terça-feira, 31 de maio de 2011

O chinês

Hoje de manhã, na «Antena 1». Algures no Ribatejo, um acompanhante da caravana do Bloco de Esquerda, trajado a rigor (do Ribatejo, conforme depreendi da conversa), explicava ao jornalista por que é que não votava nos outros partidos. No caso do PCP, dizia que o tinha abandonado depois de ter passado o tempo de Álvaro Cunhal, uma pessoa que considerou «de rosto muito bonito». A seguir o PS – «têm lá um grande mentiroso», explicou. Quanto ao PSD, o problema era o carácter de Passos Coelho (contra quem nada tinha) não servir para «estar à frente do país». Finalmente, o PP, em relação ao qual identificou uma desvantagem no líder: «O Paulo Portas não me seduz tão bem.» De forma que ia votar no Bloco de Esquerda. E para eliminar alguma dúvida que ficasse no jornalista (se calhar por via dos acompanhantes de turbante que o PS levou a um comício em Évora), explicou que podia mesmo votar: «Sei que tenho cara de chinês, mas sou natural do Vale de Santarém.» Eu, é claro, nem tinha reparado.

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