceu foi esta: um português, director da filial em Portugal de uma multinacional, foi convidado para assumir responsabilidades a nível europeu, com o nome do cargo em inglês: Head of Strategy. No texto que eu escrevi saiu uma gralha, ficando o cargo Dead of Strategy. Uma pessoa da empresa telefonou-me a pedir explicações. Disse-lhe que uma das hipóteses poderia ser uma traição do corrector e pedi desculpa pelo sucedido. Ele queria uma nota na edição seguinte da revista. Disse-lhe que era melhor não, que mais valia esquecer o assunto do que voltar a referi-lo. Ele não pareceu convencido. E então eu disse-lhe que a nota seria mais ou menos isto: «No texto tal tal da edição passada, sobre o novo cargo do senhor tal tal, quando se referiu Dead of Strategy queria-se referir Head of Strategy.» E aí ele ficou convencido, dizendo que voltar a falar em Dead of Strategy nem pensar.
Há muitos anos, eu próprio fui a vítima. Um jornal da minha terra convidou-me para fazer uma pequena crónica semanal e pediu-me que arranjasse um nome genérico para ela. Já não sei por quê, lembrei-me de «O Varredor de Luas». Quando recebi o jornal com a primeira crónica, a primeira coisa que vi foi que o nome tinha mudado. Mandei um mail para o jornal a perguntar o que tinha acontecido. Disseram-me que o revisor tinha visto «O Varredor de Luas» e que tinha achado que eu me tinha enganado, daí ter mudado para «O Varredor de Ruas».
1 comentário:
revisores pouco poéticos e muito donos do seu nariz (e parece que, do dos outros).
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