O orçamento. Começa agora a discussão na Assembleia da República, provavelmente com gritaria, insultos, mentiras, desculpas esfarrapadas, ameaças e mais meia dúzia de tropelias. Não será, certamente, nada diferente do que foi a sua apresentação (um bocadinho apenas, numa pen entregue fora de horas) e, sobretudo, do que foi a posterior negociação entre o governo e o principal partido da oposição. Não se vê todos os dias uma negociação assim; com ameaças, visitas a casa, insultos, enganos, remoques, promessas de almoços, lamentos e gabarolices, e com declarações parvas para a comunicação social e cerimónias sem ninguém para as fazer. E fotos manhosas de telemóvel feitas a horas esquisitas. Alguém que anda por aí disse na televisão que o importante era que estes tipos se calassem. E que não aparecessem em tudo quanto é televisão ou jornal, acrescento eu. Que, malandros ou não, fossem trabalhar. Custa ver decisões que afectam a generalidade das pessoas em Portugal, milhões de pessoas, tomadas por gente tão desqualificada, em muitos casos gente à custa dos nossos impostos já reformada. Para a próxima, já se sabe, será pior. Por cá nem o palhaço Tiririca poderia fazer as suas promessas.
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