A recusa de um prémio por parte de Paulo Nozolino trouxe-me à memória um outro, da Comissão dos Descobrimentos, que acabei por não receber. Depois de me ter sido atribuído, nunca o entregaram. Acabei por recusá-lo passados uns anos, por telefone. Deram-me uma resposta que me deixou verdadeiramente surpreendido: só aceitavam recusas por escrito (qualquer coisa como «precisamos de ficar aqui com um papel»). Eu então disse que era só o que faltava era estar a perder mais tempo com eles a escrever uma carta. Presumo que por isso fiquei para sempre como premiado. Presumo também que agora, com a moda das escutas, já é possível recusar prémios por telefone.
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1 comentário:
Somos de facto um país de artistas de que todos devíamos orgulhar-nos. Pena é que a única corrente artistica conhecida ao nível das instituições governamentais e quejandas seja apenas o "surrealismo". E que me desculpem os surrealistas!
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