Reunião numa das escolas dos meus filhos, a deixar-me a pensar no estado, ou Estado, a que chegámos. O que vale é a boa vontade de professores, auxiliares, pais e inclusive pessoas das autarquias. Tinha uma excelente impressão do ministro Nuno Crato, do que lia dos seus escritos e de ouvi-lo falar. Construí essa excelente impressão ao longo dos anos. Mas depois daquilo a que assisti fiquei na dúvida sobre se não será, afinal, um gestor inepto ou até, o que é pior, um mandrião. Não se trata apenas de cortar em tudo e mais alguma coisa, não, é algo bem diferente, é deixar a maior parte das situações por resolver ou inclusive criar problemas onde não se esperava que existissem. E outra coisa que me surpreendeu, aquilo que se diz frequentemente de muitos desempregados não quererem trabalhar, apesar das propostas que recebem através do Instituto de Emprego: o próprio instituto dificulta a colocação das pessoas, nalguns casos apoiado em legislação completamente idiota, e aqui o problema não é o dinheiro, obviamente. De qualquer forma, a falta de dinheiro é algo que não devemos esquecer, porque no país ele falta mesmo e se calhar no futuro ainda faltará mais. Qualquer dia, quem sabe, ainda teremos de considerar deixar de pagar a reforma ao Marques Mendes, adiando-a para bem depois de 2020, quando o homem tiver chegado aos 65 anos. E como a ele a tantos outros, de diversos partidos, velhos precoces na casa dos 50 ou nalguns casos nem nessa, ainda na dos 40. Não sei se os especialistas em demografia conseguem explicar isto; na volta conseguem e eu é que tenho andado desatento.
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